¹Sɪʀɪᴜs Bʟᴀᴄᴋ - Eᴜ ᴀᴄʀᴇᴅɪᴛᴏ ᴇᴍ ᴠᴏᴄᴇ̂

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Você lutava como podia para conseguir abrir inquéritos para que Sirius, fosse pelo menos julgado na corte, que mostrasse a sua versão da história e que provasse a sua inocência.

Foram meses invadindo o ministério da magia com a intenção de conversar com o ministro ou com o oficial do ministério da magia, ou qualquer um que pudesse ajudá-la.

Mas você estava sendo vista como uma louca e paranoica, as pessoas te evitavam, atravessavam a rua, abaixaram as cabeças e andavam rápido.

Naquela noite de 31 de outubro o seu mundo desabou, sua melhor amiga fora assassinada protegendo o seu filho, seu irmão fora morto ao tentar proteger a família, ele se sacrificou imaginando que sua esposa e filho tivessem conseguido escapar, seu melhor amigo estava muito deprimido, o único que sabia como era a dor que você sentia. No entanto diferente de você, ele não acreditava na inocência de Sirius, então ele era mais uma pessoa que você perdeu, e aquele que você acreditava ser um amigo ingênuo e que jamais seria capaz de fazer algo ruim, tirou todos aqueles que amava de você, principalmente o seu noivo.

Vocês combinaram de se casar dia 23 de Junho, hoje.

Hoje seria o dia mais importante da sua vida, mas estava sozinha em casa, observando a lua, e pensando em mais maneiras para tirar o seu Sirius de Azkaban.

Você segurava aquela pequena toca em suas mãos, você aprendeu a tricotar apenas para fazer peças de roupas para o seu sobrinho assim como a sua mãe fazia para você e para o seu irmão James.

Dumbledore insistiu que o bebê Harry ficasse com os tios trouxas para a sua própria segurança, dizia que uma criança não deveria crescer no mundo mágico sendo tão famosa, com todos os tipos de boatos sobre a sua vida rodando de boca em boca pelo mundo bruxo.

A sua intenção era livrar o seu noivo da prisão e juntos cuidar de Harry, viajar para longe, longe das memórias ruins, longe de tudo, apenas vocês três.

Mas já havia passado anos, 4 anos e nada de conseguir uma ajuda para Sirius, na sua mente você pensava que ele não devia nem desconfiar de tudo que você fazia por ele, ele devia pensar que você também acreditava que ele era um traidor, quando ele disse sobre o Peter, você estava tão chocada que não pronunciou nenhuma palavra. Você não conseguiu dizer a ele que acreditava em sua palavra, que o amava e que fazia de tudo para dar a ele a liberdade e a inocência que ele merecia.

Na rua dos alfeneiros, Harry crescia sem os pais e sem a família que o amava, você se sentia tão culpada, principalmente porque não conseguia largar Sirius para trás e levar Harry para casa, cuidar dele, dar um lar amoroso a ele.

Você visitava Harry uma vez por semana, tinha que ouvir Válter e Petúnia Dursley, se queixando de ter alguém como você em sua casa, que não admitiriam mais que você aparecesse ali, o pequeno Harry desejava que você o levasse, que fosse embora daquele lugar.

Com lágrimas nos olhos você o olhou mais uma vez, disse aos Dursley's que voltaria na próxima semana e que nada te impediria de entrar pela porta para ver o seu sobrinho, mas antes de ir para um beco escuro onde você ia aparatar para a sua casa, você olha a porta daquela casa novamente, você pensa "Eu amo o Sirius, eu o amo muito, verdadeiramente, mas não estou conseguindo fazer nada por ele, nada até agora, pelo Harry eu posso fazer, posso dar um lar cheio de amor".

Com passos rápidos, você voltou para a casa dos Dursleys, abriu a porta e antes de que pudessem falar algo, você tomou Harry em seus braços, "Você vem pra casa comigo, meu amor" .

Ele sorria e te abraçava, antes de fazerem o seu caminho até em casa em Hogsmeade, você o levou na loja de doces que ficava no caminho, Harry estava feliz, você o tinha resgatado, a partir de então você seria a responsável por ele, se mudariam para uma casa no campo, onde você ensinaria a ele como voar de vassoura, o levou em torneios de Quadribol, contou que o seu pai era um dos melhores jogadores que Hogwarts tivera, apresentou à ele Remus, que jantava todas as noites com vocês.

Você insistia que ele ficasse, que Harry tivesse mais alguém da família próximo a ele, e Remus insistia em dizer que um lobisomem não deveria viver tão perto de uma criança, que seria perigoso.

"Você não é só um lobisomem Remmy, você é tio do Harry também, ele precisa de você, cuidaremos um do outro não se preocupe com as luas cheias, temos muitas maneiras de cuidar disso por aqui, temos vários quartos seguros, que só podem ser abertos com magia, por favor fique, vamos ser a família ou pelo menos uma parte da família de que Harry merece". Vocês viveram assim por alguns anos.

Tempo depois, na rotina de vocês estava incluído levar Harry à estação quando tinha que ir para Hogwarts, o buscavam nas férias, trocavam cartas todas as semanas, e recebiam ele e os amigos no natal.

Era uma vida tranquila, pelo menos por fora, mas Sirius não saía da sua mente nunca, nenhuma vez se quer, mesmo depois de 12 anos. Você ainda estava apaixonada por ele, era o mesmo amor, o mesmo frio na barriga que sentira quando estavam no terceiro ano e vocês se beijaram pela primeira vez.

Eram os últimos dias de férias novamente, você e Harry se encontraram com os Weasley's, no beco diagonal para mais uma compra de materiais para a escola, repentinamente começaram murmurinhos vindos de todos os cantos: "O traidor fugiu" , "Sirius Black fugiu de Azkaban", "Ele quer terminar o que começou".

Os gêmeos Weasleys traziam consigo um jornal que você rapidamente toma em suas mãos com os dizeres: SIRIUS BLACK FUGIU DE AZKABAN! Você se despede de todos, e entra na última loja para comprar o último livro que Harry precisava.

Deixou que o garoto fosse pedir o livro para o vendedor enquanto processava informação que Sirius estava fora de Azkaban, que estava em algum lugar, provavelmente com fome, frio, fugindo e temendo que fosse encontrado.

{...}

Nesse ano, Harry não foi o único que se despediu de casa, Remus foi contratado como professor de Defesa Contra a Arte das Trevas. O que te deixava sozinha com os seus pensamentos.

Era a primeira noite, você regava as rosas azuis do seu jardim, não estava com sono, estava muito pensativa, o frio gelado batia em seu pescoço, e te fazia arrepiar, "Onde está você meu amor?" - você pensou.

Bem distante, uma sombra que se assemelhava a um cachorro se aproximava lentamente, você não conseguia se mover apenas olhava fixamente, a sombra dobrou de tamanho e então estava em pé.

Você deixou o regador cair em seus pés, e caminhou na direção daquela aparição, ainda estava muito longe para reconhecer o dono daquela forma, mas no seu âmago você já desconfiava, e quando ele se aproximou você comprovou de que se tratava de Sirius, seu noivo, seu primeiro e único amor, aquele que foi tirado de você, estava com os cabelos muito longos, vestes sujas, empalidecido, enfraquecido e praticamente irreconhecível, seu corpo trazia tatuagens que jamais vira, mas que lhe davam um ar mais perigoso, você não as acharam de tudo ruim.

Você andou passo após passo, até chegar na frente dele, levou ao rosto dele as suas mãos, você o acariciou e disse: "Eu acredito em você, sempre acreditei, desculpa não ter dito antes quando tive a chance".





IᗰᗩGIᘉᕮS ᕼᗩᖇᖇY ᑭOTTᕮᖇ ⁽ˡᶦᵛʳᵒ ¹⁾Where stories live. Discover now