Eu não gostaria de ter o nosso tempo contato. Eu não queria ter que me despedir todas as vezes que o encontro. Eu não queria ter que viver dessa forma.

Quando ouço os guardas se aproximando, eu me levanto e espero Louis na porta. Assim que ele entra e fecha a porta, eu pulo em seu colo, não deixando espaços para que ele possa dizer nada. Ele me segura pelas coxas e caminha comigo até o sofá. Me enterro em seu pescoço quando ele se senta, acarinhando as minhas costas.

"Você está com raiva de mim?" Pergunto abafado em sua pele.

"Não, baby." Ele sussurra. "Eu não estou com raiva de você. Eu disse que não ia mais falar na sua cabeça."

"E a respeito da sua mãe?"

Ele fica em silêncio por um instante e então me afasta levemente apenas para segurar minhas bochechas, fazendo o nosso olhar se encontrar.

"Harry, o que você fez... " ele solta uma respiração pesada "eu não sei nem o que dizer... você me deixou sem palavras."

"Eu sei que foi doloroso e arriscado, mas eu queria que você a visse." Digo baixo. "E não se preocupe, ela está bem. Tenho a visitado todos os dias depois que a trouxe aqui para te ver."

"Eu sei e eu agradeço por isso."

"Você sabe?" Franzo minhas sobrancelhas intrigado.

"Eu tenho olheiros." Ele dá de ombros.

"Você tem mandado me seguir, Louis?"

"Claro que não. Eu sou bandido mas não sou psicopata, muito menos stalker." Ele solta uma risada baixa ao notar a minha cara de indignação por suas palavras. "Eu sei o que acontece no hospital. Eu sempre sou avisado de qualquer coisa e eu sei que você tem visitado ela com frequência."

"Eu gosto dela, Louis." Digo com carinho."Ela é um doce."

"Como eu." Ele retruca rápido, pressionando os lábios.

"Só se for." Reviro os olhos levemente ouvindo sua risada baixa. "Você é a pessoa menos doce que eu já conheci em toda a minha vida."

"Poxa, baby. Desse jeito você me ofende."

Ele faz um biquinho com os lábios e eu não me contenho em me inclinar e beijar a sua boca rapidamente. Abraço o seu corpo e o aperto em meus braços. Eu sinto tanta falta desse contato. Eu queria poder tê-lo todos os dias.

Seus dedos gelados sobem por baixo da minha camisa e ele arranha as minhas costas suavemente com a ponta das unhas me fazendo estremecer em seus braços.

"Eu vi o Zayn." Comento casualmente e seus movimentos param. "Vi ele em uma loja de conveniência no centro de Denver."

"É mesmo?" Ele pergunta rapidamente.

"Qual é o lance com Zayn, Louis?" Pergunto me afastando do seu abraço e olhando para ele.

"Eu já te disse que não existe nenhum Zayn." Ele responde de forma rígida com os olhos cravados em mim.

"Então qual o nome verdadeiro dele?" Insisto.

"Eu poderia te contar, mas eu teria que te matar depois." Ele diz, começando a sorrir e eu sei que ele está caçoando com a minha cara.

"Então ele mudou de identidade?"

"Não sei. Mudou?" Ele se finge de desentendido com um sorriso mínimo brotando no canto da sua boca e eu me irrito.

"Nossa, eu odeio quando você faz isso. Dá pra você falar sério?"

"Por que você quer saber?" Ele franze as sobrancelhas levemente, me encarando. "As coisas são o que são. Zayn está solto, eu preso. Ele anda por aí livre, eu fico atrás das grades. É essa história."

EXTORSIONÁRIO [L.S]Where stories live. Discover now