EXTORSIONÁRIO [L.S]

40 (parte um)

Explicação rápida antes de começarem o capítulo: Essa será a parte um de um capítulo de memórias e flashbacks de Louis. Serão apenas cenas, como se ele tivesse contando a Harry e para os leitores, o seu ponto de vista dos fatos. As frases em negrito são frases que já aconteceram na história em algum momento. Muita coisa será explicada e esse capítulo é muito importante para a compreensão da maioria das coisas.

Então... sejam bem-vindx à cabeça de Louis de extorsionário. Apreciem!

x

Louis Tomlinson.

Denver, Colorado.
13 de agosto de 2016.

(Dois meses antes do assalto)

A cocaína ainda está penetrando meu corpo e dominando cada célula do meu organismo quando Hilton abre a porta da cabana retirando a sua jaqueta de couro típica e a jogando no braço do sofá. Olho para ele por cima dos cílios em completo desinteresse enquanto sinto os efeitos da droga em meu sistema.

Conheci Hilton há dois anos quando por rixa por território de drogas, eu matei um de seus homens ㅡ justamente o que fazia a sua escolta. Eu sabia que Hilton era a cabeça por trás de todo o tráfico da região e estava desarmado. Quando apontei a arma para a sua testa, pronto para disparar, ele me implorou misericórdia e me jurou lealdade e parceria.

A primeira coisa que eu pensei na hora foi: nunca acredite na palavra de um bandido filho da puta. Porém, de certo modo, ele tinha muito a me oferecer e eu poderia tirar proveito disso.

Eu sabia que ele utilizava de laranjas para cometer os seus crimes, se deixando impune de qualquer condenação. Eu sabia também pelas más línguas que ele tinha palavra, e por um breve instante de completa loucura, eu poupei a sua vida em troca de favores.

Eu abandonei o tráfico para que ele fosse o único chefe da região e comecei a roubar magnatas de forma direta e indireta. Hilton me oferecia tudo o que eu precisava para o roubo e em troca, eu lhe dava uma porcentagem justa.

Quando minha mãe precisou ser internada, eu soube que era o momento de me afastar. Eu sabia que não poderia mais visitá-la e colocar a sua vida em risco.

Eu fiz mais inimigos do que planejei.

Hilton foi quem começou a lidar com os trâmites do hospital. Era ele quem pagava pelas cirurgias, pelas diárias, pelos medicamentos. Ele era o responsável legal dos cuidados da minha mãe, e era ele quem me mantinha informado de tudo o que acontecia com ela.

Foi ele quem sugeriu que eu armasse um plano de liberdade e que chamasse Zayn ㅡ  meu primo por parte de pai, que nunca teve nenhum envolvimento com a polícia ㅡ  para me ajudar. Ele também disponibilizou um de seus homens para que me ajudasse na minha última missão, quando confidenciei a ele que queria abandonar essa vida de vez.

Hilton sabia que eu só tinha entrado para o crime para ajudar a minha mãe e para pagar pelos seus tratamentos. E nós dois sabíamos bem que ela não ia aguentar por muito tempo.

Mesmo sabendo que eu era um dos seus melhores e mais fortes aliados, ele também se prontificou a me ajudar a sair dessa vida, de forma definitiva.

"Já falou com ele?" Hilton acena com a cabeça em direção a Zayn, que bola um baseado sentado no sofá.

Seus olhos se erguem e ele intercala o olhar entre mim e Hilton, parecendo intrigado.

"Me falou o quê?" Zayn pergunta. Eu o encaro de forma sugestiva e ele nega com a cabeça rapidamente. "Ah, não, Zé. Nem vem. Você disse que tinha me chamado aqui só para fumar maconha e foi só pra isso que eu vim."