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Desculpem a demora. Minha vida virou de cabeça para baixo nos últimos dias e eu fiquei sem ânimo para escrever. Mas cá estou eu. Então me perdoem caso o capítulo não esteja tão bom. (Inclusive gostaria de agradecer a cada uma das mensagens de consolo, vocês são muito especiais) ❤️

Um aviso importante: HOUSE CLEANER está disponível na Amazon. Quem tiver o interesse, o link está aqui no meu mural, e no meu Twitter. Muito obrigada a quem comprou, baixou pelo Kindle, quem leu. Vocês não sabem o quanto isso significa pra mim! Obrigada pelo apoio e carinho de sempre!

Sem mais delongas, boa leitura. Beijos, Vi.

Denver, Colorado.
Maio de 2019.

Chega a ser desnecessário dizer o quanto estou nervoso.

Eu perdi o sono de ansiedade e às sete da manhã eu já tinha dado mais de mil passos dentro do meu próprio quarto esperando alguma instrução sobre o nosso "encontro romântico".

A mensagem em forma de e-mail veio um pouco depois das nove, e continha uma única instrução: me encontre no restaurante às uma da tarde.

Suponho que Louis realmente não saiba lidar com "encontros", já normalmente quem convida é quem busca em casa. Ou em algumas ocasiões, marcam de se encontrar em algum lugar. Nesse caso, aparentemente, serei eu que terei que ir até o restaurante para encontrá-lo. Se fosse qualquer outro homem do mundo, eu teria rejeitado na hora.

Me chama pra sair e ainda preciso ir de encontro a ele?

Isso já teria me desanimado de todas as formas possíveis, mas não com Louis. Sei que ele não tem esse costume e não aprendeu os macetes de um encontro, por isso relevo completamente essa parte.

Tomei dois banhos. Experimentei milhares de roupas. Dezenas de sapatos. Prendi meu cabelo em um coque, em um rabo de cavalo, deixei meio preso e por fim, decidi ir com ele solto.

Como o dia está fresco, vestígios da primavera, eu decido ir com uma camisa branca lisa, uma calça jeans de tom escuro e uma bota carmim nos pés. É simples, mas acho que se encaixa na ocasião. Ergo o meu cabelo e passo uma dose extra de perfume na nuca antes de sair de casa. Só por precaução.

Meu coração bate forte desde Denver até Edgewater. Mordo tanto os lábios que tenho medo de que sangrem, e aperto tão fortemente o volante que as marcas dos meus dedos provavelmente ficarão no couro. Quanto estaciono, em frente ao restaurante, eu solto uma respiração profunda antes de sair do carro. Minhas pernas estão trêmulas e meu estômago gela completamente.

Me aproximo e bato na porta com uma certa hesitação. As persianas brancas estão fechadas e por mais que eu faça um esforço, eu não consigo ver nada na parte de dentro.

Bato novamente, mas não há resposta.

Mordo o interior da minha bochecha e levo meus dedos até a maçaneta cor de cobre. Quando a giro, ouço um clique e percebo que a porta está destrancada.

"Louis?" Chamo, mas não obtenho resposta.

Empurro-a lentamente e começo a ter a visão do restaurante. Love of my life toca baixinho ao fundo e percebo que as luzes estão apagadas, mas quando abro a porta mais um pouco, consigo enxergar uma única mesa iluminada.

A mesa em que Louis está sentado.

Meu coração palpita forte quando o seu olhar se encontra com o meu e ele sorri ㅡ parecendo soltar um suspiro de alívio ao me ver. Sorrio de volta e olho para a mesa. Há uma iluminação fraca vindo do pequeno candelabro de três velas, alguns arranjos de flores brancas que decoram, e louças postas para dois.

EXTORSIONÁRIO [L.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora