Ninjas de Konoha

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Não demorou muito para que eles conseguissem se aproximar da Aldeia do Som, graças a Neji e Hinata, que conseguiram encontrar um caminho mais curto atravessando a floresta que havia depois do cais onde desembarcaram. Apesar disso, Sakura Haruno ainda tinha receio de que pudessem chegar depois dos capangas dos mafiosos, o que representava um grande risco para Konoha.

Quando já estavam próximos o suficiente, ela começou a pensar na possibilidade de a emboscada falhar, e isso a perturbava demais: os ninjas que enfrentaram durante a busca por Naruto e na ilha podiam não ter representado grande rico para eles, que eram ninjas de alta patente e com títulos de melhores do mundo, mas para outros... Precisamos nos apressar. Dona Aiko e Kiichi não estão poupando dinheiro ao contratar esses mercenários e capangas. Eles são nukenins fortes e precisam ser interceptados antes de iniciarem o confronto.

Ela desacelerou o ritmo de corrida, ainda pensativa.

— Neji, pode ir na frente como nosso batedor?

— Aconteceu alguma coisa? — questionou Hinata, logo após se pôr ao lado de Sakura.

— Não. Só estou com um mau pressentimento. Deve ser apenas coisa da minha cabeça, mas penso que seja melhor prevenir.

— Se eu encontrar algum problema?... — questionou ele.

— Apenas volte. Dependendo da situação, vamos ter que elaborar um outro plano.

Ele assentiu e seguiu na frente em velocidade máxima. Depois de terem passado dois dias trabalhando e se alimentando bem no navio de suplementos médicos, Neji havia conseguido ganhar mais massa muscular e se recuperar de vez das sequelas deixadas pelo coma, por isso a Haruno sabia que ele não teria problemas em realizar aquela tarefa.

— Hinata, enquanto isso, vamos parar por aqui para ajeitar algo para comermos. Precisamos estar fortes e com nossas armas preparadas.

A Hyuuga assentiu e de imediato ativou o Byakugan. Essa era uma das coisas que Sakura mais gostava sobre o fato de realizar missões com seus amigos: estavam tão acostumados a fazer tudo juntos, que a maioria das tarefas sequer precisava ser dita, eles mesmos já sabiam o que fazer. Sendo assim, segundos depois, Hinata descia dos galhos das árvores, guiando Sakura para uma clareira. Era um lugar perfeito para que pudessem se alimentar e organizar as armas — e medicamentos emergenciais, no caso da médica ninja, que havia adquirido alguns enquanto viajava com Sasuke e conseguido outros mais dentro do laboratório onde Naruto fora mantido.

— Vamos deixar a comida de Neji separada — sugeriu Sakura.

Enquanto ela arrumava as ferramentas ninjas, separando-as para cada um deles, e colocava os medicamentos emergenciais no topo de sua bolsa de perna artesanal, para facilitar o acesso caso houvesse precisão, Hinata tratava da comida. A Hyuuga acendeu uma fogueira pequena, dessalgou os peixes que haviam trazido do navio médico, assou-os e preparou uma porção de arroz. Assim que Sakura terminou o que fazia, buscou na floresta brotos de abóbora e depois voltou e começou a cortá-los para preparar refogado ao passo em que Hinata fazia pratos improvisados com folhas de bananeira.

— Posso te fazer uma pergunta? — questionou Hinata, os olhos muito concentrados em separar um pouco de arroz para cada um deles.

— Claro.

— Você e Naruto... — a Hyuuga hesitou, e Sakura sentiu o ar faltar em seu peito. Sabia que precisavam conversar sobre aquilo, mas queria ter tido tempo para se preparar melhor. Continuou mexendo o refogado de brotos de abóbora, aguardando a amiga continuar. — Como você conseguiu suportar sabendo que ele tinha sido capturado?

A médica esperava qualquer coisa, menos aquela pergunta. Ela gastou um longo tempo mexendo o refogado em silêncio, sem pensar em nada específico. Depois de um suspiro e esperando do fundo do peito não magoar a amiga, resolveu responder.

EpifaniaWhere stories live. Discover now