Os ninjas mais fortes

41 3 1
                                    

Juno ainda tinha algumas informações para repassar, no entanto o Uzumaki deixou que ele descansasse um pouco. Era notável a mudança de postura do rapaz desde que fora solto de sua cela e pensar sobre isso fazia um calafrio percorrer pela espinha de Naruto. Fiquei aqui por alguns dias e já não aguentava mais. O que Juno deve ter sofrido então? Ele não fazia ideia e não queria pensar muito sobre isso.

Assim que amanheceu a comoção se iniciou dentro da instalação. Sakura e Hinata tinham dormido juntas dentro de um dos centros cirúrgicos, Neji e Sasuke tinham revezado a guarda dos prisioneiros e Naruto e Juno haviam dormido dentro de uma grande sala de reunião encontrada por Neji e Hinata, no último cômodo do andar inferior.

Naruto acordou o rapaz de cabelos negros com algumas sacudidelas enquanto bocejava, contente por ouvir Kurama reclamando por ele ter acordado tão cedo. Havia tempo que a Raposa não dizia alguma coisa e ouvi-la resmungar era sinal de que se sentia já tão recuperada quanto ele própria. Ainda sentia os sinais da comida e água escassas em seu corpo; tinha perdido um pouco de massa muscular e tinha os lábios e pele ressecados pela desidratação, no entanto a cada hora que se passava se sentia mais consigo mesmo, em principal por ter seu chakra e o chakra de Kurama reestabelecidos.

— Tudo bem — reclamou Juno, depois de Naruto empurrá-lo com o pé. — Já estou acordado. Não precisa de mais do que isso.

Naruto soltou um risinho ao ver o rosto azedo dele. Os dois deixaram para trás os lençóis e travesseiros que Hinata havia levado para eles — segundo ela, havia uma lavanderia minúscula dentro do complexo que tratava e abastecia os leitos hospitalares do local. Assim que adentraram o laboratório, o cheiro de chá fez com que a barriga dos dois roncasse alto, divertindo-os.

— Bom dia — disse Sakura, aproximando-se já com uma xícara de chá na mão para ele. Ela selou suas bocas e continuou, de uma forma tão leve que o maravilhou por um instante: — Já consegui contatar a Mizukage. Foi uma confusão, porque tentaram matar a Katsuyu antes de perceberem que não se tratava de uma invasão. — Ela soltou um suspirou de alívio, fez uma cara de reprovação e tomou um gole do próprio chá. — Mas enfim. Eles estão a caminho para levar os capangas. Logo vamos poder seguir viagem para a Vila do Som.

— E quanto a dona Aiko? — questionou Juno. — Se ela não for capturada, nada disso vai ter valido de muita coisa. Ela não vai demorar a conseguir reaver esse lugar e tudo vai recomeçar.

— O problema é que não sabemos onde ela pode estar — começou Naruto. — Talvez a gente consiga uma pista.

— Talvez eu saiba onde a encontrar — interrompeu o rapaz. — Lembra que eu disse que minha família e eu fazíamos trabalhos para ela? Fomos em várias das casas que ela mantém aqui no País das Águas.

— Em várias? — perguntou Neji, aproximando-se com alguns bolinhos de arroz dentro de um pote. Ele os distribuiu. — Não temos muito tempo para procurar onde ela possa estar. Mas você pode fornecer essas informações aos ninjas da névoa.

— Eu tenho quase cem por cento de certeza de que sei em que casa ela está — falou Juno, e a firmeza na voz dele contagiou Naruto de imediato. — Entendo que vocês precisam seguir o quanto antes, mas... honestamente, alguns dos capangas dela já foram ninjas da névoa. Não sei se me sinto seguro com eles.

O rapaz fungou e comeu seu bolinho enquanto os demais refletiam sobre o que ele havia dito. Para Naruto, a situação já estava clara o suficiente e conseguia se colocar no lugar do rapaz sem dificuldades, uma vez que já viajara por tantos lugares, conhecera tantos tipos de pessoas e sabia bem que ainda existia muito o que ser consertado naquele mundo. Além do mais estava quase completamente recuperado. Poderia dar conta.

EpifaniaWhere stories live. Discover now