42. Madrugada

431 28 7
                                    

Brittany escorregou suas mãos pela cintura de Santana e desceu...

Desceu e desceu, aos poucos, enquanto se beijavam completamente imersas no deleitamento do segundo presente. Até ser capaz de apertar, de mãos cheias, a bunda perfeita da latina-nua acomodada nas suas coxas, outra vez, sobre os lençóis de sua espaçosa cama de casal. A líder de torcida estava amando tatear a consistência magnífica de cada pedaço de pele morena que existia ao seu alcance. As duas jovens estavam tão conectadas e concentradas só naquilo. O compasso de respirações, os toques dados, arrepios causados, apertos devolvidos e por aí ia. Há um bom tempo. E que tempo. O amanhã nem as importava, francamente.

Tudo era tão aprazível e novo.

A Pierce não esperava de forma alguma que, sua noite inocente, até então, de Natal, parasse onde estava agora. Caramba, ela e Santana haviam transado! E tinha muito mais pela frente. Por este fato, e o resto do contexto deslumbrante do dia, é claro, Brittany localizava-se deveras estupefata de como tudo andou incrivelmente bem até ali. Estava tão feliz no instante que, se fosse possível, sua alegria, euforia, animação, e todos os sentimentos bons dançantes em seu interior, trasbordariam de sua alma para fora, sem controle. Quer dizer, talvez seu físico já deixasse isso translúcido para quem quisesse ver, de certa maneira, para além de sorrisos sinceros no rosto.

Santana deu uma risada indecente ao desgrudar suas bocas.

E ao sentir o toque da outra em seu corpo, sem pressa, ela puxou os cabelos louros, da raizinha existente na base da cabeça de Brittany, suavemente para trás, como reflexo. Depois, Santana arriou os dedos de ambas as mãos, tirando-os do lago de loirice que repousava, abaixando-os pela traseira do pescoço branco, mais e mais, passando as unhas curtas pelo trajeto lento, enviando ondas elétricas delirantes para o corpo inteiro da Pierce, aos olhares curiosos e excitados dos olhos azuis sobre si. Parou a mão direita sobre um ombro de Brittany, e com a outra, ela mergulhou os dedos por debaixo da alça do sutiã preto à frente, mordendo seu lábio inferior de forma tentadora com a ação atrevida.

Começou a empurrar o tecido para o lado.

Em seguida, perpassou a mão audaciosa pelo seio quase exposto, de vez, da loira, e agarrou-o por cima do pano, Brittany gemeu contidamente com o movimento da mão dela ali, e aproveitando isso, Santana levou os lábios carnudos para a orelha dela, passando a língua por lá, no tempo em que posicionou as mãos em ambas as alças da roupagem avante, levando-as braços abaixo, até o limite que deu, por conta dos ganchinhos presos na retaguarda da peça que, só se abrem sozinhos, como mágica, quando não devem o fazer. Ah, as ironias da vida. A loira apoiou as mãos no colchão, de olhos fechados e respiração desregulada.

— Tira isso pra mim, Britt-Britt.

Santana mordeu-lha a mandíbula, vertiginosamente, após a fala. E, ao doce mando exalado da voz gostosa dela, Brittany somente levou as mãos para as próprias costas e soltou o feixe da peça que a cobria, sem pestanejar, ou pensar. A Lopez, então, ajudou-a freneticamente com o serviço de retirar o sutiã por completo daquele busto, se afastando um pouco do tronco da Pierce. Logo, elas livraram-se da parte de cima da seminudez da mais alta que, tanto estava atormentando a morena por dias, e aí Santana fitou finalmente os misteriosos peitos da amiga colorida, e seus lábios curvaram-se num sorriso safado em menos de dois segundos, eram lindos.

É, pelo jeito, corpos de garotas eram desejáveis demais para ela, sim.

Não havia mais oscilações quanto a isso. Seu corpo simplesmente escolheu atrair-se como imã em direção ao da outra. Eram descobertas radiantes e revigorantes, uma atrás da outra, todos os dias. Antes, ela achava ser apenas uma singular narcisista com o próprio corpo e imagem (não que tivesse deixado de ser), todavia a latina, agora, situava-se adorando apreciar outro físico feminino. Era tão sexy. E talvez, seus sentimentos evidentes e vigorosos por Brittany contribuíssem para tudo ser tão enfático. Além da vinculação que sentia dentro de olhos azuis. Sempre. Tão indescritível, tão fora do seu normal, tão diferente.

Destino ou não - BrittanaWhere stories live. Discover now