3. Velha rotina, ou quase

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"TRIIIM, TRIIIM, TRIIIM"...

De novo. E de novo. E mais algumas vezes aquilo se repetiu.

É segunda-feira, vadia! (Foi o que o despertador parecia gritar à Brittany).

Todos os nomes no mundo possuem um significado real e um, ou mais, que as pessoas inventam por conta de características, no caso "segunda-feira" simbolizava nada mais, nada menos que, O começo de um ciclo maçante. Brittany junto a, mais ou menos, oitenta por cento da população mundial nutriam o mesmo sentimento pelas "pobres e inocentes" segundas-feiras.

"TRIIIM, TRIIIM, TRIIIM"...

E o passo a passo das pessoas para lidar com o inicio de uma novíssima semana, desde décadas, é:

Acordar com um despertador infernal do lado, não entender o que se passa. Piscar, fechar os olhos de novo e lutar contra a enorme e gigantesca "não vontade" de levantar. Virar-se de um lado para o outro na cama, algumas vezes (talvez muitas) na esperança de voltar a dormir, nem que for por um minuto a mais e, após o alarme desagradável cansar, pensar "Que aparelhinho de merda. Vou mudar o toque" o que na maioria dos casos não acontece. E pronto, render-se a tal rotina que tanto chama por você. De preferência, fazer tudo isso com um sorriso no rosto, para não incomodar outras pessoas que também fingem felicidade de manhã.

Mas faltar, de novo, na escola seria tão ruim assim? Brittany questionou a si mesma, enquanto apreciava o quentinho abaixo de seu cobertor azul. Quantas vezes ela já tinha faltado às aulas, desde que se mudou para a cidade? Nem se lembrava. Prejudicada ela não ficaria, pois em sua antiga escola faltou no máximo duas vezes, isso porque se encontrava doente.

Naquela manhã, a mesma não estava tão disposta a voltar ao McKinley depois da noite maravilhosa, de sono, que acabara de ter, com sonhos repletos de olhos castanhos... Quer dizer, sonhos com o farol, claro, o farol era tão bonito... Não eram para os olhos castanhos de uma latina, que ela se pegava olhando diversas vezes durante a imaginação, imagina. Claro que não.

No dia anterior, posteriormente a caminhada que teve com Santana na praia, Brittany refez todo o caminho por entre a areia grossa, calmamente, retornando ao seu conversível, onde ficou por algumas horas escutando músicas aleatórias no rádio. Até ela decidir que estava na hora de se alimentar, antes que passasse mal, e dirigir em direção a um restaurante, onde pediu um café bem caprichado.

Lá, encontrou algumas pessoas da escola e juntou-se a mesa com um sorriso sem graça, quando os mesmos a chamaram para sentar. Ela não estava totalmente à vontade com isso, mas não era antissocial, muito menos deixaria de comer ou beber algo em um local só porque corria risco de encontrar rostos chatos do colégio.

A televisão, do estabelecimento, transmitia um jogo qualquer de basquete e todos pareciam vidrados naquilo, conversando sobre as jogadas e baboseiras que Brittany ignorou, pois estava ocupada demais com o café e outras coisas das quais começou a se servir na mesa, bolachas, pães e afins. Ainda bem que ninguém precisava fazer perguntas sobre seu dinheiro enquanto divertiam-se vendo o basquete, podia ser sempre assim, não?

Chegou cedo à sua casa e apenas capotou satisfeita com o dia. Horas e horas de sono que lhe faltavam foram compensadas. Mas agora, outra semana havia começado.

Levantar ou não? Eis a questão.

A loira tateou o criado-mudo rosa ao lado de sua cama, até alcançar o celular e desativar os próximos alarmes, quando o fez, percebeu diversas mensagens não lidas e chamadas perdidas de seu melhor amigo, Kurt Hummel. Passou os olhos pelos textos rapidamente, não tinha nada de importante aparentemente.

Destino ou não - BrittanaOnde histórias criam vida. Descubra agora