11. Trindade

269 28 13
                                    

— Eu vou perguntar mais uma vez... Vocês sabem por que estão aqui? – O diretor Figgins questionou com calma, como se as meninas presentes em sua sala fossem psicopatas, ele engoliu a seco, tinha medo delas. – Por favor, falem comigo.

Santana estava sentada na cadeira entre Quinn e Brittany, lançando ao homem, em sua frente, uma enorme cara de deboche e um olhar intimidador (o que não era nenhuma novidade).

Figgins sentia-se uma criancinha no jardim de infância, sofrendo bullying mais uma vez, flashbacks horríveis brotaram no cérebro dele, e a garota morena nem sequer havia aberto a boca ainda, enquanto as loiras olhavam para ela irritadas, puro sangue nos olhos.

Que dia mais estranho.

— Elas eu não sei, mas eu não faço ideia. – Disse a morena, por fim, quebrando o silêncio. – Já posso ir? Essa sala é bizarra.

— Creio que não, a treinadora Washington disse para eu mantê-las aqui até ela pensar numa boa punição.

— Punição pelo quê, pelo amor?! – Santana indagou, indignada. – Que escola mais...

— Você não sabe Santana? Mesmo? – Brittany parecia mais indignada do que a outra, Santana era uma cínica e não respondeu, a loira então, resolveu fazer uma piada, já que aparentemente, a latina vivia a base delas. – Que engraçado, quem parece ter amnésia agora?

A Lopez apenas riu, gostava de tirar as pessoas do sério, e pelo jeito, a Pierce era a pessoa que ela mais apreciava ver emburrada nos últimos tempos. Aquele biquinho em seus lábios finos e rosados era fofo... Não que a Lopez notasse isso, não.

Quinn suspirou irritada e depois, levou as mãos à testa.

— Britt nem adianta, ela é um caso perdido. – A loira disse rapidamente, antes de levantar a cabeça, direcionando os olhos verdes para o diretor. – Nós vamos sair, antes que aconteça algum acidente dentro dessa sala.

— Vocês acabaram de...

— Uau! Isso foi uma ameaça Fabray? – Santana a encarou, e sorriu. – Não vai me responder?

— Sinceramente? Encare como quiser...

— Que honra! – Falou a morena em tom sarcástico e revirou os olhos, antes de mira-los no diretor medroso. – Eu concordo com a minha colega, temos que sair. Pelo menos, eu vou...

As três ficaram alguns segundos, que se assemelharam a horas, encarando o diretor, que estava explicitamente desnorteado, Santana levantou. Depois, Quinn e Brittany repetiram a ação, ao mesmo tempo em que, Figgins encontrou palavras para abrir a boca e dizer algo. Uma por uma, as lideres deixaram a diretoria sem dar ouvidos ao homem, e se depararam com a treinadora das Cheerios as esperando no corredor.

— Venham comigo, agora! – Gritou, e se virou, logo, uma fila com as três lideres de torcida criou-se, atrás dela, e continuou até a sala da mulher mais velha, onde todas se sentaram. – Desde quando, as aulas de educação física, viraram uma verdadeira novela mexicana? Estão doidas? As três estão causando demais ultimamente na minha aula! Eu saí por um minuto e...

— Nós? É tudo culpa da Santana! – Quinn disse, espantada, soltou o rabo de cavalo e o ajeitou com ódio. – Tudo estava ótimo antes dela aparecer nessa escola e estragar o time.

— Ótimo? Faz me rir, esse "time" sempre foi um lixo!

— Calem a boca, franguinhas! Eu já decidi qual será a punição de vocês. – Roz tomou um gole de água, de sua fiel garrafinha de plástico, e sorriu ao encontrar rostos jovens cheios de curiosidade. – Eu conversei com William Schuester, e ele, assim como eu, pensa que a melhor coisa que se existe para unir pessoas é: fazê-las trabalharem em equipe...

Destino ou não - BrittanaWhere stories live. Discover now