38. Natal (p.1)

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— Eu... N-Não queria... Que isso... Acabasse... Nunca... – Brittany exprimiu ofegante, em meio aos beijos que Santana intercalava entre seus lábios e mandíbula, até levar uma forte mordida repentina no queixo e abrir os olhos azuis, estupefata. – Ai, Santana!

A Lopez riu maldosamente com a reclamação, enquanto a líder de torcida a frente esfregava a mão na pele avermelhada que, acabara de sofrer uma bela de uma dentada, seu rosto numa careta cômica e desesperada.

— Doeu, não ri!

— É... Eu sei, desculpa. – A morena passou a mão carinhosamente no rosto da outra e a deu um selinho demorado, antes de se afastar. – Talvez, não precisasse acabar tão rápido se a gente não tivesse se encontrado tão tarde, né Britt-Britt.

— Mas, você disse que não se importava com a hora San, e a Quinn estava me prendendo na casa dela até o momento que eu te liguei, você sabe... – A loira justificou, no tempo em que prendia os cabelos num rabo de cavalo, afinal, ficar com os vidros do carro totalmente fechados, e estar de casaco, somando tudo isso aos beijos agitados que acabara de trocar com Santana, tornava o ambiente meio sufocante, apesar de que, da porta para fora do conversível coberto, só faltava elas congelarem com o vento frio que corria pela noite de lua cheia de Rosefield. – Além disso, meu pai estava indignado hoje de manhã porque a árvore de Natal só chegou hoje, sendo que ele a encomendou lá no começo de Novembro, um mês de atraso...

Ela riu antes de continuar, a latina a observou atentamente.

— Ele acha um absurdo não decorar a árvore, exatamente, um dia depois do dia de ação de graças, disse que isso poderia arruinar a mágica toda. Então, estava ajudando ele e a Holly com os enfeites, até ele se acalmar um pouco. E acabei me atrasando para encontrar a Quinnie e consequentemente me atrasei com você também...

— Entendi, devo então culpar os feriados e as empresas que não entregam árvores na data correta? – Santana disse ironicamente e a Pierce riu. – Meus pais usam aquelas árvores-vagabundas de plástico que, se vende em lojinhas baratas sabe, então nunca tiveram esse problema.

— Ah, devia ter falado pro meu pai comprar dessas! Acho que evitaria muito, muito estresse.

— Pois é gênia, bastava pensar.

Elas riram.

— A gente não conversou muito hoje, né? – Brittany comentou, ponderando sobre como elas estavam apenas se agarrando desde que, se encontraram naquela noite de domingo, e hipoteticamente já deveriam estar de volta as suas próprias casas, separadas. – Eu...

— E pra que a gente ia perder tempo conversando? – A Lopez indagou, inclinando o corpo em direção ao banco do lado, deu um beijo na outra garota e voltou a abrir os olhos, animada. – A gente descobriu uma coisa, bem mais, interessante pra fazer.

— É... Muito mais... – Brittany segurou a cintura da outra, fechou os olhos e apertou-a, antes de iniciar uma série de beijos em lábios carnudos, passou a divagar a boca sobre a pele morena, traçou a linha do maxilar da outra e foi descendo até o pescoço, onde encostou a língua, de forma acanhada, não sabia se podia, na verdade, mas percebeu a pele de Santana se arrepiar por inteira com sua respiração ali, e isso a enlouquecia. – Eu posso beijar aqui, Sant?

Ela respirou com prazer o cheiro perfumado que aquela sua paixão tinha, e esperou eufórica pela próxima permissão que receberia da outra, ou não.

Britt, você pode fazer o que quiser... – A morena respondeu sem demora, desmanchando o rabo de cavalo dos fios loiros, segurou a cabeça de Brittany à medida que a mesma dava-a beijos na garganta, cada vez mais exorbitantes, ela apertou o próprio lábio inferior entre os dentes desfrutando de tudo aquilo, e deixou escapar alguns baixos gemidos, quando percebeu os dedos finos e gelados da Pierce alcançarem a sua pele quente, da base das costas, por debaixo de todo o tecido que a cobria. – Nossa, eu não sei por quê... – Brittany voltou a sua boca e beijou-a, antes dela terminar de falar, o que quase a fez perder completamente o raciocínio da frase que pretendia soltar, mas logo se lembrou, a partir do instante que a líder deixou seus lábios livres. – Como a gente não fazia isso antes, mesmo?

Destino ou não - BrittanaOnde histórias criam vida. Descubra agora