Destino ou não - Brittana

39. Natal (p.2)

Alma franziu as sobrancelhas.

— O que essa niña está fazendo aqui, Santana?

— Ah, eu só estava mostrando a despensa pra ela... – A latina justificou devolvendo a lata de atum para o lugar, ela segurou a mão de Brittany, que estava em choque, calada, e andou para mais perto da avó, soltou-a. – Então abuela, essa é a minha amiga Brittany Pierce, ela é uma grande fã do Breadsticks, principalmente da sua comida. O que é minha culpa, obviamente. Você já deve ter visto ela aqui muitas vezes, é aquela mesma que ficava sem comer, sabe? A trouxa. Nem parece a mesma depois que a salvei.

— Não fala assim, Santana. – A velha repreendeu-a e logo sorriu ao olhar para a Pierce. – Olá.

Brittany acenou.

— Tudo bem? – A loira perguntou, evitando contato visual, e a mulher disse "sim". – A Santana fala muito de você, eu sou sua fã...

— Sim, é... – Alma a analisou, ignorando a última frase. – Eu já te vi muitas vezes aqui mesmo. Seu rosto é fácil de guardar. Prazer em conhecê-la, Brittany.

— O prazer é todo meu, senhora Lopez.

— Você é filha de Robert Pierce, não é?

Ela levantou os olhos e encarou a mulher mais velha.

— Sou...

— Ele vira e mexe dá entrevista na TV, o Robert parece ser um homem muito bom. – A cozinheira disse sorridente, mal acreditava que Santana estava andando com a filha de uma pessoa tão decente assim, no seu ponto de vista, não parecia o normal de sua neta, pois conhecia os amigos que ela gostava de arrumar, como Puck, Sebastian e Ryder, sem falar nas companhias de Lima, que conseguiam ser bem piores, Jesse, Naomi, Brody e tantos outros, graças a deus ela, Cesar e Maribel conseguiram afastar a menina de gente ruim com aquele acampamento de verão milagroso, ela pensava. – A construção do shopping da sua família está cada vez mais visível quando se passa no centro, tão rápido, nunca vi igual.

— É... – A estudante passou a mão no pescoço, tímida. – Meu pai gosta de coisas rápidas.

Elas sorriram em silêncio, e Santana olhou para as unhas, esperando algo acontecer.

— Bom, Santana, por mais que a Brittany seja uma excelente garota, não é correto trazer pessoa alguma pra cá, ok? Ainda mais em horário de trabalho, não vamos arrumar mais problemas, por favor. Deixem a curiosidade de lado. – A mulher disse por fim, pegando um pacote de macarrão no fundo da despensa, antes de sair. – Volte ao trabalho, agora. Tchau, Brittany!

E sumiu. A loira logo encarou Santana que começou a rir, e ela? Pôs a mão no peito esquerdo, abismadíssima.

— Nossa! Quase que ela pega a gente. – Inspirou e expirou com força. – Nossa...

— Se acalma aí, coração. – Santana riu e passou pela porta. – Tudo sob controle.

Apesar de não demonstrar, a morena estava super nervosa também, não queria ninguém flagrando ela dessa forma, já bastava a maldita foto que o chantagista usava para chantageá-la, talvez elas devessem ter esperado sábado para não correr este tipo de perigo maluco. Saíram do restaurante, e Brittany abraçou-a.

— Agora eu tenho que voltar a louça suja.

— Eu sei... – Apertou à morena nos braços, afastando-se pouco a pouco. – Espero que a gente consiga se encontrar no sábado mesmo...

— Assim espero também. Até agora tudo certo... – Santana riu e acenou. – Tchau.

(...)

Entretanto, quando o dia chegou, nada delas conseguirem se encontrar, ao invés disso, Santana dissera que precisava acompanhar sua mãe de última hora, obrigatoriamente, pois ela dirigiria o carro velho e recém-restaurado do falecido avô até uma cidade próxima a Rosefield, enquanto seu pai encontrava-se ocupado demais no emprego, era sua função, como substituta, já que as outras mulheres não dirigiam. Pois bem, Santana de quebra, ajudando à grávida como uma boa filha que a jovem Lopez não queria ser ali -mas, que sofreu chantagens emocionais para tal- faria companhia a mãe e a avó, na paz. Chegaram então, a vários e vários mercados, lojas e afins por lá, e o objetivo em mente? Comprar algum doce bizarro disponível apenas na região, a pedido de Maribel.