• Capítulo 79

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Caro: porque mesmo estando com Phelippe e ele me fazer muito feliz meu coração sempre foi do seu pai e o dele o meu. Amo o Phelippe, obviamente, mas seu pai era o real amor da minha vida! Não ia deixar o Ruggero sair ileso, mas agora não tenho mais como o matar já que Esteban está morto!- ela afirma sendo sincera. A minha mente está em uma batalha com tantas informações.
Kah: obrigada por me contar pelo menos. Se não tivesse me contado acho que nunca saberia!- afirmo e ela assente sorrindo. Isso que falei é verdade! Se ela não me contasse provavelmente o Ruggero iria esconder isso de mim para sempre!
Caro: você ama ele né?- ela se refere ao Ruggero e mordo meu lábio inferior.
Kah: sim- a única coisa que digo.
Caro: é, ele também parece te amar!- ela suspira.
Kah: atravessamos tantas barreiras que agora é difícil de aceitar que tudo foi por água abaixo.
Caro: pensa em perdoá-lo?
Kah: o quê? Não, ele não merece meu perdão! Ele já me fez sofrer muito e acho que não consigo nem olhá-lo mais- falo sendo sincera.
Caro: esse é o preço do amor, nada é fácil nessa vida!- ela afirma me olhando e assinto.
Kah: acho que já acabei com as perguntas- suspiro.
Caro: ok, então acho que já vou indo. Vim aqui para esclarecer tudo para você. Espero que algum dia me perdoe!
Kah: eu também espero- falo sendo sincera. Por mais que ela seja a culpada disso tudo já que me mandou para o Esteban ela é minha mãe, e mesmo brava, chateada e com raiva eu a amo. Mãe é mãe, independente de tudo!
Caro: eu te amo ok? Saiba disso Karol. Faço de tudo para que possamos nos reconciliar!- ela afirma e apenas assinto- Se quiser algum dia ir lá em casa, dormir lá ou para ver sua irmã e todos nós pode ir. Você sabe disso!- assinto outra vez em silêncio- Tchau então- ela sorri fraco e passa por mim abrindo a porta e a fechando logo em seguida assim que sai enquanto fico parada deixando as lágrimas caírem. Tive tantas informações hoje que ainda estou trabalhando tudo em minha mente. Me sinto mal porque não estive presente na minha casa antiga quando meu pai foi morto. Não me lembro de onde estava nesse dia, aliás nem sei que dia foi já que descobri toda a verdade agora, mas também não poderia fazer muita coisa se estivesse lá. Só tinha doze anos e era uma menina indefesa. Na época lembro que minha mãe falou que iríamos mudar de casa porque ela trazia lembranças ruins do meu pai e porque Phelippe já estava desconfortável de ficar lá, e lembro que na época nem me toquei, afinal eu era ingênua e isso nunca passaria pela minha cabeça. O que mais me dói além de que o Ruggero iria esconder isso de mim para sempre é que ele só tinha treze anos quando tudo aconteceu. Como ele conseguiu ser tão cruel? Minha mãe o pediu para parar, por que ele não o fez? Ele certamente não era a pessoa que amo, não é possível! Tento abafar o meu choro para não acordar minhas amigas, pois não quero que elas fiquem mais preocupadas do que já estão.

Rugge on·
Abro meus olhos quando escuto vozes altas e risadas em alguma divisão da casa. Porra, esse povo não sabe falar baixo não? Tento decifrar quem são, mas não consigo. Sei que não é só Agus e Mike conversando e rindo, mas sei que também não é nenhuma das meninas já que não consigo ouvir uma voz feminina. Me levanto da cama e sinto uma puta dor de cabeça. Caralho! Acabei dormindo chorando ontem a noite depois de beber pra caramba aqui em casa pela madrugada. Estava mal na hora e foi a melhor solução do momento. Vou até o banheiro para tomar um banho e não, não estou tão curioso em saber quem está lá sala. Talvez seja algum filme que meus amigos estão assistindo na televisão e devo ter me confundido achando que são pessoas que estão aqui. Entro dentro do chuveiro depois de abrir a torneira e sinto a água quente relaxar um pouco os meus músculos e minha mente vagueia por tudo o que aconteceu ontem. Porra, com certeza ontem foi o segundo dia pior da minha vida, já que o primeiro foi quando minha mãe morreu. Não sei se a Karol quer me ver depois de tudo e se é capaz de me perdoar, mas também sei que não posso deixá-la sair da minha vida nunca, afinal fomos feitos um para o outro né? Me dói só de pensar e imaginar que ela me deixe. Eu sei que errei, mas tive meus motivos e na época não a conhecia. Saio do banheiro e me seco com a toalha, escovo os dentes e depois visto uma roupa simples, pois não quero sair de casa tão cedo. Caminho até a sala enquanto sinto minha cabeça latejando por causa da ressaca, mas estou com preguiça de pegar um remédio, então resolvo parar de focar na dor. Meus olhos se arregalam e meu coração parece saltar do meu peito quando vejo as pessoas que menos esperava. Que merda eles estão fazendo aqui?

Love Barriers [CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now