• Capítulo 18

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Rugge: deixarei o carro aqui. Nosso destino é próximo, vamos?
Agus: temos que esperar os capangas.
Rugge: eles vão demorar muito. Se adiantarmos será melhor- falo enquanto saímos do carro.
Mike: eu também quero pegar a Kah e ir embora, mas não acho que seja uma boa ideia entrar lá só nós três. Esteban tem seus capangas também.
Rugge: se quiserem ficar aí problema de vocês!- afirmo e me viro, mas Mike entra na minha frente.
Mike: espera Ruggero. Sei que está preocupado com ela, mas se entrarmos poderá acontecer o pior. Já pensou se algo acontecer com nós? Não irá te ninguém para tirá-la de lá- ele diz me deixando pensativo.
Rugge: primeiro, não estou preocupado com ela. Eu só estou... Ah foda-se, não importa! Darei dois minutos e se eles não chegaram eu vou- falo e Mike assente.
Agus: eles estão perto- ele diz guardando o celular no bolso e eu pego minha arma na cintura.
Mike: aonde vamos?
Rugge: em uma casa. É uma casa antiga que o Esteban tem aqui para guardar as drogas, documentos falsos e etc.
Agus: já tinha vindo aqui?- assinto.
Rugge: só espero que não seja uma armadilha.
Mike: estamos com você nessa- ele diz e eu assinto. Logo vejo carros se aproximarem e vejo que são os meus capangas.
Rugge: demoraram em porra!- afirmo enquanto eles saíam dos carros.
Jorge: vamos logo!- Jorge afirma me fazendo revirar os olhos. Já estaríamos lá se eles fossem pontuais. Me viro e os direciono até a casa. Assim que percebi que estávamos chegando fiz um sinal para se abaixarem. Passamos por um muro, ainda debaixo do mesmo vi a casa e me virei para falar com eles.
Rugge: é o seguinte, temos que tomar cuidado em cada passo que dermos. Irei dividir em dois grupos. Um grupo irá comigo para os fundos para entramos na casa e o outro fica aqui. Qualquer movimento estranho que perceberem me avisem- todos assentem
Jorge: posso ir com você?- assinto.
Rugge: só nós quatro está bom.- falo e inclino a cabeça vendo que não tem ninguém em frente a casa. Atravessamos a rua rapidamente e fomos para os fundos. Tentei abrir a porta com a mão, mas logo vi que a mesma estava trancada. Bufei e os olhei- Se afastem- eles assentiram. Peguei uma distância boa e corri até a porta a derrubando. Posicionamos nossas armas na cintura e entramos agachados no local.
Jorge: que bagunça!- ele afirma me fazendo olhar ao redor. Poeira por todos os lados, papéis pelo chão, realmente estava uma bagunça. Dou de ombros e logo escutamos passos se aproximando. Rapidamente nos escondemos atrás de um grande armário empoeirado e vi pela brecha Esteban pegando um saco, provavelmente de drogas e logo após saindo. Assim que passou um tempo saímos de trás armário e logo escutamos um grito.
Xx: PORRA! SOCORRO!- ouvimos um grito de uma voz feminina.
Rugge: é a Karol porra!- afirmei andando rapidamente pelo grande corredor.
Agus: fica calmo Ruggero- ele diz, mas o ignoro. Nesse momento o que eu mais quero é tirá-la de lá. Tudo isso está acontecendo por minha culpa! Me virei para olhá-los ao perceber que a Karol não estava no nosso andar.
Rugge: Mike, vem comigo. A Karol está no andar de cima. Deu para perceber pela intensidade do grito- ele assente.
Jorge: é nós?- ele se refere a ele e ao Agus.
Rugge: fiquem aqui. Qualquer sinal me falem pelo rádio- eles assentem. Eu e Mike rapidamente subimos pela escada que da acesso ao andar de cima e ouvimos vozes. Fiz sinal de silêncio para Mike que logo assentiu com a cabeça. Vi o Esteban vindo pra cá e inclinei a arma, mas ele logo parou no meio do corredor. Parecia estar pensando. Ele se virou, foi andando pela outra direção e logo após entrou em um cômodo. Um homem logo saiu de um outro cômodo, foi para onde Esteban está e andamos em passos rápidos e silenciosos até o quarto que o capanga de Esteban tinha saído. Entrei rapidamente dentro do mesmo vendo Karol amarrada em uma cadeira com um esparadrapo na boca. Ela está chorando e seus olhos avermelhos. Mike logo veio atrás e ela tentava falar algo. Me aproximei da mesma, mas Mike foi na minha frente.
Mike: está tudo bem?- ele pergunta preocupado me fazendo bufar. Ele logo tira o esparadrapo da boca dela com cuidado e a abraça. Forço a garganta e eles saem do abraço.
Kah: o que estão fazendo aqui?- ela pergunta sem entender.
Rugge: temos que sair daqui logo- a ignoro. Agora tem esse grande problema, ela não pode saber sobre a minha vida. Eu e Mike tiramos as cordas dos pulsos e dos pés de Karol. Ela logo me abraçou, o que eu fiquei bem surpreso e não correspondi, pelo fato de logo ouvir uma voz atrás de mim. Logo nos viramos e vi o Esteban. Posicionei minha arma em sua cabeça e ele gargalhou.
Esteban: olha só. Eu sabia que vinha- ele disse cínico.
Rugge: cala a boca senão vou atirar em você!
Esteban: então por que não o faz?- ele pergunta e vejo mais dois homens se aproximando dele.
Kah: o que está acontecendo aqui?
Rugge: não interessa!
Esteban: não contou para ela?- ele me provoca.
Rugge: me deixa em paz Esteban. Tudo o que eu peço é para deixar levá-la- falo e ele gargalha.
Esteban: acha mesmo que vou deixá-la ir com você? Foi facinho te trazer até aqui, foi só falar que a vadia estava aqui e veio correndo.
Mike: não fale assim dela!- ele afirma irritado.
Esteban: olha, trouxe seu amiguinho junto?- ele ri irônico- Se ajoelha, agora!- ele afirma tirando a arma da cintura e apontando para mim e eu nego rindo debochado.
Rugge: mas nem fodendo!
Esteban: se ajoelha ou senão eu atiro na garota!- ele afirma apontando a arma para Karol.
Rugge: ela não tem nada a ver com isso Esteban.- olho para ela que tentava segurar o choro- Deixa ela em paz!
Esteban: eu já disse para ajoelhar Ruggero- ele diz nervoso e eu aponto minha arma para ele.
Rugge: e eu já disse que não irei te obedecer!- afirmo e ele aponta a arma para mim enquanto um de seus capangas apontava a arma para Mike e outro para Karol, e logo posso ouvir um tiro soar pelo local. Fecho os olhos esperando que tenha atingindo em mim, mas não sinto dor nenhuma. Logo abro os olhos rapidamente vendo Esteban caindo no chão e sua perna sangrando e mais tiros soam pelo local, e percebo meus capangas em uma "luta" contra os capangas do Esteban. Olho para Karol e para Mike- Temos que tirá-la daqui, agora!- afirmo e ele assente.
Kah: mas o que está acontecendo?- ela pergunta apavorada. A ignoro e a pego no colo- Ruggero, me sol...- a interrompo.
Rugge: cala a boca porra!- afirmo, Mike me puxa e percebo que uma bala quase acertou em mim- Valeu- ele assente.
Mike: vão pela janela a direita. Eu ficarei aqui- ele diz pegando sua arma da cintura, eu assinto e ando em passos rápidos até a janela.
Kah: você não vai mesmo me responder?
Rugge: dá para fechar a porra da boca pelo menos agora? Não percebeu que estamos em um tiroteio?- a solto e ela assente. Bufo e abro um dos armários vendo uma corda. A amarro no pé da mesa que tinha ali e amarro a outra ponta na cintura de Karol- Desce e não olha para baixo.- digo e ela assente com medo. A casa não é tão alta, mas se ela cair pode se ferir feio, mas como eu amarrei a corda em sua cintura tem menos chances de isso acontecer- Segure bem a corda, ok?- pergunto enquanto ela saia para o lado de fora com minha ajuda.
Kah: e você?
Rugge: vai ficar tudo bem, eu prometo!- afirmo e ela sorri- Agora vai. Tem uns homens que vão te ajudar- ela assente descendo aos poucos com os pés na parede e a mão firme a corda. Pego meu rádio falando rapidamente com meus capangas que estão do lado de fora, os aviso sobre Karol e logo após vou ajudar meus capangas.
[...]
Rugge on·
Bato a porta com força ao sair pela porta do fundo da casa de Esteban. Eu e o Agus estamos ajudando Mike que acabou levando um tiro no ombro. Se tudo ocorreu bem? Para o nosso lado sim. Alguns capangas de Esteban foram mortos e outros feridos. Assim que terminei de ajudar a Karol Esteban não estava mais caído no chão. O filho da puta deve ter fugido. Alguns dos meus capangas foram feridos também, mas graças a Deus nada grave.

Kah: oh meu Deus! O que houve com ele?- Karol pergunta preocupada assim que chegamos no nosso carro.
Rugge: tomou um tiro, não está vendo?- falo rude e ela revira os olhos. Tiro o braço de Mike do meu pescoço e ele geme de dor- Aguenta firme.- ele assente- Agus liga para o nosso médico- falo e ele assente. Vi Karol abrindo a boca para falar algo, mas foi interrompida por um dos meus capangas.
Jorge: graças a Deus conseguimos.
Rugge: por pouco. Quase que não saímos de lá.
Kah: mas o que você estava fazendo lá? Na verdade, vocês- ela olha para mim e para os meninos.
Jorge: acho melhor irmos- ele diz e eu assinto.
Rugge: te ligo mais tarde- ele assente e logo meus capangas saem juntamente com ele em seus carros.
Kah: vai me ignorar, é isso?
Rugge: agora não dá para responder, temos que se preocupar com o estado do Mike- falo simples e me viro entrando dentro do carro. Agus coloca Mike dentro do carro, depois entra e Karol entra emburrada. Dou de ombros e dou partida no carro.
[...]
Rugge on·
Reviro os olhos ao ouvir o médico que trabalha para nós. Ele fala demais.

Rugge: é só isso Gastón?- o corto e ele assente.
Gastón: sim. Lembrando que o Michael tem que manter repouso absoluto.
Rugge: ok, já entendemos.
Gaston: agora vou indo- assinto, me levanto, damos um aperto de mão e ele logo sai com o Agus que o acompanha até a porta. Sento no sofá da minha casa e logo após Agus volta se sentando no sofá.
Kah: o que vocês estavam fazendo lá?- ela pergunta quebrando o silêncio. Desde quando tínhamos chegado ela não tinha falado uma palavra sequer- E que casa enorme. Como a conseguiu?- ela pergunta olhando em voltam
Mike: acho que irá ter que contar para ela- ele diz e eu reviro os olhos.
Rugge: cala a boca Mike.
Kah: me contar o quê?- ela pergunta e eu fico calado- Estou esperando.
Rugge: não importa Karol!
Kah: claro que importa. Eu, você, Mike e Agus e todos aqueles quase morremos e você diz que não importa? Você estava com uma arma na mão e ainda conhece aquele escroto!- ela afirma nervosa me fazendo bufar.
Rugge: já que quer tanto saber, eu falo. Sou chefe de uma gangue, satisfeita?- falo irritado e ela arregala os olhos.
Kah: você o quê?
Mike: calma gente.
Kah: CALMA O CARALHO! ELE DISSE QUE É CHEFE DE UMA GANGUE. E VOCÊS? FAZEM PARTE?- ela pergunta aos meninos e eles ficam calados- Eu não acredito!- ela afirma incrédula e se levanta.
Rugge: se não quiser acreditar o problema é seu! Não quis tanto saber? Então pronto porra, para de reclamar!
Agus: calma gente. Vamos resolver as coisas com calma.
Rugge: com essa louca não tenho nem paciência para falar.
Kah: louca é sua mãe!- ela afirma e eu sinto meu sangue ferver. Me levanto rapidamente e Agus logo após se levanta me segurando.
Agus: ei, não vamos brigar.
Kah: eu quero ir embora desse lugar. Quero voltar para casa, não aguento mais!
Rugge: quer ir embora? Então vaza porra! O que ainda faz aqui?- pergunto irritado e ela bufa.
Mike: Ruggero, você não pode deixá-la ir. Ela nem conhece nada daqui.
Rugge: eu só disse a verdade. Se ela quer tanto sair daqui para mim foda-se!- dou de ombros e me solto de Agus. Ando em passos rápidos até a porta e assim que saio bato a porta com força. Vou até a garagem e entro dentro do meu carro dando partida para uma boate.

Love Barriers [CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now