• Capítulo 13

241 15 0
                                    

Kah on·
Acordo ao escutar o despertador tocando, bufo e o desligo. Hoje é domingo, porém sei que a minha mãe saiu agorinha a pouco porque me falou ontem que iria sair. Quero descobrir o que tinha naquela caixa que ela estava mexendo e porque ficou tão nervosa quando me viu por perto. Talvez não seja nada demais, mas pelo o que pareceu deve ser importante. Me levanto da cama e vou até o banheiro. Ontem eu e meus amigos ficamos aproveitando na piscina o dia inteiro e depois minha mãe comprou um bolo para batermos parabéns. Fiquei surpresa, mas ela costuma ser legal comigo nos meus aniversários. Depois de fazer minhas higienes sai do quarto e fui até o quarto da minha mãe. Abri a porta e logo após a fechei caso algum empregado passar por aqui não me ver. Peguei a caixinha dentro do criado mudo e logo a abri vendo os papéis dentro. Peguei um e o abri lendo. Pelo o que parecia era algumas compras de drogas. O que isso faz aqui? Pela data é a oito anos atrás. Arqueio a sobrancelha e vejo mais papéis como esse e um outro. O abro e vejo um texto manuscrito, é a letra da minha mãe. Pelo o que eu entendi falava sobre a vida dela e pelo o que parece era bem conturbada, até que chegou em uma parte que me chamou a atenção. Falava sobre o meu pai e pelas palavras da minha mãe foi um dia terrível para ela quando ele faleceu, e claro, para mim também. Me surpreendo ao ver que ela também escreveu falando sobre a morte dele. Como assim ele morreu com um tiro? Me assusto e sinto meus olhos marejados. Porra, só pode ser brincadeira. Ele não morreu em um acidente? Sinto algumas lágrimas caírem e guardo tudo antes que alguém perceba que estou aqui. Saio do quarto da minha mãe rapidamente e vou até meu quarto novamente me jogando na cama e desabando em lágrimas. Aperto meu travesseiro contra meu corpo enquanto mais lágrimas caem. Eu estou chocada e sentindo uma dor enorme. Por que minha mãe mentiu para mim? E por que será que tem compras de drogas naquele papel? Por quê? São tantas coisas, tantas informações. Realmente eu não sei o que fazer.

Esteban on·
Depois que o Ruggero saiu fiquei furioso. Quem ele pensa que é? Ele tem um pacto com a gangue, não pode sair. Bato na minha mesa furioso e logo escuto duas batidas na porta.

Esteban: entre.- falo irritado e me sento na cadeira novamente vendo um dos meus seguranças entrarem- O que foi?
Xx: o senhor tem visita- ele diz me fazendo arquear a sobrancelha.
Esteban: quem? Não estou esperando ninguém.
Xx: é uma tal de Caro Sevilla- ele diz e eu bufo.
Esteban: pode mandar entrar.- falo e ele assente. Ele logo sai e depois a Caro entra- O que eu devo a honra da sua visita?- pergunto e ela ri irônica.
Caro: saiba que eu só estou vindo aqui porque preciso de ajuda.
Esteban: vamos ver se posso te ajudar. Sente-se.- aponto para a cadeira a minha frente e assim ela faz o que pedi- Fale logo porque estou sem tempo e paciência.
Caro: digo o mesmo.- ela sorri debochada- Queria saber se o Ruggero continua aqui- ela diz me fazendo bufar.
Esteban: nada da minha gangue te diz respeito. Se for isso já pode sair!
Caro: tem certeza Esteban? Acho que a polícia não gostaria de saber que foi a sua gangue que invadiu a minha empresa e sobre esse lugar nojento!- ela afirma olhando em volta.
Esteban: já disse que não posso te ajudar. Não adianta me ameaçar Caro, você não tem provas contra mim.
Caro: aí que você se engana! Achei digitais em um computador no dia do ocorrido e sei que é sua. Se não me falar do Ruggero você sabe muito bem do que sou capaz!- ela afirma me fazendo revirar os olhos.
Esteban: não, ele não está na minha gangue. Ele acabou de vir aqui e disse que quer sair.
Caro: e você o deixou sair tão fácil?
Esteban: eu não o deixei sair em momento algum, afinal agora estou procurando uma forma de me vingar.
Caro: acho que poderia te ajudar- ela sorri maléfica.
Esteban: não, nem vem. Já respondi o que queria saber- falo e ela revira os olhos.
Caro: eu tenho uma ideia para você se livrar do Ruggero.
Esteban: então fal.
Caro: você poderia matá-lo, simples.
Esteban: matá-lo? Ficou louca?
Caro: o que foi? Está com medo?
Esteban: claro que não, mas eu preciso dele na minha gangue. Matá-lo não seria a melhor opção.
Caro: e acha mesmo que ele vai voltar? Pelo o que eu ouvi ele te desafiou- ela diz me deixando pensativo. Talvez seria uma boa ideia.
Esteban: e o que me daria em troca?- pergunto e ela ri irônica.
Caro: nada Esteban. Eu sei que você quer isso tanto como eu.
Esteban: em partes. Não seria necessário matá-lo, mas já que quer tanto vou querer algo em troca.
Caro: fala- ela bufa.
Esteban: primeiro, por que quer matar o Ruggero? Por causa do que aconteceu no passado?
Caro: não importa Esteban!
Esteban: me diga, senão não vou fazer o que deseja- falo e ela revira os olhos.
Caro: eu quero ele longe da minha família e principalmente da minha filha- ela diz e eu sorrio de lado.
Esteban: eu o mato, mas só se sua filha for minha!- afirmo e ela arregala os olhos.
Caro: O QUÊ? VOCÊ FICOU LOUCO?- ela grita se levantando.
Esteban: abaixa o tom para falar comigo caralho. Eu já disse da minha proposta- falo me levantando.
Caro: não, eu não vou deixar minha filha com você.
Esteban: então eu não vou matá-lo.
Caro: ok, tem outras gangues aqui- ela dá de ombros.
Esteban: e por acaso você conhece alguma delas?- pergunto e ela bufam
Caro: por quanto tempo iria querer minha filha?
Esteban: não por muito tempo. Preciso que ela faça alguns serviços para mim.
Caro: me fala logo!
Esteban: um mês- falo a deixando pensativa e ela suspira me olhando.
Caro: se alguma coisa acontecer com ela, se ela voltar com um arranhão sequer você vai se ver comigo!
Esteban: isso é um sim?- ela assente e eu sorrio.
Caro: mas primeiro você mata o Ruggero.
Esteban: pode deixar isso comigo, e depois quero a sua filha. É melhor cumprir com o acordo.
Caro: ok.

Love Barriers [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora