• Capítulo 5

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Rugge on·
Depois de algumas horas as aulas finalmente acabaram. Saio da sala e vou até a saída esperar o Agustín e o Michael. Escuto meu celular tocar e tomara que não seja o Esteban, pois já estou de saco cheio dele. Pego meu celular e vejo que é um número desconhecido. Franzo o cenho e logo após atendo a ligação. Logo pergunto quem é, o cara que me ligou fala que é um médico e que meu pai sofreu um acidente. Puta merda! Como assim? Começo a andar de um lado para o outro enquanto ele falava e começo a pedir mais informações. Ele diz que precisa ir, mas contará tudo no hospital e logo após desliga a ligação. Saio correndo até minha bicicleta e escuto uma voz que me parecia conhecida, mas nem me importei. Ouvi essa voz novamente que parecia me chamar e me virei dando de cara com aquela garota, vulgo Karol. Confesso que fui grosso com ela sim, porque eu não gosto que me ajudem e que nem se intrometam nos meus problemas. Tentei negar várias vezes, mas porra! Essa garota é muito insistente. Acabei aceitando por não aguentar mais ela falando na minha cabeça e ela me deu uma carona até o hospital. Fui o caminho todo quieto pensando em várias hipóteses do que poderá ter acontecido e acontecesse com meu pai. Apesar dele cobrar muito de mim e sempre lembrar do falecimento de minha mãe, ele é sim um bom pai e eu o amo. Assim que a Karol chegou no hospital sai do seu carro e fui desesperado até a recepção. A inútil da recepcionista disse que não tinha nenhuma notícia e a Karol logo chegou me afastando da moça. Quem ela pensa que é? Acha mesmo que manda em mim? Ela se senta em uma cadeira e eu reviro os olhos. Fico um pouco incomodado pela Karol estar aqui, porque ela não tem nada a ver com isso. Fora que o hospital daqui é bem vergonhoso. Espero que ela não ache que é obrigada estar aqui, porque não é. Me aproximo dela e ela logo me olha.

Rugge: se quiser pode ir para casa.
Kah: está me expulsando?- ela pergunta em um tom divertido.
Rugge: não, mas é que você não é obrigada a estar aqui. Na verdade nem era para estar.
Kah: mas eu não me importo de estar aqui. Gosto de ajudar.
Rugge: e de ser intrometida também.- falo e ela me fuzila com o olhar- Só falei a verdade.- dou de ombros- Mas falando sério, se quiser pode ir.
Kah: não quero ir. Eu sei que você vai precisar de mim- ela diz se gabando e eu nego com a cabeça rindo.
Rugge: não, não mesmo- falo e ela me olha irritada.
Kah: por nada viu- ela diz e eu a olho sem entender.
Rugge: por quê?
Kah: idiota! Eu estou te ajudando, aí eu fingi que você me agradeceu e eu falei por nada.
Rugge: não vou te agradecer. Está fazendo isso porque quer!
Kah: você não sabe ser educado não?- ela revira os olhos e eu nego rindo.
Rugge: não ache que eu seja um príncipe encantado, porque eu não sou Karol- ela revira os olhos novamente.

Quebra de tempo·

Rugge on·
Estou nesse exato momento andando de um lado para o outro no hospital. Estou a seis horas esperando notícias do meu pai e não tenho nenhuma. Já falei com a recepcionista várias vezes e ela sempre fala que não tem nenhuma notícia. Karol saiu para comprar algo para comermos, pois nem almoçamos. Já disse várias vezes para ela ir, mas mesmo assim ela insiste em ficar aqui, então não posso fazer mais nada. Estava mexendo no meu celular vendo as quinze ligações perdidas do meu chefe. Ele com certeza deve estar muito puto. Quando eu ia retornar as ligações ouço alguém falando comigo.

Kah: voltei- me viro e vejo Karol.
Rugge: depois de mil anos né- digo e ela revira os olhos.
Kah: a fila estava enorme, então não me enche.
Rugge: e o que você comprou?
Kah: sanduíche natural. Não ia comprar coisas gordurosas.
Rugge: fresca!- afirmo e ela mostra a língua- Quem dá a língua pede beijo- pisco para ela e a mesma revira os olhos.
Kah: para de ser idiota!
Rugge: olha como você fala comigo garota.- falo e ela revira os olhos- Porra, por que não para de revirar os olhos? Que saco!- afirmo irritado.
Kah: porque você me estressa e porque o olho é meu!- ela afirma me deixando mais puto.
Rugge: olha como você fala comigo va...- ela me interrompe.
Kah: vai querer comer ou não?- ela desconversa.
Rugge: primeiro que você não pode me interromper e segundo que eu não quero esse sanduíche sem sal não. Daqui a pouco eu como um hambúrguer- falo e ela dá de ombros.
Kah: bom que sobra mais para mim- ela diz fazendo eu revirar os olhos dessa vez. Karol se afasta e eu logo escuto meu celular tocar. O pego do bolso sem nem mesmo ver quem é e atendo a ligação.

Love Barriers [CONCLUÍDA]Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum