• Capítulo 15

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Kah on·

Sonho on·
Eu estava em um jardim, muito bonito por sinal. Enquanto passava as mãos pelas rosas vermelhas olhava para o céu que estava sem nenhuma nuvem sequer. Sorrio e logo após olho para frente tendo a visão do meu pai. Ele vestia uma roupa branca e sorria para mim enquanto se aproximava. Vou em sua direção e entrelaçamos nossas mãos.

Kah: papai, que saudades!
Ricardo (nome fictício): também estava minha princesa- ele sorri.
Kah: esse lugar é lindo, mas aonde estou?- me viro para olhar o lindo jardim e depois volto a olhá-lo.
Ricardo: ouça o que te digo querida, você tem que acordar- ele fala e eu arqueio minha sobrancelha.
Kah: como assim pai?
Ricardo: você tomou um tiro e precisa acordar. Tem muitas coisas te esperando lá fora.
Kah: tomei um tiro?- pergunto percebendo que aonde estou não é real- Mas eu não consigo acordar- falo sentindo meus olhos marejados.
Ricardo: claro que você consegue Kah. Sua mãe apesar de ser super rude está preocupada procurando por você. E seus amigos estão aflitos para te ver.
Kah: então nada disso é verdade?- pergunto e ele nega- Então o senhor realmente morreu?
Ricardo: sim, minha querida, mas não se preocupe, o que importa é você.
Kah: estou feliz de te rever- sorrio sentindo uma lágrima cair em meu rosto, mas ele a limpa.
Ricardo: fica tranquila, pois eu estou sempre te vendo por perto. Só não se esqueça que precisa ter muito cuidado com quem anda, nem todos são como pensamos. Te amo!- ele afirma e logo solta a minha mão se afastando. O olho sem entender e aos poucos minha visão ficou turva e se escureceu.

Sonho off·

Kah on·
Acordo sentindo os raios de sol em meu rosto e me lembro do sonho que acabei de ter. Abro os olhos lentamente sentindo minha visão um pouco embaçada e olho para os lados vendo que estou em um quarto de hospital. Então meu pai tinha razão no sonho, eu realmente levei um tiro? Pior que eu não me lembro de nada! Não por enquanto. Minha visão aos poucos foi ficando melhor fazendo com que eu visse um homem de jaleco branco entrando no quarto, provavelmente o médico. Ele sorriu para mim e se aproximou.

Médico: que bom que acordou- ele diz e eu sorrio confusa.
Kah: o que eu faço aqui?
Médico: bom, seus amigos me falaram que levou um tiro em uma boate ontem. Está melhor?- ele pergunta e eu assinto. Realmente o sonho remetia ao que eu estava passando. Será que a última frase do meu pai também é verdade?- Que bom. Talvez quarta-feira receberá alta. Enquanto isso não acontece quer ver seus amigos?
Kah: pode ser- sorrio fraco e ele assente. Ele se aproxima da porta e logo sai do quarto. Se passa um tempo e eu vejo a visão de Valu, Lina, Agus, Mike e Ruggero entrando em meu quarto.
Lina: ai, que bom que está bem- ela suspira de alívio enquanto todos se aproximavam da minha maca.
Valu: graças a Deus!
Mike: nos matou de susto mocinha- ele fala me fazendo ri e Agus assente.
Kah: sério gente, é muito bom ver vocês aqui.- sorrio fraco- Só não me lembro muito bem do que aconteceum
Agus: relaxa. Se lembrará com o tempo- ele diz e olho para Ruggero que estava quieto.
Mike: mas como se sente?
Kah: tirando a dor, bem.
Rugge: lógico, você é louca! Não era para ter se colocado na minha frente.- ele diz me fazendo bufar- Eu fiquei... Hm... Nervoso.
Kah: desculpa se tentei te defender- reviro os olhos. Eu não sei o que deu em mim ao fazer aquilo. Eu sou trouxa! Sou boa com quem nem merece.
Rugge: pelo visto já está ótima!- ele afirma me fazendo revirar os olhos e logo após estranhar de algo.
Kah: mas tem algo que não se encaixa.
Lina: o quê?
Kah: por que tinha alguém tentando te matar Ruggero?- pergunto curiosa e ao mesmo tempo confusa.
Valu: verdade. Também não entendi- ela diz e olho para os meninos que pareciam aflitos.
Agus: é-é... Gente, que tal deixarmos eles conversando?- ele pergunta me deixando sem entender e olho para Ruggero que negava com a cabeça.
Lina: por quê?
Valu: nós também queremos saber.
Mike: é que, bom, é melhor deixarmos eles a sós. Qualquer coisa depois voltamos- ele diz tentando convencê-las. Queria que alguém me explicasse o que está acontecendo.
Valu: mas por quê?- ela bufa.
Mike: te explico lá fora.
Valu: tá né- ela revira os olhos.
Agus: vamos?- ele pergunta e todos assentem. Os quatro saem do quarto ficando só eu e o Ruggero.
Kah: o que deu neles?
Rugge: e eu vou lá saber?- ele diz me fazendo revirar os olhos.
Kah: não vai me contar?
Rugge: por que é tão curiosa?
Kah: ué, eu quero saber. Por que tinha alguém tentando te matar?
Rugge: não tinha ninguém Karol. Deve ter sido engano.
Kah: claro, e eu sou a Camila Cabello.- falo e ele revira os olhos- Não vai mesmo me falar?
Rugge: não sou obrigado!
Kah: então tinha mesmo alguém tentando te matar?
Rugge: não, não é isso. Já disse que foi engano.
Kah: e eu não acredito!- afirmo e ele dá de ombros- Não vai mesmo me contar?
Rugge: eu já disse o que aconteceu, você que não quer acreditar. Isso já não é problema meu!- ele afirma me fazendo bufar. Se eu acredito? Bom, não sei. Ele parece convincente- Mas enfim, está melhor né?- ele pergunta e percebo que não está muito interessado em saber.
Kah: e isso te interessa?
Rugge: se estou perguntando- ele diz revirando os olhos.
Kah: sim, só uma dorzinha, mas nada demais.
Rugge: da próxima vez não faça isso.
Kah: espero que não tenha próxima vez né- falo e ele assente.
Rugge: e não vai ter. Só não quero que me defenda por nada.
Kah: tá bom, "valentão". Também nem sei porque fiz isso.
Rugge: é, nem eu. Agora eu já vou indo já que está bem. Você precisa descansar.
Kah: preciso mesmo- rio e ele assente.
Rugge: tchau então- ele diz e eu aceno com a mão. Ele logo sai do quarto e eu suspiro. Como eu disse, não sei se o que ele me falou é verdade, mas é até melhor ter sido por engano do que um tipo de perseguição. Quando ia fechar meus olhos para dormir vejo a porta se abrindo com tudo dando a visão da minha...
Kah: mãe? O que faz aqui?

Rugge on·
Depois que tive aquela ideia e contei para os meninos continuamos conversando sobre isso. É muito perigoso, porém é a única forma que eu vou ter para me defender do Esteban. Vou tentar convencer o meu pai a ir para o interior e levar o meu irmão, o que não vai ser muito difícil. Depois do acidente que ele teve não está mais querendo ficar aqui. Olhei para o lado vendo Mike dormindo em uma cadeira e Valu em outra, e depois olhei para o outro lado vendo Lina no colo de Agus dormindo em seu peitoral enquanto ele dormia sentado. Sorrio fraco e vejo as horas. Seis horas da manhã. Por que estou aqui? Tenho que ter certeza se a Karol está realmente bem. Não que eu esteja preocupado, é pelo fato que se algo acontecer com ela Caro irá me matar! Depois de mais alguns minutos o médico veio me falar que se eu quisesse ver a Karol com meus amigos poderia, pois ela tinha acordado. Assenti sentindo meu coração acelerado e acordei todos. Eles resmungaram, mas depois que contei o porquê de ter os acordado eles logo ficaram animados em ver a Karol. Entramos em seu quarto e eu fiquei calado enquanto eles conversavam com ela. Ela parecia bem, o que me deixou mais aliviado. O problema é que a Caro deve estar preocupada, claro que do jeito arrogante dela, mas lógico que não vou procurá-la. Ela é esperta e vai achar a Karol. Conversei um pouco com Karol até que ela fez uma pergunta que me deixou aflito, mas eu consegui esconder. Enrolei ela falando que foi engano que tentaram me matar e no fundo ela pareceu acreditar. Depois sai do quarto para deixá-la descansar e fui até meus amigos.

Agus: vamos embora ou querem ficar aqui?
Mike: acho que poderíamos ir para casa tomar um banho, trocar de roupa e depois voltarmos, o que acham?
Lina: sim, seria uma ótima ideia.
Valu: e a mãe da Karol? Acho que deveríamos avisá-la.
Rugge: deixa ela se virar- dou de ombros.
Lina: não é assim que funciona Ruggero. A Karol saiu de casa de castigo e a Caro deve estar uma fera atrás dela. Não deve nem imaginar o que houve- ela diz me fazendo rir debochado. Se bobear ela sabe mais do que nós.
Rugge: exatamente. A Karol saiu sabendo que estava de castigo. Não tenho culpa disso- falo e eles reviram os olhos.
Valu: vou ligar para casa dela- ela pega o seu celular da bolsa e vejo a pessoa que eu menos esperava no momento aparecer. Não podia ter me esperado ir embora não? Ela logo me vê e posso ver seu semblante nervoso. Ela se aproxima de nós e todos percebem sua presença.
Valu: Caro, o que faz aqui?
Lina: você ficou sabendo do que houve com a Kah?- ela pergunta curiosa. Agora eu posso ter certeza que ela tem a ver com esse plano do Esteban. Ela quer me matar, é isso mesmo? Ela parecia pensar em uma resposta, mas para mim tanto faz, eu já sei da verdade.
Caro: sim. Um amigo meu da empresa estava lá e a viu- ela diz me fazendo rir e chamar atenção deles. Dou de ombros e eles voltam a olhá-la. Não tinha desculpa melhor não? Acho que ela só não se fez de desentendida porque sabia que iria se enrolar mais ainda com as perguntas.
Mike: ah sim. E como você está?
Caro: estou preocupada, por isso vim pra cá. Mas também ela não tinha nada que ter me desobedecido, estava de castigo.
Agus: é, mas não fica brava com ela, pois ela ainda está se recuperando e nós a incentivamos a ir também- ele diz sincero e Caro assente.
Rugge: vai querer vê-la, Caro?- a provoco e ela me fuzila com o olhar.
Caro: claro, Ruggero.
Lina: bom, então vamos fazer como o combinado né gente? Vamos ir para casa para tomar banho, trocar de roupa e depois voltamos.
Mike: si...- Caro o interrompe.
Caro: não precisa. Queria agradecê-los, mas podem deixar que agora eu fico com ela.
Valu: então podemos voltar amanhã?
Caro: tá, tá bom- ela diz e todos assentem.
Agus: vamos então?- eles assentem e todos vão. Passo por Caro para sair, mas sinto ela me segurar pelo braço.
Rugge: o que foi?- bufo, tiro sua mão do meu braço e a olho.
Caro: eu já disse que quero você longe da minha filha- ela diz rude.
Rugge: eu nem falo com ela direito.
Caro: então por que está aqui? Por que foram na balada juntos?
Rugge: olha aqui, não estava só eu, estavam nossos amigos também. E outra, bem menos, porque você está tentando me matar e eu não estou dando esse show todo.
Caro: te matar? Eu? Está louco menino?- ela pergunta me fazendo ri irônico.
Rugge: Caro, eu não sou bobo. Você pode enganar os meus amigos, mas a mim não. Sei muito bem que não foi alguém da sua empresa que disse sobre a Karol, afinal quando a Karol foi baleada não estava mais ninguém lá além de mim.
Caro: ok, você tem razão e por isso vou falar de novo. Se você não ficar bem longe dela as coisas vão piorar para o seu lado- ela diz irritada e se vira saindo de perto e indo até a recepcionista. A melhor coisa que eu faço é ficar longe dessa família.

Love Barriers [CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now