• Capítulo 25

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• 4:43 AM •

Kah on·
Abro meus olhos lentamente e olho para os lados vendo que estou em uma rua deserta e amarrada em uma cadeira. Olho para frente vendo Esteban se aproximando e me lembro do que aconteceu. Ainda está escuro, então deve ser de madrugada. Esteban se aproxima mais de mim e eu tento encolher meu corpo na cadeira.

Esteban: sabe de uma coisa? Essa roupa está me deixando louco! O Pasquarelli tem sorte de te ter todos os dias- ele me olha de cima a baixo mordendo o lábio inferior e a palavra que me define agora é: nojo!
Kah: você é um nojento!
Esteban: acho melhor tomar cuidado com que fala mocinha- ele se aproxima mais.
Kah: por que me trouxe pra cá?- pergunto olhando para os lados confusa. Não entendo porque ele me trouxe para uma rua deserta.
Esteban: saberá agora.
Kah: eu não te fiz nada! Será que é muito difícil você me soltar e me deixar ir embora?- pergunto impaciente.
Xx: chefe, não temos muito tempo- ouço uma voz vindo de uma van que está próxima de nós e sinto o medo tomar conta de mim.
Esteban: seria um prazer conversar mais um pouco com você, mas preciso concluir aquilo que vim fazer. Diga para o Ruggero que isso é só um aviso- ele diz, se aproxima ficando bem em minha frente e sinto meu coração acelerar. O que ele vai fazer? Me pergunto desesperada. Eu pensava que ele iria me levar para algum galpão, mas pelo visto me enganei. Vejo que ele pega um canivete em seu bolso e logo após rasga o vestido que eu estou usando me fazendo ficar apavorada. Sinto ele cortando minha barriga e minha perna com o canivete e grito de dor. Logo após ele segura meu cabelo fortemente, dá um tapa forte em meu rosto fazendo o canto esquerdo de minha boca sangrar e faz o mesmo com o outro. Sinto as lágrimas molharem minhas bochechas enquanto eu gritava, mas a rua realmente é deserta e a cada grito que eu dava mais um tapa eu ganhava. Eu não sei o porquê disso tudo. O que eu tenho a ver com ele e o Ruggero? Por fim ele chuta a minha barriga me fazendo cair juntamente com a cadeira no chão, sinto minha cabeça bater em algo duro e então apago.

Esteban on·
Vocês não devem estar entendendo nada, então vamos lá. Eu achei uma forma de atingir o Ruggero e tenho certeza que ao ver a Karol toda machucada ficará destruído, esse é o propósito. Eu estou nem aí com esse acordo que fiz com a Caro. Quero mais vingança do Ruggero para ele aprender que não pode fazer o que pensa. Ele é só um moleque. Ele e seus amiguinhos não perdem por esperar porque esse é só o começo. E se ele continuar me desafiando a bomba vem, e com certeza será para todos!

• 10:55 AM •

Kah on·
Sinto minha cabeça absurdamente pesada e meu corpo dolorido. Abro meus olhos, mas logo os fecho ao ver a claridade do sol. Movimento meu corpo e percebo que estou amarrada na cadeira, tanto nos pés quanto nas mãos e então me lembro do que aconteceu. Sinto as lágrimas descerem pela minha bochecha de dor fazendo minha boca arder. Eu não sei o porquê disso tudo estar acontecendo comigo, mas se tem alguma coisa que eu sei é que eu preciso sair daqui. Respiro fundo e tento me arrastar no chão, mas meu corpo está extremamente dolorido. Pego uma força maior que eu nem sabia que eu tinha me arrastando no chão com dificuldade já que estou amarrada na cadeira e por meu corpo estar machucado. Por mais que talvez seja impossível, tomara que algum carro passe por aqui. Paro de me arrastar e fico deitada no chão sentindo as lágrimas molharem minhas bochechas e a claridade do sol em meus olhos. Logo escuto um barulho de carro e suspiro aliviada. Se passam poucos segundos e tudo volta a ficar silencioso. O carro com certeza cortou caminho. Respiro fundo e novamente volto a me arrastar no chão tentando sentir o mínimo de dor possível, mas meu corpo realmente está todo dolorido. Se passa um tempo e quando penso em parar ouço novamente um barulho de carro. Não vai ter jeito, eu vou ter mesmo que ir até lá. Espero que não seja muito longe daqui. Sinto um nó em minha garganta e o meu desejo é permanecer aqui quieta, mas eu sei que se eu não for pra lá as chances de eu morrer aqui serão bem altas. Continuo me arrastando pelo chão sentindo as lágrimas se acumularem em meus olhos, logo após molharem meu rosto e aos poucos o pouco de roupa que eu tinha vai ficando no chão. Intensifico meus movimentos sentindo uma dor maior e engulo o choro para que eu possa chegar até lá mais rápido. Paro no meio da estrada e olho para o céu pedindo a Deus para que alguém passe por aqui. Escuto um barulho de carro alto, porém logo vou o escutando ficar mais fraco e deduzo que foi para outro caminho. Se passa um bom tempo e ouço um barulho de carro se intensificar novamente e depois ficar mais lento me torturando por completo. Logo vejo o carro se aproximar de mim, depois parar e vejo uma mulher sair do mesmo. Espera, é a Valu ou eu estou sonhando?

Love Barriers [CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now