Love Barriers [CONCLUÍDA]

• Capítulo 4

Rugge on·
Acordo com a merda do celular tocando. Ergo meu braço sem abrir os olhos e tento desligar a chamada, mas pelo visto a pessoa é bem insistente. Me sento na cama e bufo. Abro os olhos e pego o celular. Puta que pariu! Tinha que ser o chefe? Suspiro pesado e atendo a ligação. Nem iria atender, mas caso eu não o fizesse poderia complicar as coisas.

Ligação on·📱

Rugge: fala.
Esteban: por que demorou para atender? Já disse que quando eu ligar é para atender rapidamente, Ruggero- ele fala rude e eu reviro os olhos sonolento.
Rugge: estava dormindo.
Esteban: não importa! Já disse que tem que fazer o que eu mando.- ele diz e eu sorrio irônico. Até parece- Bom, o Lionel e o Sebastián foram aí te avisar do que vamos fazer quinta, não é?
Rugge: sim.
Esteban: estava pensando aqui e resolvi adiar para hoje de madrugada. Vamos nos reunir a tarde- ele diz e eu arregalo os olhos.
Rugge: por quê? Já está em cima da hora, não acho que será uma boa ideia.
Esteban: Ruggero, eu gosto muito de você, mas uma das coisas que me irrita é você querendo sempre dar palpites. Eu não te devo satisfações.
Rugge: já que não me deve não sou obrigado a ir. Não posso- rebato e ele ri irônico.
Esteban: Ruggero, o que aconteceu com você? Você não é assim. Era o primeiro que sempre queria se aproveitar das pessoas, roubar e matar.
Rugge: não importa o que aconteceu Esteban- ele bufa.
Esteban: não irei discutir, mas espero que eu tenha deixado bem claro que não tem como você fugir. Te espero hoje as duas e meia no galpão- ele fala e desliga a chamada na minha cara.

Ligação off·📱

Rugge on·
Porra! Pelo visto não vai ter outra opção, eu vou ter que ir. Sou despertado dos meus pensamentos quando vejo meu pai entrando em meu quarto.

Bruno: olha só. Dessa vez nem precisei te acordar- ele debocha e eu bufo me levantando.
Rugge: não me enche!- reviro os olhos, vou até o banheiro, fecho a porta e a tranco. Me apoio com minhas mãos na pia e fico pensando. O que eu tinha na cabeça ao entrar em uma gangue? Na verdade era para se vingar de quem matou a minha mãe, mas eu já o fiz. Não tem motivos para eu estar mais ali. Tomo um banho rapidamente, saio do banheiro com a toalha enrolada em minha cintura e vou procurar uma roupa em meu guarda-roupa. Coloco uma roupa confortável, pego minha mochila a arrumando e depois vou até a cozinha pegar uma banana- Aonde nosso pai está?- pergunto ao Leo ao ver que meu pai não está.
Leo: saiu agora a pouco.
Rugge: ok. Toma cuidado na hora de pegar a van- ele assente e eu dou um beijo em sua testa. Saio com a bicicleta e enquanto como vou até a escola. Assim que chego coloco a bicicleta no paraciclo e me encontro com os idiotas que chamo de amigos.
Agus: Mike não me contou até agora como foi com a loirinha que ele pegou na festa.
Mike: e por que eu falaria?- ele revira os olhos.
Rugge: pelo visto não gostou.- debocho- Tanto tempo tentando ficar com ela para nada- o provoco.
Mike: parem de ser tão idiotas! Claro que eu gostei, só não preciso ficar contando detalhes. Mas já que querem tanto saber vamos até ter uma segunda rodada- Mike morde os lábios e eu e Agus rimos.
Agus: esse é o cara!
Mike: e vocês, pegaram alguém?- ele me pergunta, eu lembro daquela garota e reviro os olhos.
Agus: sim- ele diz sorrindo e uma menina passa por nós. Olho para Agus e o vejo mordendo os lábios.
Rugge: quem é essa?
Agus: tira o olho!
Mike: respondendo, foi a que deu a festa ontem.
Rugge: bonitinha.- falo e Agus me fuzila com o olhar- Credo, só elogiei.
Agus: hm.
Mike: e você Ruggero, não pegou ninguém?- ele pergunta e eu dou de ombros.
Rugge: não importa!
Agus: pelo visto não em- ele debocha me fazendo revirar os olhos.
Rugge: vocês me conhecem. Eu pego quem eu quiser e na hora que eu quiser.
Mike: ok pegador- eles riem e eu bufo.
O sinal logo bate me fazendo bufar e me despeço de Agustín e Michael. Eu gostaria muito de estar na mesma sala do que eles, para pelo menos zoar dos alunos e até mesmo dos professores, mas meu pai acabou descobrindo que eles são meus amigos e pediu para a direção não nos colocar na mesma sala, por conta que também tive três suspensões e mais de quinze ocorrências no ano passado em minha outra escola. Algumas por estar beijando, ou melhor, comendo aquelas vadiazinhas no corredor, outras por responder algum professor ou por estar brigando com alguém. Chego dentro da sala e me sento no mesmo lugar de ontem. Olho para o lado e vejo que a garota não está. Aff, não vou poder nem zoar com ela. Bufo e fico brincando com meu lápis enquanto a professora explicava a matéria que eu não estou nem um pouco interessado em saber. Sei que é meu último ano na escola e preciso me dedicar, mas a preguiça é maior. Sou despertado dos meus pensamentos com a professora pronunciando meu nome.