Love Barriers [CONCLUÍDA]

• Capítulo 45

Rugge: está com calor também?- posso ver que ela se assusta ao ouvir minha voz e se vira rapidamente para mim. Me olha, mas me ignora- Qual é Karol? Não vai me responder?- ela fica quieta e coloca seu copo dentro da pia e logo passa por mim, mas a puxo pelo braço e ela me olha.
Kah: dá para me soltar?- pergunta fria e a solto.
Rugge: olha só, resolveu falar?- pergunto brincalhão e ela me encara séria. Já entendi que agora não é o momento das minhas brincadeiras- Eu só quero conversar, mas você fica me dando gelo.
Kah: eu tenho os meus motivos e você sabe muito bem disso.
Rugge: eu sei, só quero que me ouça pelo o menos por alguns minutos.
Kah: ok, você tem dois minutos.
Rugge: O QUÊ? Só dois?- a olho incrédulo.
Kah: seu tempo está acabando. Fala logo!- ela afirma olhando para o relógio da cozinha e eu bufo.
Rugge: olha, sei que errei novamente com você, mas só preciso de outra oportunidade. Sei que você já me deu várias, mas por favor, só te peço mais uma. Está sendo muito difícil para mim essa mudança toda.
Kah: eu sei que está, mas você não facilita as coisas também. Parece que você nem tenta!
Rugge: ei, claro que tento. Eu mudei bastante e você sabe disso. Faz muito tempo que não fico com ninguém e estou sendo menos grosso. Antigamente nem assim conversávamos.
Kah: sim, eu sei, mas eu não admito falta de respeito Ruggero. Eu tenho amor próprio e não vou deixar você me machucar a cada palavra que diz. Não sei se sabe, mas as suas palavras me magoam, me ferem.
Rugge: eu sei, me desculpa. Prometo que isso não vai acontecer novamente!
Kah: olha, eu não se...- ela própria se interrompe colocando a mão na boca, franzo o cenho e a vejo passar por mim correndo. Meu Deus! O que houve? Corro atrás dela rapidamente e vejo que ela entrou no banheiro. Vejo ela agachada em frente a privada vomitando e franzo o cenho, mas guardo minhas perguntas para mim e resolvo ajudá-la prendendo seu cabelo em um rabo de cavalo com minhas mãos. Ela fica alguns minutos agachada e logo se levanta. Solto seus cabelos, ela escova seus dentes e molha seu rosto- Obrigada e desculpa por ter feito você me ver nesse estado.
Rugge: você sabe que não me importo! Mas o que houve?- pergunto preocupado.
Kah: não sei. Não me alimentei direito hoje, deve ser por isso.
Rugge: mas me lembro que outro dia você vomitou também.
Kah: sim, mas não deve ser nada demais Ruggero- ela revira os olhos.
Rugge: não acha melhor ir para o hospital?
Kah: não, estou bem melhor agora. Não precisa!
Rugge: ok, mas caso você piore me fale, pois vamos ao hospital sim!- afirmo e ela revira os olhos.
Kah: tá bom, agora só preciso descansar. Boa noite! Amanhã a gente conversa- ela diz se virando, mas eu me posiciono a sua frente.
Rugge: é... Posso d-dormir com v-você?- pergunto sem jeito. Não estou acostumado com essas coisas, mas a cada dia que passa sinto uma vontade enorme de ficar mais próximo dela.
Kah: ah...- ela suspira.
Rugge: não vou fazer nada! Só quero ficar um pouco mais com você- vejo sua expressão de surpresa. Na verdade até eu estou.
Kah: ok, vem- ela sorri fraco, passa por mim indo até o seu quarto e sorrio aliviado.

Dia seguinte·🌞

Kah on·
Me espreguiço, abro meus olhos acordando e lentamente me lembrando do dia de ontem. Depois da minha briga com o Ruggero fui para sala onde fica o ringue e aproveitei para socar o saco de boxe e descontar toda a minha raiva. As meninas vieram conversar comigo e me fizeram algumas perguntas, mas preferi não mencionar que o Ruggero se declarou para mim. Ele já surtou uma vez e não quero mais problemas, por mais que eu não entenda o motivo que ficou tão agressivo. Eu passei o resto do dia todo evitando ele, mas acabamos tendo que nos falar de madrugada. Até passei mal e está me dando alguns enjoos já tem um tempo, mas acredito que não seja nada demais, só preciso me alimentar melhor. Fiquei feliz quando ele se ofereceu para dormir comigo sem nenhum sentido malicioso, o que é raro. Me lembro do Agus e Mike me falando várias vezes que o Ruggero não é de dormir com mulheres e por mais que seja bobo fico feliz por ele não ser assim comigo. Percebo que ele não está mais ao meu lado e franzo o cenho. Será que ele precisou sair? Respiro fundo e resolvo tomar um banho, faço minhas higiene e coloco uma roupa confortável. Assim que volto para o quarto vejo Ruggero sentado na minha cama e ao seu lado uma bandeja com comidas de café da manhã.