Capítulo 12

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Acordo com meu corpo doendo um pouco, sinto ainda o peso dos braços de Peter na minha cintura

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Acordo com meu corpo doendo um pouco, sinto ainda o peso dos braços de Peter na minha cintura. Peter, é estranho eu chamar ele pelo nome normal. Bagulho estranho. Tiro o braços dele com cuidado para não acordar, quando eu consigo tirar e iria me levantar ele me puxa.

-Vai onde?- ele pergunta com a voz grossa no pé do meu ouvido, me arrepiei toda, não deveria.

-Não te interessa- falo e tento sair, mas ele é mil vezes mais forte

-Então fica na sua quieta e volta a dormir, deve ser umas oito da manhã ainda, e hoje é domingo.- ele me puxa mais pra ele e coloca o queixo na minha cabeça.

-Deixa eu sair cara, tá carente?- pergunto tentando me soltar.

-Tô, algum problema?- sorrio

-Vários, vai, deixa eu ir no banheiro.- falo tentando tirar os braços dele

-Fica quieta minha princesa e volta a dormir- ele fala ainda grogue por conta do sono, paro de tentando sair e foco no minha princesa, sinto um sentimento bom e borboletas na barriga. Que inferno.

-Eu só quero fazer xixi- falo baixo

-Vai e volta por favor- ele me solta e respiro aliviada, me levanto e vou até o banheiro e faço minhas necessidades. Volto pro quarto e vejo ele sentado na cama.

-Não voltou a dormir?- pergunto e me sentando no seu lado.

-Perdi o sono- ele me olha, mentiroso, seu olho tá vermelho que nem brasa, ou é maconha ou sono.

-Tá com os olhos vermelhos, c fumou?- ele nega com a cabeça

-Ainda não

-Nem vai, são- pego o celular pra olhar as horas- oito horas, você nem comeu nada ainda pra fumar, e ainda está de manhã, deixa de putaria

-Deixa de neurose Alya- não gostei, prefiro minha princesa. Me assusto com meus próprios pensamentos, você não prefere nada Alya, deixa de fogo no rabo.

-Tá, to com fome- falo me levantando- bora comer

-Bora né- ele levanta e tá só de bermuda, com as tatuagens amostra. Começo a prestar atenção nas tatuagens, bonitas- gosta do que vê?- levanto meu olhar pra ele

-Tô olhando suas tatuagens seu tarado

-Sei- ele sai rindo e eu reviro os olhos.

Descemos as escadas com ele implicando comigo, chego na cozinha e encontro dois homens sentados comendo.

-Eh, bom dia?- falo e eles me olham

-Bom dia- respondem juntos com as vezes grossas, meu Jesus, que vozes.

-Pensei que vocês iria ficar dormindo pelo resto do dia- o mais forte fala, ele tem cara de ser muito sério.

-Pretendia, mas ela me acordou- Peter fala se sentando- Esses são Piaba- aponta para o cara fortão- e esse Baiano- aponta pro outro que também é bem forte, mas não tanto quando o Piaba.

-Alya, muito prazer

-Satisfação mina, e a gente sabe quem é tu. Fica de boa.- o Baiano fala e bebe algo que acho ser café.

-Cs vai embora quando?

-Tá expulsando a gente ja, tão cedo assim?

-Sim- Peter fala com o Baiano- Vão que horas?

-Quando eu quiser- Piaba fala grosso

-Tá achando que aqui é casa da mãe Joana filho da puta?- me sento vendo o desenrolar da briga.


Estava jogada na cama do Peter, ele foi comprar alguma coisa pra mim comer, estava morrendo de fome e fiz ele comprar, Baiano e Piaba já tinham ido embora e só estava nós dois na casa. Suspiro olhando para o teto.

Eu agradeço tanto por ele ter me salvado de novo, percebo que só trago trabalho pra ele, é a segunda vez que ele me salva, eu sou muito grata por ter ele na minha vida. Não temos muito tempo de amizade mas poxa, ele cuida de mim tão bem.

Amizade, esse pensamento fez eu ficar incomodada. Eu não posso gosta dele, só porque ele me trata bem, cuida de mim, ele é meu melhor amigo, esse coração tá confundindo as coisas.

-Amigo, apenas isso- falo pra mim mesma e suspiro.

-Tá falando sozinha?- pulo de susto ao ouvir a voz grossa, olha para a porta e vejo Peter encostado na porta me olhando

-Porra, que sustos- coloco a mão no peito e ele me olha sorrindo, na sua mão tem três sacolas

-Tá devendo?- ele fala com um ar de riso, ele tira a sandália e a camisa e senta na cama.

-Não né idiota- empurro ele de leve- só tava distraída e não vi você ali- fali e ele fez um "Ah" com a boca.- então trouxe o que pra mim

-Tem pastel, uma coca e açaí- me alegrei- tá toda felizinha parecendo uma criança- ele sorrir

-Eu não sou criança, deixa de putaria- sentei cruzando minhas pernas que nem índio e ele me deu o pastel- eu quero o açaí primeiro

-Come o pastel e a gente come o açaí mais tarde, deixa de ser gulosa- faço bico cruzando os braços- nem vem minha princesa, como seu pastel aí na paz e eu te dou o açaí depois ok- minha princesa, me derreti toda, que ódio.

Pego o pastel da mão dele e a coca e me encosto na parede, pego o controle e ligo a televisão.

-Vai colocar o que pra nós?- ele pergunta, se levantando.

-Tava pensando em Bob esponja- falei sorrindo

-Filme de criança, coloca algo que preste

-Vamos assistir Bob esponja, agora senta e fica quieto- ele revira os olhos e eu dou play no desenho.

A gente termina o lanche e ele levanta pra joga tudo no lixo. Quando volta pega minhas pernas e abre, fico paralisada sem entender nada, ele sobre até meu rosto e me dá um beijo na testa. Logo vira e deita no meu peito.

Solto o ar que eu nem sabia que tava segurando, caralho, que susto da porra. Sinto o corpo dele tremer por conta na risada. Ele estava rindo por conta do desenho, sorrir com a cena, mas não falei nada.

Continuamos assistindo, até eu sentir o corpo dele pesar, ele deveria ter dormido, suspiro e concerto ele na cama pra ele fica mais confortável, pego o travesseiro e coloco na minha cabeça e desligo a televisão e durmo junto com ele, deitado no meu peito.

Eu não esperava, mas ele deitado ali, a sensação de paz me invadiu, e eu dormir tranquilamente.

Minha Bela Perdição- Livro 1 da Série: ErradosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora