Capítulo 18

2K 98 6
                                    

Porra, essa é a única frase que define tudo o que acabou de acontecer

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Porra, essa é a única frase que define tudo o que acabou de acontecer. Que beijo, que momento, que pegada, meu Deus.

Olho nos olhos dele, aqueles olhos azuis que no momento estão escuros, que inferno, porque ele meche tanto comigo. Esses olhos, aquela boca, e que boca abençoada.

-Caralho- ele fala depois de ficarmos alguns minutos em silêncio. Sorrio meio sem graça e tento descer da bancada pra me afastar dele- não- ele fala quando percebe o que eu tento fazer- não vou deixar você fugir nunca mais Alya.- ele se aproximou de mim de novo, pegou na minha cintura me deixando fraquinha, meu ponto fraco poxa.

Antes de eu falar escuto meus irmãos se aproximarem, empurro ele com a maior força que eu tenho, foi só o tempo dele se afastar e eles entraram na cozinha.

-Boa tarde- Matheus falou com a voz grossa e cara fechada. Peter olhou pra ele e depois pro Cauã.

-Boa- ele responde com a voz mais grossa ainda, Peter é mais alto que eles, mais forte também.

-Então você é o tal Morte?- Cauã falou

-E vocês são?- ele pergunta e cruza os braços, senti a tensão no ar, nada bom

-Irmãos da Alya- ele murmura um hum, antes mesmo deles continuarem esse diálogo estranho minha mãe entra.

-Aí está vocês, venham logo, os meninos já estão aqui dentro esperando vocês.- ela fala e eu arqueio a sobrancelha.

-Meninos?- ele pergunta confuso- os seguranças?- Peter  arqueia uma das sobrancelhas, desço da bancada ficando do lado dele.

-Sim, eles merecem um descanso também, aliás, não deixaria eles do lado de fora- ele nega com a cabeça sorrindo.- Tudo bem pra você?- ela pergunta, mas mesmo que não esteja eu sei que ela não liga.

-Se estiver tudo pra senhora- ele da de ombros e coloca a mão em volta dos meus ombros.

-Que ótimo, agora vamos- ela da as costas e sai e eles logo vão atrás ficando só eu e o Peter novamente.

-Vamos- ele tentou me puxar mais eu parei- qual foi?

-Tenho que temperar a carne, vai indo- falei e tirei o seu braço do meu ombro.

-Iii qual foi?- ele me olhou com a cara fechada

-Nada ué- sorrir e ele veio pra cima de mim, vou me afastando pra trás, até ficar encurralada entre ele e a bancada.

-Nada mesmo?- ele se abaixa ficando na altura do meus olhos.

-Nada- seus olhos descem para a minha boca, desço meu olhar e vejo ele morder o lábio, molho os meus- não faz isso- sua mão volta pra minha cintura aproximando nossos rostos.

-Isso o que?- quase em um sussurro eu pergunto.

-Isso- ele está olhando pra minha boca onde eu mordi sem perceber. Ele me beija de novo e a sensação é tão boa, que droga. Mordo seu lábio e paro o beijo

-Tenho que terminar as coisas- falo e ele nega com um sorriso, me dá um selinho demorado e se afasta, ainda com a mão na minha cintura.

-Não ache que assim vai conseguir fugir de mim princesa, por que não vai- ele me dá outro selinho só que dessa vez rápido e se afasta saindo da cozinha.

Céus, esse homem é a minha perdição, suspiro ainda meio mole e começo a fazer as coisas pra mim adiantar. Coloco as carnes temperadas dentro de umas vasilhas e vou pro lado de fora. O sol tá quente pra caralho, Rio de Janeiro né pra fraco não, tá maluco. Deixo a carne na mesa do lado do meu pai e sorrio pra ele.

-O que foi coroa- pergunto quando ele me olha com os olhos semicerrados

-Nada não, to só olhando você, posso mais não?- ele fala e eu sorri- gostei do cara, ele é gente boa, esses seguranças dele também.

-São resenha pura, eu sei- falo e vejo eles conversando com minha mãe e rindo

-Já falou com ele o que sente?- ele pergunta e volta a virar a carne

-Do que o senhor está falando?- pergunto fazendo a Cátia.

-Fala sério filha, você acha que eu não vi a forma que esse marmanjo olha pra você, tirando que eu vi vocês dois na cozinha- ele fala e eu fico vermelha na hora, que vergonha- ouvi também a promessa que ele fez a você, e não acho que seja da boca pra fora- ele diz me olhando e eu suspiro.

-É complicado pai- me encosto na parede olhando pro chão.

-Complicado ou você que complica?- olho pra ele e sorrio.

-Falou que nem a mamãe

-Convivência- ele sorrir e olha pra sua mulher.

Admiro muito o relacionamento deles, é realmente lindo, ele trata ela como se fosse uma rainha, ele sacrificou tudo por ela. Saiu da Espanha e veio pro Brasil só pra casar com ela. Gosto muito da história deles, é até emocionante.

-O senhor que ajuda aí?- levanto a cabeça e vejo Peter com a cerveja na mão.

-Que nada rapaz, tô velho mas né pra tanto- meu pai fala e eu rir- senhor tá no céu- Peter rir e eu nego.- Vaza pirralha- ele fala comigo e dou língua pra ele que me olha feio mas com um sorriso no rosto.- Deja de ser temerosa y habla pronto mi hija, no dejes nada para más tarde.

Saio dali junto com o Peter que logo trata de colocar o braço no meu ombro.

-Seu pai fala outra língua?

-Sim, ele veio da Espanha.- mato sua curiosidade e vejo ele sorrir

-Então você sabe falar espanhol?- ele pergunta cheio de ousadia na voz, mandado. Riu e reviro os olhos negando com a cabeça e faço uma careta logo depois, uma leve pontada no pé da minha barriga, merda, minha menstruação quer vim- Que foi minha princesa, essa cara aí- ele pergunta e eu nego.

-Nada não- sorrio pra ele que beija a minha testa, isso tá se tornando um costume dele, e eu que nem besta sou, não vou reclamar né. Sentamos junto com o pessoal e ele fez questão de me puxar pra sentar em uma das suas pernas.

-Qual o assunto- ele pergunta e vejo minha mãe me olhar com a sobrancelha arqueada é um sorriso no rosto, dou e ombros e sorrio, ela nega com a cabeça e volta a conversar com BH.

Parece que o calor piora a cada momento, tá maluco. Os muleke já tão na água a mo tempão, até meus pais tão lá dentro, e eu tô tomando meu sol pra depois me jogar.

-Qual foi nega, vai torrar aí a vida toda?- Peter pergunta se aproximando, tomo molhado.

-Jaja eu entro, escurecer um pouco mais, e tu branquelo, já passou protetor?

-Que mane protetor- ele senta na espreguiçadeira do meu lado.

-Vai ficar rosa, vem logo aqui- me levanto pegando o protetor solar. Ele que nem besta é já vem logo sentando no meio das minhas pernas.

Passo protetor nas suas costas observando melhor as suas tatuagens. Mando ele virar pra frente e passo no seu rosto e logo desço pra aquele abdômen gostoso que ele tem, na humildade, sacanagem fazer isso. O homem parece um Deus grego.

-Se continuar me olhando assim nós vai entrar e só sai amanhã- ele falou e eu logo cai na real, sequei ele legal.

-Para de falar merda- dou um leve tapa no seu braço e ele rir. Passo o protetor nele, barriga, peitoral, braços. E ele está pronto.- Pronto branquelo- sorrio e ele me dá um selinho na cara dura mesmo, olho pra ele com os olhos arregalados que rir e sai indo se jogar na piscina de novo.

Minha Bela Perdição- Livro 1 da Série: MorrosWhere stories live. Discover now