Dois meses e muitas coisas aconteceram, um breve resumo?
Bora lá, eu e o Morte ficamos mas próximos, talvez ele acabou se tornando meu melhor amigo? Talvez.
Depois do perrengue com os meninos que trabalham pra ele, acabei vendo cartas de novo e a gente começou a conversar mais, e ficamos uma, duas, três vezes, e estamos ficando. Só ficando, não deixou ele ultrapassar nenhum limite meu.
Estou jogada na cama, hoje é sábado meus pais viajaram e eu tô com zero coisas pra fazer. Ouço uma notificação chegar no meu celular e o pego pra ver.
Como ainda são duas horas, da tempo de minha pessoa tirar um ronco e depois ir me arrumar. Coloco o despertador no meu celular e me jogo na cama, logo a escuridão me pega e eu apago.
Acordo em um pulo com o barulho do despertador, porra. Desligo ele e vou ver com qual roupa eu vou. Tava pensando em ir simples, mas não quero. Jogo duas opções na cama, uma que eu poderia usar com tênis e simples, e a outra com o salto e bem exagerada. Vou para o banheiro, hoje é dia de banho premium. Lavo o cabelo, me depilo, esfolio meu corpitcho, gostosa e cheirosa, coloco minha calcinha e saio do banheiro com a toalha na cabeça.
Passo o creme corporal, e vou para a penteadeira, eu até iria finalizar o cabelo, só que tô com preguiça. Pego o secador e seco o cabelo todo, quando ele tá mais seco que molhado eu começo a partir ele em várias parte e faço tranças embutidas.
Coloco a toca e passo a base por cima, espero secar, já seca, pego a lece ruiva que eu tenho, e deixo em cima da penteadeira, passo a cola, coloco a lace e a faixa pra grudar. Começo a fazer a minha maquiagem. Optei por uma maquiagem mas escura, e marcada. Eu tô gostosa.
Tiro a faixa e arrumo o cabelo, fazendo as ondas na ponta. Vou até as duas roupas e fico analisando. Antes de chegar em uma conclusão meu celular toca, pego ele e atendo.
-Tô aqui em baixo já, tá pronta?- Morte pergunta e eu continuo olhando para as roupas
-Só falta a roupa que eu não sei o que vestir, to em dúvida de duas.
-Tá, tô subindo aí pra te ajudar.
-Ok
Ele desliga e eu vou pegar um short e um cropped, quase esqueci que tô só de calcinha, não escuto a batida na porta, mas vejo ele entrando.
-Iii carai, tá ruiva agora?
-Gostou, tô bonita né
-Feia que só a porra- ele cruza os braços e se joga na cama- cadê meus cachos
-Tá aqui em baixo, tô de lace
-É aquela peruca lá que as mina usa?
-Sim- nem tento explicar- mas então, qual das duas?
-A maconha- tiro os olhos da roupa e olho pra ele- gosto de te ver usando coisas que ninguém usaria em um local determinado- ele fala e fica fazendo alguma coisa no relógio.
-É o que?
-A verde porra- grosso do caralho
-Porque você falou maconha?
-Quando você se veste de verde fica que nem maconha-ele rir da própria fala e eu reviro os olhos.
-A maconha tá corroendo seus neurônios isso sim- pego a roupa e vou pro banheiro
-Seu rabo- ele diz e eu fecho a porta
-Zé buceta- falo alto dentro do banheiro pra ele ouvir
Saio do banheiro já vestida, pensei em colocar o colar, mas desisti.
-Vai colocar que salto?- ele fala já em pé olhando pros meus saltos.
-Esse aqui- aponto pra um que ta perto da cama, me sento e pego para o calçar
-Vai, me dá esse mostro que tu chama de pé- dou dedo pra ele, ele se abaixa e coloca meus dois saltos, me levanto e fico na altura do seu nariz.- Da uma voltinha- faço o que ele mandou- da pro gasto- fecho na hora o sorriso que tá no meu rosto
-Tem como parar de me humilhar?
-Não, bora- ele fala, pego a bolsa e desço, tranco a casa e saio.
Ele abre a porta pra mim e faz todo o ritual que ele sempre faz.
-Acho tão bunitinho isso que c faz- falo quando ele entra ligando o carro.
-O que porra?
-Tu abre a porta, coloca o sinto e fecha a porta pra mim. Cavalheiro
-Seu rabo- ele fala e acelera.
✿
Chegamos no Baile, o barulho dava pra ouvir de longe, misericórdia. Ele me tira do carro e sai indo em direção ao barulho, sigo logo atrás. O pessoal vai abrindo passagem pra ele na maior tranquilidade, parece que é os policiais no carnaval de Salvador. Chegamos perto de uma escadinha meio capenga.
-Me ajuda a subir, vou cair nessa escada
-Serve pra nada tu em- ele fala já no meio da escada- Vou ajudar ninguém não, te vira- começa a subir
-Morte, por favor- ele finge que não me escuta e sai.
Subo o último degrau e chego no tal camarote.
-Obrigado- sorrio e ele me dá dedo
-Na próxima deixo morrer seca, desgraça- ele fala e vai se senta perto do visão.
-Que isso em, isso tudo é pra mim?- ele pergunta quando eu me aproximo.
-Nem nos seus melhores sonhos amore- falo
-Que isso minha linda, precisa humilhar?- dou de ombros- Tá andando muito com esse pedaço de cavalo
Quando eu iria responder sinto alguém me abraçar por trás, só pelas tatuagens da mão eu sei quem é.
-Oi-falo me virando de frente pra ele.
-Iai gata, tá toda gostosona- ele me da um selinho- mas não tá de mais pra um Baile não?
-Gosto de viver bem arrumada- falo dando de ombros
-Na próxima vem mas de boa- arqueio a sobrancelha, ele me da outro selinho e me puxa antes mesmo de me deixar responder.
-Pra onde você tá me levando?
-Vamos ficar aqui em baixo, dança um pouco, fica juntinhos e depois nós vaza
-vaza? Como assim Cartas- pergunto e ele me puxa colando nossos corpos.
-Não pensa muito minha gata- ele me beija e eu acabo esquecendo o que iria fazer.
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Minha Bela Perdição- Livro 1 da Série: Errados
RomancePeter e Alya são pessoas diferentes, com fortes ideais. Peter é dono do Alemão, seu morro é o seu amor, gosta de farra e beber. Comanda o morro com amor e não liga pra nada. Até que se ver gamado na morena dos cabelos enrolados. Alya é uma estudante...