Peter e Alya são pessoas diferentes, com fortes ideais.
Peter é dono do Alemão, seu morro é o seu amor, gosta de farra e beber. Comanda o morro com amor e não liga pra nada. Até que se ver gamado na morena dos cabelos enrolados.
Alya é uma estudante...
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A aula já tinha terminado, estávamos esperando da o horário para podermos ir para as aulas extras. As meninas estavam falando sobre alguma festa ou algo do tipo.
-Então Aly, vamos?- olho para ela
-Pra onde?
-Você escutou alguma coisa que eu disse?- ela cruza os braços
-Eu escutei algumas partes, mas quando vocês começaram a falar de festa eu parei de ouvir- bebo meu suco e olho para Ana que revira os olhos
-Essa daí tem pavor de festa, já chamei ela pra várias, e ela não vai comigo pra nenhuma- ela faz um biquinho fofo e eu riu dando um beijo na bochecha dela
-Não é pavor, só não faz muito meu estilo sabe, não curto muito
-Mas nessa você vai- Ana fala e eu arqueio a sobrancelha
-E porque eu vou
-Por que eu tô dizendo oras- riu e nego com a cabeça- vai, vai ser legal, meu irmão vai da uma festa no morro e eu não gosto de ficar lá sozinha.
-Não sei não, ainda mais por ser em um morro, não sei se meus pais deixariam.
Descobrimos que o irmão da Ana é dono do Alemão, fiquei bestificada, nunca que eu iria imaginar um babado desse.
-Podemos dizer que você vai pra casa da Carina- ela fala e carina concorda alegre, fecho minha cara na hora
-Eu não minto para os meus pais, e você sabe disso Carina- nunca mentiria para os meus pais, eu tenho a confiança deles, e quebrar ela seria burrice, ainda mais por algo assim, tão banal.
-Uma vez não mata ninguém- ela fala como se não fosse nada
-Eu já disse que não, se quiserem ir vão as duas, mas eu não vou mentir para os meus pais para quebrar a confiança deles.
-Mas você já mentiu várias vezes-ela tenta contra argumentar
-Mentir para não acontecer deles brigarem, não ter processos ou quebra de cabeça, mentir para a minha proteção e a proteção deles, eu mentir por que eu não tive escolha, não tente comparar as coisas Carina, você como minha melhor amiga deveria saber disso.- ela revira os olhos
-Não foi nada de mas, nem é considerado...-não escuto ela terminar de falar, já irritada pego minhas coisas e me levanto para sair- onde você vai?
-Esfriar a cabeça- saio dando as costas para elas.
Ela achar que aquilo não foi nada de mais foi o estopim, foi o pior dia da minha vida, e ela ainda trata ele como nada, ela sabe como aquilo foi horrível, ela viu como eu fiquei, mas claro que para ela foi nada, não foi com ela que aconteceu.
Subo as escadas do terraço da escola e me encosto na parede, aquele dia volta com tudo na minha mente, me forço a parar de pensar quando eu escuto o sinal bater.
Saio do terraço indo para o banheiro em trocar e encontro Carina me esperando no final da escada, passo por ela direto. Pode parecer criancice da minha parte, mas aquilo realmente me magoou, ela deveria saber que isso ainda é um assunto muito delicado pra mim. Ela para na minha frente.
-Amiga, desculpa, eu não queria falar aquilo, eu errei, desculpa- olho para ela
- Você queria sim Carina, porquê se não quisesse não teria dito. Porra, você sabe como aquela merda me machuca sempre, como ainda meche comigo.
-Eu sei, desculpa, não foi a intenção, me desculpa mesmo, eu não deveria ter dito aquilo, eu só queria que você se divertisse um pouco, você só fica em casa, mas eu tentei do jeito errado desculpa- olho para ela, mas não sei o que sentir sobre isso.
-A gente se ver depois- saio deixando ela parada no meio do corredor.
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Chego em casa esgotada, não falei com as meninas na hora de vim embora, eu precisava pensar, eu precisava ficar sozinha, algo realmente tinha me machucado eu não poderia fechar meus olhos e fingir que nada aconteceu assim, simplesmente.
Pego meus materiais e começo a fazer minhas atividades. No meio de uma atividade e Biologia alguém bate na porta, deve ser minha mãe.
-Pode entrar- falo ainda fazendo a atividade
-Oi- olho para porta e vejo Carina, parada
-Oi- falo e volto a minha atenção ao caderno.
-Eu vim pra conversar, podemos?- olho para ela e suspiro
-Senta aí- tiro as coisas de cima da cama deixando no canto e ela logo senta- pode falar.
-Eu vim me desculpar de novo por hoje mais cedo- eu suspiro- eu sei que errei, e eu não gosto de ficar brigada com você Aly, desculpa, me perdoa?
-Olha, você sabe que isso me magoou de verdade né, poxa, eu achei que você era a minha amiga.
-Mas eu sou, eu só usei a arma errada para tentar te convencer a ir na festa, me desculpa Aly, não deveria ter falado aquilo.- olho para ela e suspiro, eu não consigo ficar brigada com ela
-Ok- ela sorri e se joga em cima de mim- tá bom, agora sai de cima- ela rir saindo
-O que tu tá fazendo
-Tava estudando antes da senhorita chegar- falo e ela revira os olhos
-Que chato, vamos fazer algo melhor, que tal assistir alguma coisa, podemos chamar a Ana para vim aqui
-Não é uma má ideia, manda mensagem pra ela, enquanto eu arrumo isso- ela concorda pegando o celular e eu começo a arrumar minha cama e os livros e cadernos.
Ana logo chegou e começamos a fazer a noite das garotas, fizemos as unhas, skin care, assistimos alguns filmes e agora estávamos fofocando.
-Aly, você não quer mesmo ir para a festa, prometo que vai ser boa- olho pra ela, que me olha esperançosa
-Não sei ainda
-Pensa um pouco, vamos sair para nos divertir, podemos dormir lá em casa depois ou sei lá, podemos fazer algo no sábado e sair juntas- ela fala e Carina concorda
-Ok- elas sorriem fazendo uma dancinha estranha- mas eu tenho que conversar com meus pais primeiro, se eles deixarem eu vou, se não nem pensar, e nada de insistir.
-Ok senhora- elas falam e eu jogo as almofadas nelas.
