Half a Soul

By vixxoluxion

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[Para Larissa e Amanda] Half a Soul - 半分の魂 A vida de Kakashi sempre fora constituída por reviravoltas e sur... More

Do começo, é claro
Puxa...
Primeiras Experiências
Naruto
Monótona
Meu amigo
Hinata
Chūnin?!
[FILLER] Esquentadinho
É sobre a Aimi
No hospital
Ele era o melhor
Segunda fase
Segunda fase concluída
Medo
Azul
Metade
Borboleta azul
Correto
Obrigada, senpai
Prima
Amigo
Diferentes
Relâmpago Amarelo
Pesadelo
[FILLER] Ossos
Ninguém merece
O que eu sinto
Incrível
Casa
"Velhota"
Um rapaz
Jogo
Tudo bem
Vivos
Meu
[FILLER] "Haneji"?!
Decisão
Realmente
Adeus
Dor
A flor e o relâmpago
Famílias
Assim como você
Livre
Motivo
Sobre o quê?
Começou
Rin
Direção
Tudo (parte 1)
Tudo (parte 2)
O último
Do que somos feitos
Heroína
Emparelhamento perfeito
Escolha
Perfeito
Origem
Permanecer
Coisa certa
Feliz
Obrigado(a)
Crianças
Kaya e Harumi
E agora?
Agora
Pronto!
Fique
[FILLER] Flores
Presente
Simples
Sonho
Conselhos
Cor-de-rosa
Filha amada
Silver
Na verdade
O fim de um início - FINAL

Melhor parte

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By vixxoluxion

Hanae POV

Que dia péssimo aquele estava sendo. Eu lembro que só a tinha há duas semanas e meus pais acabavam de tirar minha katana de mim. Ok – é claro que eu havia quebrado três vasos e quase entalhado uma cerejeira, mas até hoje não acho que seja motivo para ter me deixado de castigo e tirado meu presente de aniversário de nove anos.

Uma katana para uma menina de nove anos? Talvez pareça loucura, mas no meu clã eles nos incentivavam a encontrar cedo aquela arma que seria nossa parceira de combate. Não que eu não tivesse habilidades com shuriken e kunai, mas o Clã Inoue sempre foi adepto a sair do básico, quando o assunto era treinamento.

Meu clã. O meu clã era original de Konoha, mas eu e minha família, da linhagem principal, vivíamos numa pequena aldeia afastada, de onde éramos os lideres, por assim dizer. O Clã Inoue, meu clã, é um clã cujo Kekkei Genkai é totalmente envolvido com o elemento da água, e era conhecido que todos os shinobi e não shinobi de minha família nasciam com o chakra de água. E é aí que estava o meu pequeno problema.

Ao mesmo tempo eu era o talento e era também a esquisita da família. Eu já tinha habilidades muito avançadas para a minha idade, dominava uma boa quantidade de jutsu, era bem atlética e era uma mestra com a katana, mas eu havia nascido com o chakra do vento. Maravilha, não? E ainda por cima, eu era a única do Clã que 'maculara nossos tradicionais cabelos dourados' e pintara algumas partes de rosa.

"Espera! Então você era a única com o chakra do vento?", Kakashi perguntou interrompendo a minha bela narração. "Tipo, a única do clã todo?". "Sim, Onii-chan, agora deixa que ela continue!", Aimi disse.

ENFIM! Eu acabara de sair da propriedade de minha família, pois queria espairecer e esquecer um pouco do fato de que estava de castigo. De novo.

Eu costumava andar por toda a aldeia, falando com outros adultos e crianças, comprando algo para comer ou até flores, mas hoje eu não queria falar com ninguém, então decidi andar pela vegetação, que iria me esconder de todos os olhos, ou pelo menos era o que eu pensava. Depois de andar bastante, percebi que tinha saído da aldeia (como sempre fazia em dias como aquele), então resolvi sair da mata e voltar pela estrada principal.

Foi aí que eu a encontrei.


"Melhor parte", Aimi murmurou e eu sorri, mas ignorei.


Ainda faltavam alguns quilômetros para chegar aos portões da minha aldeia quando eu avistei no horizonte à minha frente uma figura pequena e lenta, parecendo tão indefesa quanto qualquer criança de minha idade.

Apressei-me um pouco para alcançá-la, e antes que chegasse perto para valer, ela caiu desmaiada no chão. Aí sim eu saí correndo em direção a ela, pegando-a no colo e chamando-a, até que ela abriu os olhos de maneira sofrida.

"Ei, você tá bem?", fora a única coisa que eu pensei em dizer. "Menina?", chamei-a de novo, pois não obtivera resposta.

"Eu... Meu corpo dói", ela gemeu, e juro que meu coraçãozinho se partiu em mil quando ouvi sua voz tristonha. "Eu preciso achá-los".

"Achar quem? Seus pais?", perguntei e ela negou com o balançar de sua cabeça. Os cabelos castanhos e densos caiam sobre meus braços e o rosto pálido parecia ainda mais pálido por causa de suas sardas. "Eu vou levar você pra minha casa, daí eu te ajudo!", falei sem esperar e sem querer uma resposta.

Aconteceu que ela desmaiou de novo, e então eu a levei mesmo assim, indo pela mata até chegar ao jardim de casa, entrando em meu quarto, escondida, com a menina no colo. Ela deveria ser um ou dois anos mais nova, pois se tivesse a minha idade, deveria estar morrendo de fome.

Deitei a menina no tatame e corri até a porta do quarto, abrindo uma fresta e colocando a cabeça para fora. Gritei bem alto pela cozinheira, que veio trazendo bolinhos e uma tigela de ramen quentinha, afinal era hora do almoço. "Tem como trazer mais? É que eu estou com bastante fome", eu pedi e ela foi buscar. Por sorte, era um dos raros dias em que meus pais não almoçavam comigo em casa, por isso eu iria comer no meu quarto. Ela voltou com mais dois bolinhos e uma tigela menor de ramen, eu agradeci e corri para a pequena, que ainda não acordara.

"Ei, ei menina!", chamei bem baixo. "Venha comer alguma coisa, rápido!", falei a ela e chacoalhei um pouco seus ombros, e aí sim ela acordou. "Vamos, tem bolinhos e ramen fresquinho". Ela levantou lentamente e sorriu ao ver a comida à sua frente.

"Obrigada", ela suspirou e posso dizer que enfiou a cara na tigela de ramen. Confesso que amei o jeito como ela comeu, e como eu sempre fazia quando comia sozinha, enfiei a cara no ramen também (que minha mãe nunca saiba disso). "Minha mãe nunca me deixou comer isso", ela murmurou. "É muito bom".

"Sua mãe nunca te deu ramen?! Cara, ela deve ser a mãe mais doida do mundo!", falei e ela deu uma risada baixa. Logo terminamos o ramen e fomos para os bolinhos. "E então, se ela nunca deixou você comer ramen, o que ela te dava pra comer?", perguntei desse jeito mesmo, e confesso que nunca perdi meu jeito descarado de ser.

"Hm... Sopa, macarrão e pasta de feijão", ela disse meio sem jeito, e deve ter percebido minha expressão de desacreditada, pois corou um pouco. "O que foi?".

"Ahn... É que essas comidas não são lá essas coisas de gostosas... Você deve ter uma ideia", falei e ela meneou a cabeça, assentindo. "Enquanto você estiver comigo, vou te dar muito ramen, bolinho e várias outras coisas gostosonas", prometi e ela sorriu.

Era tão errado de minha parte dizer aquilo quanto era errado da parte dela acreditar, afinal eu era uma criança, e achava que escondê-la no meu quarto era um plano infalível.

"O que sua mãe faz?", perguntei.

Ela ficou quieta e disse que não queria falar daquilo agora. O rostinho dela venceu minha curiosidade e eu fiquei sem saber. As horas correram como um rio, e já era noite quando meus pais chegaram e vieram me dar boa noite. A menina estava escondida debaixo das cobertas, e eu fingi que nada estava acontecendo com perfeição.

Quando eu estava quase pegando no sono, lembrei-me de duas coisas e resolvi perguntar. "Ei, menina... Quem você precisa encontrar mesmo?".

"Ayumu Kinjo e Wakana... Eles vão me ajudar", ela disse com bastante convicção, eu me recordo. "Eles conheciam meu pai".

Notei que ela não estava a fim de falar sobre aquilo, e que estava com sono, por isso achei melhor não perguntar mais. Virei para o outro lado, pronta para dormir, mas então fiz a minha última pergunta. "Quase me esqueci. O meu nome é Hanae Inoue. Qual é o seu nome?".

"Aimi", ela disse.

(...)

"Hanae... Acorda", ouvi uma voz desconhecida e resolvi virar meu corpo para cima e abrir os olhos, e quando os abri quase dei um salto. Era Aimi? Parecia mais uma versão mais velha de Aimi, mas aquilo era impossível, ela era menor do que eu, e eu a conhecera há três dias apenas. "A... Aimi? É você?!".

"Hm... Sim... Oh, céus, aconteceu de novo", ela pareceu se lamentar. Agora ela tinha a minha altura e sua voz tinha ficado um pouco mais grave, mas os traços ainda eram os mesmos de dois dias atrás. "Eu preciso falar com os seus pais... Eles vão me ajudar a encontrar aquelas pessoas", ela disse e parecia preocupada.

"Tá, mas... O que aconteceu contigo, por tudo que é mais sagrado?", perguntei e levantei depressa, e, realmente, ela estava do meu tamanho.

"É coisa da minha mãe... Eu...", ela ia começar a falar quando minha mãe abriu a porta do quarto e se deparou com aquela menina desconhecida.

Lá fomos nós. Fomos com minha mãe até meu pai e eu os convenci a escutar a história de Aimi, afinal eu também queria saber. Depois de quase uma hora de conversa, meu pai, por um milagre, parecia convencido a ajudá-la.

Aimi era filha de uma feiticeira de uma aldeia distante com um homem que ela não sabia quem era. Ela nascera de um tipo de genjutsu muito poderoso e desconhecido para todos nós, inclusive para ela, e o que ela sabia era que: 1) seu corpo não tinha idade, ele mudava com o tempo e depois voltava ao normal, 2) o pai dela fora um guerreiro da folha, 3) o Clã Kinjo poderia ajudá-la.

Meu pai não tinha acreditado até então, até que lera uma carta que Aimi trouxera consigo, e que pedia aos Kinjo que cuidassem da 'criança', assinada por um codinome que meu pai pareceu conhecer, mas sabia que não deveria revelar à pequena menina.

"Então está certo. Vamos escoltá-la à casa dos Kinjo numa aldeia vizinha de Konoha, e lá você poderá pedir a ajuda deles. Eu os conheço, temos bom relacionamento entre as famílias", meu pai começou a dizer. "O caminho não é tão seguro, então enviaremos um de nossos shinobi com você. E Hanae também acompanhará você", ele disse.

Os meus olhos brilharam. Aquilo não podia ser sério, mas era. "Está na hora de você dar uma saída daqui e aprender coisas novas com a vida", meu pai disse e sorriu, bebendo um gole de chá. "E terá sua katana de volta, se você quiser ir...".

"Mas é claro que eu quero ir!", exclamei. "E, eu vou poder ficar por quanto tempo? E vou poder comprar algo novo lá?!", comecei a fazer uma série de perguntas.

"Calma, florzinha", minha mãe pediu. "Você fará o seguinte – se Aimi não for encaminhada para Konoha, você irá voltar em uma semana; mas se os Kinjo acharem melhor que ela vá para a aldeia, você irá junto e ficará por lá até que eu peça que volte", meu pai disse. "Nós temos muitos familiares na Aldeia Oculta da Folha, não haverá problema algum em recebê-la", minha mãe sorriu também.

Parecia um sonho, aquilo estava bom demais para ser verdade. Pela primeira vez na vida eu iria sair de verdade de minha aldeia e iria conhecer Konoha. Enquanto eu arrumava minhas coisas, meu pai mandava falcões aos Kinjo e aos nossos familiares mais próximos na Aldeia Oculta da Folha, para que não houvesse imprevistos. Seria estranho se deixasse que eu fosse assim, sem mais, mas ele explicou que iria me visitar todo mês, para garantir que eu estivesse bem. Acima de tudo, eu estava alegre por poder ajudar Aimi, por mais esquisita que ela fosse. É que eu tinha gostado mesmo dela.


"Então você me achava esquisita? Logo você? A ovelha rosa do Clã Inoue?", Aimi interrompeu minha elaborada narração e eu bufei.

"Posso continuar, sim?", reclamei e retomei meu raciocínio.


Antes de sair do quarto, reparei que Aimi dava uma última olhada no jardim de minha casa, e ao me aproximar da porta, ouvi meus pais falando algo sobre uma pessoa que eu não fazia ideia de quem era. Era um... Tal de... Alguma coisa "da Folha", e a informação ficou no ar, pois eu não achava que iria obter resposta se perguntasse à qualquer um.

Depois de uma despedida calorosa, característica marcante de meu clã, partimos, eu, Aimi e Toshie, uma shinobi muito experiente e amiga de minha família. Seria apenas uma noite de viagem, e deveríamos chegar ao meio dia à aldeia onde viviam os Kinjo, que já haviam sido notificados sobre a vinda de Aimi. Durante a viagem, eu e Toshie, curiosas e interessadas, conseguimos arrancar mais detalhes sobre a história de Aimi.

"Minha mãe não deve gostar muito de mim... Mas eu gosto dela. Ela é minha mãe. Ela me contou que meu pai é um grande herói, e ela nunca quis me dizer quem ele é...", ela dizia tranquilamente. "Ela é uma bruxa, então as pessoas não gostam muito dela e eu entendo, já que ela é bem chata e antissocial".

"Mas... E o genjutsu? Como funciona isso? Eu não entendi nada", disse nossa acompanhante adulta.

"Ah... Tipo, o que eu sei é que já era para eu ser bem mais velha", ela murmurou e olhamos para ela com estranheza. "Eu fui um recém-nascido por muito tempo, e permaneci assim por alguns anos, até que minha mãe decidiu quebrar o genjutsu e aí sim meu corpo se desenvolveu. Daí eu realmente nasci", ela tentou explicar.

"Cara, isso é sinistro. E eu amei", falei e ela sorriu para mim. Eu já gostava muito mesmo dela, minha nova grande amiga.

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