Feliz Dia da Mulher! 🌸
Hoje é o dia de celebrar a força, a resiliência e as conquistas das mulheres ao redor do mundo. 💪✨
Às mulheres que iluminam nossas vidas com sua presença e inspiração, desejo um Dia da Mulher repleto de amor, alegria e reconhecimento. Vocês merecem todo o aplauso! 🌟👏
Sila
A porta do banheiro se abre minutos depois. Contudo, continuo parada perto de uma janela apenas olhando para o jardim esvoaçante, devido a brisa que insiste em brincar com as suas folhas. O delicioso cheiro do perfume masculino me faz fechar os olhos e apreciá-lo por alguns instantes. Entretanto, estou pensando em uma maneira de abordar um certo assunto importante.
— O Ali está feliz de estar com o Érõn outra vez. — Ele comenta e penso que não poderia ter melhor oportunidade do que essa. No entanto, ao virar-me e encontrar seu peitoral desnudo simplesmente arfo, tentando não deixar transparecer o meu anseio de aproximar-me para tocá-lo. — Como conseguiu isso? — Dou de ombros, afastando-me da janela, porém, mantenho uma distância segura entre nós dois.
— Eu não fiz nada. — Murat arqueia as sobrancelhas, enquanto veste uma camisa.
Respiro fundo. Talvez assim eu consiga me concentrar melhor no que preciso.
— Eu acho que fez. — Ele ralha, chegando mais perto de mim.
— Por que acha isso?
— O Ali amava aquele bichinho, mas depois do que aconteceu ele não o quis mais...
— Foi isso que te disseram? — Confuso, Murat une as sobrancelhas, porém, as suas mãos seguram na minha cintura e ele encurta ainda mais a nossa distância.
— Sila, depois da sua partida o Ali se afastou de tudo que lembrava a sua mãe.
— O Ali é apaixonado pelo Érõn, Murat — rebato um tanto firme. —Você precisava ver a alegria do seu filho quando permiti que o trouxessem para dentro dessa mansão.
— Do que você está falando, Sila? — Solto uma respiração alta, me afastando dele.
— É sério que você não consegue ver o que está acontecendo ao seu redor?
— E o que está acontecendo ao meu redor?
— A Dilara oprime o seu filho, Senhor Arslan. — Agora ele me lança um olhar incrédulo.
— A Dilara é tia do Ali, ela jamais faria isso com ele. Ela o ama, Sila e cuida dele desde que...
— A mãe dele morreu. — Completo a sua frase. — Então você não sente o quanto o seu filho fica apreensivo perto daquela mulher? — Murat parece pensar em uma resposta.
— Pensando bem, essa manhã ele... apertou a minha mão enquanto ela tentava euma aproximação.
— A Dilara ordenou que tirasse o Éron do Ali como forma de punição para ele.
— O que você está me dizendo?
— Você pode confirmar isso com a Ayla se quiser. — Ele endurece a face e fecha as mãos em punho.
— Por que ela faria isso com o meu filho, Sila? Por que ela o machucaria dessa forma?
— Murat, se lembra que eu disse que gosto de analisar as pessoas? Os seus atos, comportamentos e até a fala delas? — Ele faz um sim com a cabeça. — Eu sei que vou parecer repetitiva agora, mas a Dilara tem uma maldade no olhar, é algo que ela não faz questão de esconder de ninguém. Todos aqui nessa casa têm medo dela, evitam falar quando ela está por perto. O Ali tem medo até de erguer os olhos para essa mulher.
Escuto o som alto da sua respiração.
— Eu andei tão ocupado lambendo as minhas feridas que me esqueci de olhar ao meu redor. — Ele lamenta. — Mas não se preocupe, eu vou falar com ela...
— Eu não te contei sobre isso para você tomar qualquer providência contra ela, Murat. Pelo menos não agora. Na verdade, eu prefiro que ela pense que você não sabe de nada.
— E por quê?
— Eu tenho um pressentimento e quero ir a fundo nisso. Eu preciso descobrir o que a sua ex-cunhada andou fazendo todos esses anos desde que chegou a essa casa.
— Isso é meio estranho, Sila, mas se é isso que você quer...
— Tem mais uma coisa.
— O que?
— Tomei a liberdade de pôr a Ayla como a babá do Ali. — Em resposta Murat me lança um olhar intrigado.
— A Ayla? — meneio a cabeça. — Curioso. — Ele faz um gesto de desdém.
— O que é curioso?
— A Ayla era a babá do Ali, a Cecília a contratou, mas...
— Já entendi. — O corto e penso que Dilara tramou os mínimos detalhes após a morte da sua irmã, mas para que, ou por quê?
— Nesse caso, irei dispensar a Dilara, ela voltará para a casa dos pais. — Murat ralha, passando por mim para sair do quarto. Entretanto seguro no seu antebraço e os nossos olhos se conectam.
— Não quero que ela saia daqui, Murat.
— Mas, Sila...
— Como eu disse, quero saber o que ela andou fazendo e para isso eu preciso que ela fique exatamente aqui. — Ele solta uma respiração alta e chega mais perto, envolvendo-me e aspirando o meu cheiro lentamente. Esse ato me faz fechar os olhos e os meus batimentos cardíacos se aceleram descompassadamente.
— Me desculpe pelo meu comportamento de agora a pouco! — Ele sussurra, fazendo o meu sangue correr mais rápido.
— Está tudo bem! — Forço-me a me afastar um pouco. — Um casamento sem amor trás atitudes secas às vezes... — Ele me faz calar com um beijo e quando se afasta os seus olhos parecem querer me dizer coisas que eu não consigo entender. Contudo, dentro de mim tem uma confusão eloquente de sentimentos, deixando-me frágil e trêmula. Ansiando falar tudo o que está trancado dentro de mim. No entanto, me forço a engolir cada palavra.
— Quero te pedir uma coisa. — Ele diz me afastando das ondas revoltosas que tentavam me afogar e no mesmo instante busco o seu olhar. — Fique longe do Taylor.
— Mas eu...
— Só, fique longe, Sila. — Pressiono os lábios, porém, faço um sim com a cabeça.
— Não se preocupe, Senhor Arslan, enquanto eu estiver aqui não pensarei em me aproximar do Senhor Miller — Garanto. No entanto. as palavras que saem da minha boca carregam um timbre de raiva. Portanto, saio do quarto em seguida.
***
No mesmo dia, à noite...
— Você veio?! — Marli diz extremamente animada assim que abre a porta para mim. Sorrio, a abraçando em seguida.
— Eu não perderia isso por nada! — cantarolo quando me afasto da minha amiga. — Pode me dizer por que escolheu fazer isso?
— Quero um casamento turco, amiga e com cada detalhe dessa linda tradição. — Arqueio as sobrancelhas.
— Me diga que isso não tem o dedo do meu irmão Deniz?
— Na verdade, não tem. Eu quis fazer essa surpresa para ele e como você é a minha melhor amiga, a escolhi para aplicar a Henna em mim.
— Oh! — Arqueio as sobrancelhas.
— Venha comigo. — Ela pede, segurando na minha mão. — Contratei uma equipe para a decoração e buffet para que nada saia errado.
Observo os véus vermelhos espalhados por toda a decoração, com seus detalhes dourados e as flores brancas em alguns pontos estratégicos, além da ampla mesa retangular com alguns pratos da culinária turca.
Ela realmente está levando isso a sério.
— Está tudo muito lindo, Marli! — Ela sorri.
— Você gostou? — Dou de ombros.
— Você sabe que fui criada longe da Turquia, não é? Então para mim isso parece meio exagerado, mas sim, eu gostei.
— Ai, amiga linda! — Ela me abraça forte, deixando um beijo igualmente forte na minha bochecha. Contudo, Marli respira fundo e eu sei que ela tem algo para me contar. — A sua mãe e os seus irmãos também virão para a noite da Henna, Sila.
Bufo internamente.
— Eu já imaginava isso.
— Sila, por que não conversa com eles? — Solto o ar pela boca.
— Ainda não estou preparada, Marli.
— Amiga, quando você vai estar preparada para se reconciliar com a sua família? Você já está casada com o Murat e eu sei que está gostando do seu marido. — Me pego sorrindo.
— Eu o amo, Marli! — confesso com certo pesar.
— Ai meu Deus, isso é sério? — Minha amiga se empolga e volta a me abraçar. — Que cara é essa, Sila?
— Não é recíproco. O Murat ver o nosso casamento como uma fonte de poder e às vezes ele até me trata como se eu fosse um objeto de inteira posse. Isso me irrita e me tira o sono algumas vezes.
— Você já contou para ele o que sente?
— Ficou maluca? É claro que não!
— Quer saber, espero que esse homem te ame tanto que ele mal consiga respirar, mesmo que você esteja a centímetros de distância dele. — Rio. — É sério, desejo que ele pense em você vinte e quatro horas por dia.
— Meu Deus! Olha se isso acontecer, direi para todo mundo que você é uma feiticeira que esconde os seus poderes da humanidade.
— Talvez eu seja. — Marli brinca, mexendo os seus dedos para mim, me fazendo rir.
Não demora para um lindo ritual começar. Marli sai de dentro da sua casa, usando um vestido branco e vermelho, mas são os detalhes dourados das suas joias extravagantes que se destacam. Um véu vermelho cobre o seu rosto e sobre o efeito de uma música alegre, ela se senta em uma cadeira que mais se parece com um trono. Contudo, para a minha surpresa, Deniz é convidado a se sentar do seu lado e por mais que eu tente evitar o seu olhar encontra o meu.
— Está na hora, Sila! — Alguém avisa, colocando uma bandeja redonda e decorada na minha frente e eu engulo em seco, aproximando-me do casal, agachando-me diante deles e mesmo com a música alta eu consigo ouvir as batidas do meu coração dentro dos meus ouvidos. — Primeiro aplique a Henna no dedo mindinho do noivo. — Ela pede e eu luto para não sair correndo desse lugar. — Isso, querida! — Ela ralha e eu olho nos olhos do meu irmão. — Agora, coloque um pouco na palma das mãos da noiva. — Eu tento fazer, porém, Marli fecha as suas mãos.
A agitação das mulheres atrás de mim me diz que isso faz parte do ritual e logo elas começam a colocar moedas de ouro nas mãos da minha amiga. Não seguro o riso e isso se repete por pelo menos três vezes, até finalmente a Henna ser aplicada.
— Obrigado por vir! — Deniz sibila parando bem do meu lado, enquanto a sua noiva dança animada dentro de uma roda de mulheres.
— Eu não vim por você — rebato com amargor.
— Eu sei, mas obrigado mesmo assim!
— Venha, venha dançar! — Uma das mulheres me puxa para a roda e dou graças a Deus por isso.
Droga, me sinto meio perdida no meio disso tudo! Penso enquanto elas se mexem e batem palmas.
— Vamos, Sila, dance! Dance! — Marli chega perto e resolvo imita-las, entregando-me ao momento extremante alegre, mexendo os meus ombros e colo, e de vez em quando os quadris. Em meio a esse misto de graciosidade e de explosões, encontro o olhar de Murat, que parece se admirar do que ver e por um instante dedico a minha dança apenas para ele.
Meu marido sorri e sorrio para ele também.
No final, estou exausta e ansiosa para voltar para casa. Portanto, me despeço da noiva e da sua família, evitando me aproximar da minha família.
— Oi, filha! — Escuto a voz da minha mãe assim que o meu marido abre a porta do carro para mim. Respiro fundo, pressionando a minha bolsa de mãos entre os meus dedos e no ato, fecho os olhos, abrindo-os logo em seguida para me virar de frente para ela.
— Oi, mãe! — respondo sem vida.
— Você... ia embora sem falar comigo?
— O que quer que eu diga, Eda Yilmaz?
— Sila... filha...
— Eu não posso, mãe — sibilo, sentindo um nó sufocar a minha garganta. — Não consigo olhar para você e menos ainda falar com vocês. Talvez... talvez isso passe um dia, mas... agora não dá. — Observo as lágrimas caírem dos seus olhos e molhar o seu rosto. Entretanto, Eda Yilmaz é forte o suficiente para secá-las e menear a cabeça concordando comigo. — Até mais! — rosno, entrando no carro em seguida.
O que dizer?
Sila está determinada a desvendar os mistérios da vida do Senhor Arslan e a abrir os olhos dele também.
Os sentimentos ainda não se encontraram e as palavras ainda não foram ditas.
Ps. Estou com vontade de estapear esses dois e fazê-los se abrir de vez 😂😂😂😂
TEM NOVIDADE CHEGANDO NA ÁREA!!!
Fantasia, romance, fogo e paixão. Essa será a minha próxima obra e quero que vocês acompanhem um pouco do seu desenvolvimento.
Protagonista principal: Velkan Declan, multimilionário e dono de um império na construção de arranha-céus em Londres. Contudo, o CEO tem uma vida oculta que os humanos jamais poderiam imaginar.
Raça: Ele é um poderoso alfa, líder de uma alcatéia temida pelos membros de sua raça.
Idade: 37 anos.
Características: um homem poderoso, arrogante, mandão e temido por todos.
GOSTARAM?