EXTORSIONÁRIO [L.S]

By trouxapeloharry

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EXTORSIONÁRIO: aquele que prática extorsão. Extorsão é o ato de obrigar alguém a tomar um determinado compor... More

aviso.
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epílogo
nota final & agradecimentos.
depois do fim
trailer final
🤍
Ebook de extorsionario (parte 1)

35

24.2K 2.8K 21.8K
By trouxapeloharry

Denver, Colorado.
22 de maio de 2017.

Como eu fui tolo em achar que a despedida mais dolorosa que eu poderia enfrentar seria quando Louis me abandonou naquela estrada depois de ter me dado um tiro.

Como fui tolo...

Eu cheguei a sentir uma dor física ao ver Louis ser praticamente arrancado da cela pelos guardas enquanto seus gritos ecoavam em minha cabeça. E por um instante eu me arrependi de tê-la levado.

Esse é o problema de despedidas, apesar de serem necessárias, elas também são dolorosas.

E eu sinceramente não sei se Louis vai me odiar por isso.

Jay acabou passando mal, mas para o meu alívio, foi apenas uma queda de pressão ㅡ coisa que ainda assim é muito grave devido ao estado dela. Pedi perdão por todo o caminho de volta ao hospital enquanto ela murmurava baixinho que eu não precisava pedir perdão. Desde então, tenho visitado ela todos os dias depois que saio da empresa. Não quero deixá-la sozinha quando ela não tem ninguém em quem se apoiar. Faço questão de vê-la todos os dias na visita da parte da noite, mesmo sabendo que há dias em que ela estará melhor e há dias que ela mal conseguirá falar.

Hoje, quando a visitei pela manhã, foi um desses dias em que passamos a maioria do tempo calados porque ela estava tão fraca que mal conseguia abrir os olhos.

Depois que sai do hospital, passei no supermercado para comprar algumas coisas extras para o final de semana que irei passar com Louis. Não sei bem como funciona, mas pelo o que Niall me explicou, trata-se de uma espécie de kitnet nas dependências do presídio que são disponibilizadas para que os presos tenham um momento em família para não se desvincular por completo do laço afetivo que existe fora da cadeia. Sei que eles serão mais rígidos comigo e não posso levar nada que possa ser usado como arma ou em função de comunicação. Apenas alguns alimentos foram liberados, fora o que eles disponibilizam na prisão.

Eu estou ansioso e esperei por esse momento desde que comecei a negociar com Rocco.

Por coincidência, serão exatamente 28 horas que passaremos juntos. O tempo que ele foi condenado em anos, é o que nos é proporcionado em horas, de três em três meses.

Entraremos às 10h hoje, no sábado e saímos amanhã, às 14h do domingo.

Eu não faço ideia de como Louis irá reagir a isso e nem como irá reagir a respeito de eu ter levado a mãe dele para a visita. Por sorte, Johannah não piorou depois disso e ele não terá como me culpar pela piora do estado físico dela.

Sou guiado para uma sala ao chegar no presídio, após passar por uma revista rigorosa em meu corpo. No entanto, só sinto vergonha e minhas bochechas queimam quando observo os guardas revistando a pequena bolsa que trouxe com algumas coisas, retirando o frasco de lubrificante para averiguarem. Faço cara de paisagem e finjo não notar enquanto eles avaliam o conteúdo.

Após uma checagem minuciosa, eles permitem a minha entrada e me escoltam até o campo ao lado do presídio. Quando entro, percebo que é praticamente um mini apartamento. Há uma pequena cozinha equipada ligada à sala, onde há um sofá de dois lugares e um hacker com uma pequena televisão. E ligado à sala, há uma cama de casal e um banheiro acoplado.

É aconchegante, aberto e bem limpo.

Me sento no sofá e ligo a televisão para esperar por Louis. Meu coração acelera e eu não me contenho em pensar que essa não é nem de longe a experiência que eu gostaria ter com ele.

Eu queria que estivessemos livres agora. Queria estar em uma estrada, sentindo o vento batendo em nossos rostos enquanto ele pilota. Queria estar bebendo com ele em um restante a luz de velas enquanto discutimos sobre algo que não entramos em consenso e terminamos a noite em meus lençóis. Queria estar nadando com ele em um lago gelado enquanto ele beija os meus lábios trêmulos.

Eu não gostaria de ter o nosso tempo contato. Eu não queria ter que me despedir todas as vezes que o encontro. Eu não queria ter que viver dessa forma.

Quando ouço os guardas se aproximando, eu me levanto e espero Louis na porta. Assim que ele entra e fecha a porta, eu pulo em seu colo, não deixando espaços para que ele possa dizer nada. Ele me segura pelas coxas e caminha comigo até o sofá. Me enterro em seu pescoço quando ele se senta, acarinhando as minhas costas.

"Você está com raiva de mim?" Pergunto abafado em sua pele.

"Não, baby." Ele sussurra. "Eu não estou com raiva de você. Eu disse que não ia mais falar na sua cabeça."

"E a respeito da sua mãe?"

Ele fica em silêncio por um instante e então me afasta levemente apenas para segurar minhas bochechas, fazendo o nosso olhar se encontrar.

"Harry, o que você fez... " ele solta uma respiração pesada "eu não sei nem o que dizer... você me deixou sem palavras."

"Eu sei que foi doloroso e arriscado, mas eu queria que você a visse." Digo baixo. "E não se preocupe, ela está bem. Tenho a visitado todos os dias depois que a trouxe aqui para te ver."

"Eu sei e eu agradeço por isso."

"Você sabe?" Franzo minhas sobrancelhas intrigado.

"Eu tenho olheiros." Ele dá de ombros.

"Você tem mandado me seguir, Louis?"

"Claro que não. Eu sou bandido mas não sou psicopata, muito menos stalker." Ele solta uma risada baixa ao notar a minha cara de indignação por suas palavras. "Eu sei o que acontece no hospital. Eu sempre sou avisado de qualquer coisa e eu sei que você tem visitado ela com frequência."

"Eu gosto dela, Louis." Digo com carinho."Ela é um doce."

"Como eu." Ele retruca rápido, pressionando os lábios.

"Só se for." Reviro os olhos levemente ouvindo sua risada baixa. "Você é a pessoa menos doce que eu já conheci em toda a minha vida."

"Poxa, baby. Desse jeito você me ofende."

Ele faz um biquinho com os lábios e eu não me contenho em me inclinar e beijar a sua boca rapidamente. Abraço o seu corpo e o aperto em meus braços. Eu sinto tanta falta desse contato. Eu queria poder tê-lo todos os dias.

Seus dedos gelados sobem por baixo da minha camisa e ele arranha as minhas costas suavemente com a ponta das unhas me fazendo estremecer em seus braços.

"Eu vi o Zayn." Comento casualmente e seus movimentos param. "Vi ele em uma loja de conveniência no centro de Denver."

"É mesmo?" Ele pergunta rapidamente.

"Qual é o lance com Zayn, Louis?" Pergunto me afastando do seu abraço e olhando para ele.

"Eu já te disse que não existe nenhum Zayn." Ele responde de forma rígida com os olhos cravados em mim.

"Então qual o nome verdadeiro dele?" Insisto.

"Eu poderia te contar, mas eu teria que te matar depois." Ele diz, começando a sorrir e eu sei que ele está caçoando com a minha cara.

"Então ele mudou de identidade?"

"Não sei. Mudou?" Ele se finge de desentendido com um sorriso mínimo brotando no canto da sua boca e eu me irrito.

"Nossa, eu odeio quando você faz isso. Dá pra você falar sério?"

"Por que você quer saber?" Ele franze as sobrancelhas levemente, me encarando. "As coisas são o que são. Zayn está solto, eu preso. Ele anda por aí livre, eu fico atrás das grades. É essa história."

"Você libertou ele." Constato refletindo. "Foi você que deixou ele livre não foi? Por que você não fez o mesmo com você, Louis?"

A indignação dança em minha voz, mas eu não pareço afetá-lo em nada.

"Até o pior dos homens merece compaixão. Até o melhor dos homens merece punição por seus pecados."

"Ah, sua consciência doeu?" Pergunto sarcástico

"Por algumas coisas sim, por outras não. E é pelas coisas que me arrependo que eu estou pagando." Ele diz dando de ombros e se afunda na curva do meu pescoço.

Sei que ele faz isso quando quer encerrar um assunto, e mesmo querendo saber o que ele quer dizer, não me contenho em morder os lábios e revirar os olhos quando ele chupa a minha pele bem em cima da minha jugular.

"Eu nem acredito que eu vou ter o final de semana inteiro pra te comer gostoso e depois dormir agarradinho com você." Ele sussurra me prendendo em seu colo pela cintura e inclinando o quadril sob a minha bunda, me fazendo estremecer. "Eu juro que farei esse ser o dinheiro mais bem gasto da sua vida."

"Eu sei disso." Me inclino e dou um beijo em seus lábios puxando seu lábio inferior levemente com os dentes ouvindo-o gemer baixinho, fechando os olhos.

Ele me puxa pela nuca, passando os lábios molhados lentamente nos meus, antes de sussurrar em minha boca:

"Você não faz ideia da saudade que eu tenho do cheiro da sua nuca, baby. Da sua boca. Do seus pés gelados de defunto entrelaçando nas minhas pernas no meio da noite."

Solto uma risada baixa e nego com a cabeça enquanto ele abre os olhos para me olhar com a imensidão azul mais linda que eu já vi em toda a minha vida.

"Eu sinto frio à noite." Digo baixinho.

"Eu sei." Ele sussurra. "Por isso eu tento te esquentar."

Sua frase me parte o coração, porque meus pés ainda permanecem gelados durante a noite, mas eu não tenho ele para esquentá-los para mim. Só sentirei isso de três em três meses. Nada mais.

Volto a me deitar sobre ele enquanto ele me abraça. Escuto as batidas lentas do seu coração se fundirem com as minhas, juntamente com os ruídos baixos que saem da televisão.

Eu quero permanecer assim pra sempre.

Mesmo sabendo que o nosso pra sempre tem prazo exato para acabar.

"Eu trouxe algumas coisas." Digo após um tempo ao me afastar, me levantando e pegando a sacola no chão. Louis me olha curioso erguendo a sobrancelha enquanto me agacho, começando a retirar as coisas uma por uma. "Trouxe um pacote de arroz pequeno, alguns legumes congelados, tempero, e trouxe bife para você fazer pra mim."

Digo sorrindo e ele solta uma gargalhada.

"Caralho, baby. No meu dia de felicidade você quer me colocar pra cozinhar?"

"Eu estou com saudade da sua comida, baby." Dou de ombros e ele nega com a cabeça sorrindo, então continuo: "Trouxe algumas bobagens para comermos durante o dia e amanhã no café. Eu só tenho que ver se aqui tem todo o resto que precisamos, já que eles tiraram algumas coisas quando eu entrei."

"O que tiraram?" Ele pergunta curioso.

"Os talheres."

"Você tinha trazido faca?" Ele indaga mais alto.

"Como ia cortar o bife, Louis?" Eu digo em revolta e ele solta uma gargalhada gostosa.

"Você é mesmo uma coisa, não é, baby?" Ele diz negando com a cabeça. "Que pena que tiraram, eu adoraria transar com você arrastando uma faca no meu pescoço."

Ele me lança um sorriso malicioso e eu mordo os lábios sorrindo.

"Na próxima eu dou um jeito." Lanço a ele uma piscadela.

"O que mais tem nessa sacola?" Ele gesticula, apontando para mim.

"Trouxe lubrificante." Digo ao erguer o frasco na mão. "Não aguento mais te ver e sair mancando."

Ouço sua gargalhada mais uma vez e a guardo para sempre em minha memória. Já que momentos assim, para nós, são raros.

"Desculpe, baby. Eu não sei ser sutil." Ele diz maliciosamente e eu ergo uma sobrancelha.

"Quando você quer, você sabe."

"Não quando eu morro de vontade de você."

Quando seu corpo se ergue, meu coração dispara. Ele caminha até mim, me oferecendo a mão e me guia, me erguendo do chão. Ele me puxa pela cintura e me prende fortemente em seus braços.

"Que tal aproveitarmos esse lubrificante pra eu te comer em cima do balcão da cozinha?" Ele diz baixinho em meus lábios, me fazendo arrepiar. "Meu pau já está implorando pra entrar em você."

"Está?" Instigo e ele assente. "Então deixa eu sentir."

Mordo os lábios e abaixo a mão entre nós apenas para deslizar os dedos sobre o macacão e sentir seu pau completamente duro. Louis está sempre pronto pra mim e eu amo isso. Massageio seu pau apenas para vê-lo jogar a cabeça para trás, mas paro abruptamente o fazendo chiar.

Me afasto minimamente do seu corpo apenas para tirar a minha camisa. Chuto as minhas botas e tiro as meias enquanto seus olhos me observam. Caminho até o pequeno balcão da cozinha e olho para ele por cima dos ombros antes de desabotoar a minha calça e baixá-la até a altura dos joelhos. Ele morde os lábios e nega com a cabeça. Pego o frasco de lubrificante e o despejo em meus dedos enquanto seus olhos me queimam em desejo. Levo os dedos até a minha entrada e começo a massageá-la olhando para ele.

"Caralho, baby." Ele sussurra ofegante. "Eu fico louco quando você faz isso."

Ele tira o macacão rapidamente, chutando também os sapatos e o observo completamente nu depois de muito tempo. O corpo de Louis é uma escultura e eu poderia facilmente gozar apenas olhando para ele.

Ele se aproxima e beija a minha nuca, apertando minha cintura com força. Sinto seu pau duro dançar entre nós e eu jogo a cabeça para trás, deixando-apender em seu ombro.

Quando ele me penetra, não me contenho em gritar de prazer. Meus gemidos altos se fundem com o barulho das suas investidas enquanto ele aperta o meu pescoço.

"Porra..." ele ofega sem fôlego em meu ouvido "que saudade de você, baby."

Ele me inclina sobre o balcão e segura o meu quadril se afundando fundo e forte em mim. Não preciso de incentivo em meu pau quando ele estoca a minha próstata inúmeras vezes, me fazendo gozar gritando o seu nome enquanto me enche com o seu prazer.

Quando ele sai de mim, olho por cima do ombro apenas para vê-lo admirando a sua porra pingando da minha entrada até o chão.

Ele me lança um sorriso antes de me prender nos braços e caminhar comigo até o banheiro.

Entramos juntos embaixo da água morna e Louis volta a me beijar, dessa vez, mais docemente. Sua língua procura pela minha com calma, enquanto suas mãos passeiam pelo meu corpo arrepiado por seus toques. Sentir seu corpo completamente nu e molhado novamente, me parece um sonho e eu me agarro a ele, sentindo cada centímetro da sua pele enquanto seus beijos me preenchem.

Eu e Louis somos a conta exata. Somos as peças de um quebra-cabeça que se encaixam perfeitamente. Nós somos feitos um para o outro e ninguém no mundo consegue me provar o contrário.

Quando saímos do banho, nos secamos com uma única toalha que é disponibilizada pelo presídio. E, por sorte, trouxe algumas peças de roupa extra. Quando Louis veste a minha bermuda de moletom cinza e minha camisa branca, percebo que não o vejo com roupas convencionais há muito tempo e fico admirando seu corpo enquanto ele pega as coisas que eu trouxe, se encaminhando para a cozinha para preparar o nosso almoço.

Enquanto ele faz a comida, eu me agarro nele, abraçando-o por trás e não o largando nem quando limito seus movimentos, mas ele não parece se importar nem um pouco, já que vez ou outra se vira para me dar um beijo.

Me sinto como se estivéssemos na cabana de novo. Eu não faço ideia das horas, nós estamos presos e tudo o que eu sinto é o cheiro da comida de Louis preenchendo os cômodos.

Quando ele termina de preparar o almoço ele me serve com o seu típico:

"Come, porra." Mas dessa vez, ele diz sorrindo em um tom leve e eu quase me desmancho de amores.

Preciso cortar o bife nos dentes, já que só tem colheres aqui, mas ainda assim, é o melhor bife com arroz e legumes que eu já comi em toda a minha vida. A cada mordida que eu dou, eu gemo um pouco mais alto, fazendo Louis me encarar franzindo o cenho.

"O que foi?" Pergunto de boca cheia.

"Você vai ficar nessa gemeção? Porra, você tá gemendo mais para o meu bife do que geme pro meu pau."

"Mentiroso." Digo rindo. "Eu gemo muito no seu pau...Mas sinceramente, eu não sei nesse exato momento o que é mais gostoso."

"Vou ter que te comer enquanto você come pra você fazer a comparação?" Ele ergue uma sobrancelha?

"Se você quiser que eu morra engasgado essa é uma opção." Eu digo e ele revira os olhos voltando o olhar para o próprio prato.

Quando acabamos de comer, Louis me deita no sofá e beija a minha boca antes de se encaixar no meio das minhas pernas, se deitando em meu peito enquanto eu faço um carinho suave em seus cabelos. Nossos olhos se prendem a televisão, mas não sei ao certo se estamos assistindo algo ou divagando em nosso encanto.

...E eu tenho certeza que volto no tempo, onde só existiam nós dois e o maconheiro em uma cabana deserta, onde o tempo não passava e o mundo inteiro era só nosso.

...

Quando a noite chega percebo que eu cochilei, assim como Louis. Meu braço está dormente quando me mexo levemente e ele desperta. Ele me abraça antes de me levantar e me guiar até o banheiro, onde tomamos mais um banho juntos. Quando acabamos, ele vai até a cozinha e pega o frasco de lubrificante.

"Eu quero fazer amor com você." Ele diz baixo, me olhando nos olhos e sinto meu coração se apertar.

Eu já ouvi essa frase antes e eu não gostei de como terminava.

Ele se aproxima e me beija antes que eu possa sentir meu coração voltar a bater normalmente e me guia até a cama me deitando e se deitando por cima de mim. Seus toques são doces e singelos e ele não parece ter pressa em explorar minha boca.

Eu já senti isso antes.

Suas mãos percorrem meu corpo, me descobrindo com as pontas dos dedos lentamente enquanto eu me agarro ao fio de esperança que é a sua boca na minha. Quando estamos completamente excitados ele se lubrifica e me puxa para cima do seu corpo, me fazendo montar nele.

Quando me encaixo em sua ereção, nossos gemidos altos se misturam, e eu começo a movimentar os quadris conforme suas mãos firmes em minha cintura me guiam. Sua mão se desprende da minha pele apenas para acarinhar os meus mamilos com delicadeza, os prendendo na ponta dos dedos, me arrancando um gemido inebriado de prazer. Meu corpo começa a transpirar e seus olhos não se desgrudam dos meus conforme meus movimentos se tornam ainda mais rápidos.

Eu sou dele.
Mas não sei se ele é meu.

Meu pau completamente duro balança em sua barriga à medida que meus quadris se erguem para senti-lo ainda mais fundo, ainda mais rápido, ainda mais forte.

Louis, no entanto, se ergue e me segura pela cintura me travando e parando os movimentos, permanecendo dentro de mim. Suas mãos procuram o meu rosto e ele acarinha a minha pele delicadamente com os dedos.

"Eu quero eternizar esse momento." Ele diz me olhando nos olhos. "Eu quero eternizar cada parte de você em mim."

O desespero preenche meus poros e eu só quero pedir a ele que cale a boca e que não diga mais nada. Eu não quero sentir o que eu senti aquela madrugada.

Sua boca procura a minha e ele me beija com força, me fazendo desmoronar em seus braços. Não consigo evitar as lágrimas que brotam em meus olhos quando inclino a cabeça em seu ombro sentindo suas investidas.

Travo meu choro e arranho suas costas com força, tentando dissipar a minha dor. Louis grunhe e me aperta contra o seu corpo me fazendo perecer em seus braços.

Gozamos juntos, inertes ao prazer e a dor de sermos fadados ao fracasso, amaldiçoados por um amor impossível, metades que se completam mas que não permanecem juntas.

Quando meu corpo exausto cai ao lado do seu, sem fôlego e sem esperança, ele busca a minha mão entrelaçando os nossos dedos.

Olho para nossas cicatrizes juntas, quase no mesmo lugar e percebo que de algum modo elas se completam.

"Você disse que sou o amor da sua vida." Divago, engolindo em seco.

"Você é." Ele responde de prontidão, virando o rosto para me olhar com seus olhos azuis profundos e enigmáticos enquanto seu peito sobe e desce rapidamente.

"Mas você disse que você não é o meu."

"Porque eu não sou."

"Por que você diz isso?" Pergunto baixo.

"Porque você ainda não conheceu o amor da sua vida, Harry. Mas eu já conheci você."

Meu coração se parte e eu chego a sentir uma dor física ao ouvir suas palavras.

"Você é o amor da minha vida, Louis." Praticamente imploro para que ele note isso.

"Não, Harry, eu não sou." Ele insiste.

"O que você quer dizer com isso? Eu não estou entendendo."

Ele se vira de lado na cama para parear o rosto com o meu. Seus olhos passam por todo o meu rosto antes de parar em meus olhos.

"O que eu fiz com você é irremediável. O que eu tenho feito com você é imperdoável. O que eu irei fazer com você é irremissível." Ele começa, me arrancando um suspiro. "Eu já disse e irei repetir quantas vezes forem necessárias. Chegará o dia que eu precisarei que você me perdoe, mesmo se eu não conseguir pedir perdão o suficiente."

"Eu já perdoei, Louis." Choramingo.

"Não, baby. Você não irá me perdoar."

"O que você quer dizer?" Minha respiração se acelera e eu engulo em seco me erguendo na cama. "Você vai me largar de novo? É isso?"

"Eu não vou te largar, Harry. Eu preciso que você me deixe ir."

A facada ele já tinha dado, agora ele torce a faca em meu peito, em cheio no meu coração. Eu sabia que essa é a sua maneira de se despedir.

"Você acha que essa é a vida que eu quero pra você? Você acha que eu gosto que você passe por tudo isso apenas para passar algumas horas comigo? Você acha que eu gosto que você gaste o seu dinheiro subornando esses filhos da puta apenas para termos um momento a sós?" Ele continua com o tom de voz mais alto enquanto ele se ergue na cama, se sentando ao meu lado. "Eu me sinto um bosta, Harry. Porque não era isso que eu planejei. Eu não planejei que você se apaixonasse por mim, eu não planejei que eu me apaixonasse por você. Eu poderia ter evitado. Eu poderia ter te deixado naquela estrada mesmo você me implorando pra vir comigo, eu poderia ter feito tantas coisas para evitar isso, mas eu não consegui. Porque porra, quando eu vi eu já estava de joelhos por você. E te dar aquela porra daquele tiro foi uma das mais difícies que eu fiz na minha vida, mas eu queria que você me odiasse, Harry. Eu queria que você tivesse nojo de mim. Porque eu não mereço o seu amor. Eu não mereço seu corpo, eu não mereço a sua boca. Eu precisaria nascer de novo para merecer você."

"Não fale isso, Louis. Por favor."

"Eu não quero que você viva assim, Harry. Eu não quero que você passe os dias pensando em me ver. Eu não quero que você continue pagando pelo tempo comigo. Eu não mereço. Você entende?" Ele segura o meu rosto entre as mãos me olhando com os olhos pesarosos. "Eu tenho adiado a sua partida porque eu quero ter ao que me lembrar quando tudo que me restar for suas lembranças frescas em minha memória. Por isso eu colei o seu polaroid na minha parede. Você é a primeira coisa que eu vejo ao acordar e a última coisa que eu vejo quando eu vou dormir. Mas eu preciso que você siga sua vida, Harry."

"Isso é uma despedida?" Pergunto com a voz falhada. "Você não quer mais me ver?"

Ele não me responde e nega com a cabeça inúmeras vezes, tirando as mãos de mim apenas para passá-las em seu rosto.

"Me responda, Louis." Eu grito.

"Eu só acho que está chegando a hora de cada um de nós seguir a nossa estrada, Harry." Ele diz baixo, sem me olhar. "Até um dia quem sabe nos encontrarmos de novo."

"O que você quer dizer com isso? Você não vai aceitar mais as minhas visitas?" O desespero corrói a minha voz.

"Eu não sei."

"Como não sabe? Porra." Eu grito. "O que mais eu preciso fazer pra te provar que eu quero você?"

"Você já me provou de todas as formas possíveis."

"Então por que você não me prova que também me quer?" Eu praticamente imploro.

"Eu te quero, caralho." Ele grita, pela primeira vez, e logo abaixa o tom ao me olhar. "Eu te quero mais que tudo."

"Então prove, Louis." Grito mais uma vez.

"A minha prova é te deixar ir. É te deixar livre de mim."

"Você é um filho da puta." Vocifero com a respiração falhada. "Você sempre estraga tudo, Louis. Eu só queria ter a porra de um final de semana decente com você e olha só o que isso virou. Eu sou um imbecil em tentar por você, quando na verdade eu estou tentando sozinho."

Levo as minhas mãos até o rosto e solto um soluço, mas eu não consigo chorar. Eu não consigo extravasar o que eu sinto.

Seus dedos procuram o meu braço e ele o acarinha de leve enquanto sussurra:

"Me desculpe, Harry."

"Pare com essa porra de discurso, quando você não sente muito, Louis. Mas que merda." Destampo os olhos e olho para ele com raiva. "Fala as coisas com clareza. O que você quer de mim, caralho? O que você quer de mim, Louis?"

"Eu não quero brigar, baby. Eu só quero que você entenda que nesse momento, nós somos instantes." Ele engole em seco. "E instantes passam. Então aproveite esse instante comigo."

Meu peito sobe e desce de forma rápida enquanto encaro seus olhos azuis.

"Vamos ser Bonnie e Clyde essa noite, baby." Ele sussurra.

"E amanhã, Louis? O que seremos?" Pergunto baixo, sentindo todo o meu peito queimar.

"Amanhã voltamos a ser Harry e Louis."

Ele passa os braços em volta do meu corpo, me abraçando e eu não tenho forças para fazer nada além de me entregar. Ele me deita na cama e se aconchega em mim, exatamente como naquela madrugada, onde sua respiração pesada batia em meu pescoço e eu fechava os olhos com força me apegando ao incerto.

Só que dessa vez, eu não quero dormir. Eu não quero cair em sono profundo e notar mais uma vez que eu sempre desperto do nosso sonho na melhor hora.

Louis é um sonho pra mim, e esse é o problema dos sonhos bons... uma hora, eventualmente, você desperta.

...

Denver, Colorado.
07 de junho de 2017.

"Amanhã irei visitá-lo." Digo a Jay, sem saber ao certo se Louis irá me receber.

Quando o dia amanheceu naquele domingo, nós tomamos café juntos e ele me beijou como se aquela noite não tivesse existido. Mas existiu... suas palavras ficaram cravadas em mim e eu não sei o que esperar da visita de amanhã.

"É mesmo, querido?" Ela pergunta com a voz fraca.

"É." Reflito. "Mas eu não sei bem o que esperar. O Louis pode ser cabeça dura às vezes."

"Eu que o diga." Ela solta uma risada baixa.

"Ele sempre foi assim?"

"Teimoso, impulsivo e cabeça dura? Sempre." Ela diz acenando com a cabeça.

Tenho vontade de perguntar a ela sobre Zayn, mas ela me parece tão fraca hoje que não quero incomodá-la com perguntas que podem agitá-la de alguma forma.

"Harry..." Ela me chama baixinho e eu me aproximo ainda mais da cama. "Tenha paciência com o Louis. Não vou te pedir para que ame ele incondicionalmente porque eu tenho ciência que ele é uma pessoa difícil de ser amada, mas ele merece ser e eu sei que você o ama. Eu estou partindo, mas eu fico tranquila em saber que ele tem alguém tão especial como você." Ela diz com voz fraca. "As pessoas que mais amamos são as que mais nos decepcionam, porque só nos decepcionamos com aquilo que nos importa."

Presto atenção em suas palavras fracas e murmuradas:

"As pessoas costumam dizer que o amor não machuca, mas eu discordo. Para ser amor é preciso passar por provações e são essas provações que doem. O amor apenas as supera. E a superação sempre vem com uma espécie de sofrimento." Ela pausa por um instante, parecendo recuperar o fôlego. "Mas eu te peço que não se prenda a ele se você perceber que isso te machuca mais do que você consiga suportar. Não se prenda por mim, não se prenda por ele. Se liberte por você. Você merece ser feliz, Harry."

"Por que está me dizendo isso?" Pergunto baixo.

"Porque eu não sei se o Louis de hoje é capaz de te proporcionar a felicidade completa. Quando for a hora de ir, vá. Você fez tudo o que podia fazer, querido. Por ele, por mim, por esse amor... mas às vezes, a coisa mais gentil que fazemos para nós mesmos é ir embora."

Engulo em seco sentindo meu coração se apertar.

"Eu não quero abandoná-lo."

"Eu sei que não, e eu te admiro e te agradeço por isso. Mas eu quero que seu coração tenha paz. Eu amo o meu filho, mas sei que ele precisa se reajustar para amar você como você merece."

Ela começa a tossir levemente e eu ajeito o travesseiro por baixo de sua cabeça para que ela fique mais confortável.

"Você pode pegar um copo d'água para mim?" Ela pede baixinho. "Eu estou com a boca seca."

"Claro. Mas não tem água aqui, eu vou no corredor buscar." Digo, me levantando da cadeira. "Eu já volto."

Ela não me responde e eu pego o copo de plástico em cima do móvel ao lado da cama. Saio do quarto buscando por algum bebedouro, e acho um próximo ao banheiro. Encho até a metade e volto para o quarto.

"Demorei porque custei a achar um bebedouro." Olho para ela e vejo que seus olhos estão fechados. "Você dormiu com sede? Você sabia que não pode... Quando eu era criança eu li uma história que dizia que se dormimos com sede o nosso anjo da guarda nos abandona durante o sonoㅡ"

Paro de falar quando percebo que ela não se move. Nenhuma respiração. Não vejo o seu peito subir e descer e nem seus olhos piscarem ainda fechados.

"Jay." Chamo o seu nome encostando em sua mão e balançando.

Minha respiração acelera e eu olho para os monitores que estão com uma linha reta.

"Jay!" Começo a balançar o seu corpo em desespero. "Jay!"

Com as mãos trêmulas busco e aperto o botão para chamar a enfermeira. A angústia toma conta do meu corpo enquanto continuo balançando ela para que ela acorde.

"Jay... por favor." Digo com a voz trêmula.

Uma enfermeira entra no quarto e eu começo a me desesperar e gritar, até que ela chame outras pessoas. Minha cabeça é borrão e eu não consigo raciocinar direito.

"Ela... ela não está respirando." Balbucio, olhando em volta, mas ninguém parece fazer nada.

"Eu sinto muito, senhor. Mas ela assinou um termo de não ressuscitação." Uma das médicas diz e eu me desespero.

"Faça alguma coisa, pelo amor de Deus." Eu grito implorando. "Ela não pode morrer."

Me viro para o seu corpo e começo a balançá-lo de novo, implorando a Deus que ela volte a respirar.

"Querido, deixa-a partir." Alguém diz, colocando a mão no meu ombro.

"Não." Eu grito, me desvinculando do toque e começo a pressionar o seu peito, tentando um RCP por conta própria. "Johannah, por favor, por favor."

Tento por alguns minutos enquanto ninguém me ajuda. Passo os olhos pela máquina que monitora os seus sinais vitais... e nada. Apenas uma linha reta.

"Querido, ela se foi." Alguém diz e eu nego com a cabeça.

"Hora do óbito.18:28." Escuto outra voz e me desespero.

"Não. Ela não morreu. Não." Começo a negar com a cabeça olhando em volta buscando alguma esperança, mas não a vejo em nenhum dos rostos.

"Você quer uma água?" Alguém pergunta.

Nego com a cabeça e saio do quarto às pressas, caindo de joelhos no corredor, tampando o rosto e me entregando ao pranto. O desespero preenche o corpo. Eu não sei o que fazer. Eu não sei o que pensar. Eu não sei o que sentir.

Louis é tudo o que se passa em minha cabeça, enquanto eu choro sozinho em um corredor gelado pela morte da mãe dele.

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