EXTORSIONÁRIO [L.S]

By trouxapeloharry

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EXTORSIONÁRIO: aquele que prática extorsão. Extorsão é o ato de obrigar alguém a tomar um determinado compor... More

aviso.
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epílogo
nota final & agradecimentos.
depois do fim
trailer final
🤍
Ebook de extorsionario (parte 1)

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27.6K 3.5K 16.2K
By trouxapeloharry

Denver, Colorado.
Segunda-feira, 18 de outubro de 2016.

O frio na minha barriga não parece desaparecer, nem quando Louis diminui a velocidade pegando um caminho de terra batida, nem quando as minhas mãos trêmulas em excitação voltam para o guidom. Meu corpo inteiro parece estar em alerta, como se eu tivesse acabado de acordar de um coma de muitos anos. Eu pareço estar reaprendendo como viver - mesmo sendo da maneira mais errônea e ilícita possível.

Meu sangue corre apressado nas veias contrastando com a velocidade da moto que cada vez diminui mais. Percebo que estamos entrando em um caminho estreito rodeado por árvores. Talvez seja por isso que ele tenha escolhido a motocicleta, um carro certamente não passaria por aqui.

Louis é cauteloso ao pilotar, já que o chão de terra parece levemente molhado, como se estivesse acabado de chover nesta região. Não faço ideia de onde estamos, mas o caminho é bonito, apesar de remoto. Alguns galhos secos batem em meus braços, me causando alguns arranhões, mas não reclamo, e apenas permaneço segurando firmemente no guidom.

Quando Louis diminui ainda mais a velocidade, percebo uma espécie de cabana mais a frente que me parece velha e abandonada demais para ser habitada por alguém. A pequena cabana é revestida por troncos grossos de madeira e não parece haver nada além de folhas de árvores no chão no caminho até ela. Louis freia no meio das folhas, fazendo a moto deslizar levemente e a desliga. Fico paralisado por um instante, não sabendo ao certo o que fazer, mas ele me impulsiona pela cintura e meus pés tocam o chão.

Não sinto medo, acho que esgotei todo o meu estoque nos últimos dias, também não estou tranquilo. Estou anestesiado, acho que essa seria a melhor definição.

Antes que eu possa dizer algo, Louis para ao meu lado e me encara.

"Não pense que eu sou coração mole porque fiquei com dó de te deixar na estrada." Ele diz de forma ríspida. "Se você começar a falação na minha cabeça, eu juro que te mato de forma dolorosa e te enterro no pé de alguma dessas árvores onde ninguém nunca vai achar o seu corpo."

Suas palavras não surtem efeito algum em mim, eu realmente já não me importo mais.

"Você mora aqui?" Pergunto enquanto vou caminhando com ele até a porta de madeira velha.

"Não." Ele responde seco, sem me olhar, indo em um dos vasos de cerâmica quebrados na varanda e pegando uma chave.

Quando subimos os dois degraus que dão acesso a varanda percebo o chão ranger, e não duvido nada que esse montante de madeira podre desabe sobre nossas cabeças.

"Então o que é aqui?" Pergunto curioso.

"Uma espécie de refúgio que eu mantenho quando as coisas fogem de controle." Ele diz ainda sério, colocando a chave na fechadura e abrindo a porta que range fortemente. "É isolado e no meio do nada, praticamente impossível de rastrear."

Oh, céus! Estou fodido.

Quando entro, percebo que não é tão ruim quanto o lado de fora, apesar de continuar sendo ruim. Há um sofá pequeno, velho e empoeirado no meio da sala, uma mesa que abriga uma televisão de tubo, e uma mesa com um computador de mesa que mais parece um geringonça. Adentro mais um pouco e percebo que a cozinha é ligada à sala, e mais ao fundo vejo um único quarto com uma cama de casal que parece não ver um lençol novo há anos e um colchão de solteiro sobre a cama, mas meus olhos se espantam ao ver o cubículo que eu suponho ser o banheiro. Essa merda não tem porta.

Eu estava sendo mantido no meu apartamento no luxo e reclamei, para agora estar aqui. Olho em volta levemente desesperado e percebo que decaímos cem por cento.

"Senta no sofá e fique calado. Eu preciso resolver algumas coisas." Louis diz e me empurra para que eu me sente.

Assim que meu corpo colide com o assento do sofá, um vestígio de poeira sobe na hora e eu espirro.

Puta merda, se eu não morrer com um tiro ou com uma facada, certamente eu morro de alergia.

Louis caminha até a mesa e se abaixa ao lado do que suponho ser um gerador. Ele o liga e assim que o barulho começa a preencher a cabana, percebo também que a luz da sala começa a piscar e se acender. Pelo menos tem luz ㅡ tento me motivar.

Ele puxa a cadeira próximo a mesa e começa a ligar a máquina ultrapassada em sua frente - que eu suponho ser um computador.

"Eu posso ligar a televisão?" Pergunto depois de um tempo.

"Deve." Ele responde sem me olhar. "A qualquer momento deve sair coisas sobre você nos noticiários."

Ele tem razão. Assim que Linda conseguir falar com a polícia, eu provavelmente serei um material das notícias da cidade.

Sequestrado? Morto? Esquartejado? Não, apenas numa cabana no meio do mato, tentando ligar a porra de uma televisão de tubo.

Quando finalmente consigo, a imagem é péssima, mas me contenho com o que tenho. Me ajeito no sofá e tento ficar confortável. Minha bunda dói por ter andado algumas horas sentado no motor de uma moto, apesar de ter sido uma das experiências mais transcendentes da minha vida.

Observo Louis se levantar e pegar um aparelho telefônico que parece ter saído de algum desenho e que provavelmente deve ter sido tecnológico nos anos 2000 . Ele o coloca na orelha e para minha surpresa, parece funcionar.

"Fala, Hilton. Eu demorei a ligar porque tive uns contratempos indesejados." Ele diz ao telefone e seus olhos encontram os meus, me fazendo desvia-los rapidamente. "Consegui ter sinal só agora, estou ligando para saber notícias d-"

E a voz dele simplesmente some quando ele entra no quarto. Inclino a minha cabeça para tentar vê-lo ou ouvi-lo, mas o barulho do gerador não permite. Me levanto fazendo o menor alarde possível e vou caminhando na ponta dos pés até o quarto. Fico à espreita e vejo ele sentado próximo a cabeceira da cama, com o telefone na orelha e de cabeça baixa.

"Eu sei, eu já esperava isso. Mantenha a descrição, você será compensado por isso. Qualquer notícia, entre em contato comigo. Você sabe como."

Noto que ele está prestes a desligar, então me viro rapidamente para voltar para o sofá sem que ele perceba que eu estava ouvindo a sua conversa, mas quase perco a força nas pernas quando vejo a porta da cabana se abrir de repente.

Zayn se assusta me assustando e ele pega a arma apontando-a para mim em uma questão de segundos.

"Não me mata." Grito em desespero com os olhos arregalados.

Percebo que não tenho medo da morte quando ela ameaça vir de Louis, mas quando é Zayn que aponta uma arma em minha direção, eu quase mijo nas calças.

Ele me encara com o semblante fechado e franze as sobrancelhas ao abaixar a arma.

"Que porra você está fazendo aqui?" Ele pergunta parecendo surpreso.

"Eu vim com Louis." Explico e para minha sorte, sinto Louis surgir atrás de mim.

"Demorou." Louis diz ao parar ao meu lado. "Se livrou da velha?"

"Livrei." Zayn responde ainda com as sobrancelhas franzidas e aponta para mim. "O que ele está fazendo aqui?"

"Nem me lembre." Ele revira os olhos e caminha até o centro da sala, ficando próximo a Zayn.

"Louis, você enlouqueceu? Ele é a peça principal desse assalto. A essa hora a polícia deve estar atrás dele e você o traz para cá?"

"Ele não quis ficar na estrada." Louis dá de ombros e eles parecem não se importar com a minha presença ouvindo uma conversa sobre mim.

"Ele não quis?" Zayn pergunta retoricamente parecendo perplexo.

"Não." Louis rebate.

"E desde quando ele tem que querer? Você está ficando frouxo, Louis?"

Me assusto no momento em que Louis voa em cima de Zayn o pegando pela gola da camisa e pareando os rostos. Dou um passo para trás e engulo em seco.

"Nunca mais me chame de frouxo, ou será a última coisa que você vai falar na vida." Louis grunhe entre os dentes, e solta Zayn de forma abrupta, se virando passando as mãos pelos cabelos como se nada estivesse acontecido. "Eu sei o que estou fazendo. Eu só preciso pensar... mas vocês parecem não me deixarem fazer isso. Quando não é Harry que conversa pelo cu, é você, Zayn. Puta merda."

Zayn nega com a cabeça e passa a mão pelo rosto, ajeitando a camisa enquanto Louis volta para a mesa do computador. Aproveito e me sento no sofá, recolhendo as pernas até o peito.

"Precisamos conversar por código?" Zayn pergunta.

"Não. Só seja discreto. O que foi?"

"Você já refez a transação?"

"Estou fazendo isso agora. Metade vai para uma conta, a outra metade para outra. Metade do dinheiro é seu, e irei te dar todos os acessos.

"E você ligou lá para saber notícias?" Zayn continua.

"Na mesma. Acho que seis meses serão."

Tento compreender a conversa, mas não entendo o que eles falam. Meus olhos ficam atentos nos dois, enquanto eles conversam.

"Eu sinto muito, Louis." Zayn diz baixo e eu franzo as sobrancelhas.

Sente muito por que?

"É o que é. Eu fiz o que eu pude." Louis diz sem erguer o olhar.

"E depois?"

"Depois a minha vida acaba." Louis responde erguendo o olhar para Zayn e eu prendo a respiração.

Como assim a vida dele acaba? Isso é uma espécie de enigma?

"Daquele jeito?" Zayn pergunta.

"Daquele jeito." Louis confirma e então desvia o olhar para mim, me pegando em flagrante com meus olhos presos nele. Tento disfarçar, e desvio os meus olhos para as minhas mãos. "O que foi, bonequinha? Perdeu o cu na minha cara por acaso?"

"Eu não gosto que me chame assim." Ergo o olhar para encará-lo.

"Como prefere?" Ele ergue uma sobrancelha. "Minha donzela? Minha dama? Minha Bonnie? My baby?"

"Prefiro Harry." O corto rapidamente.

"Eu acho que gostei de donzela." Ele diz parecendo querer mudar de assunto para que eu não fique pensando e nem matutando sobre a conversa dele com Zayn. "A minha donzela presa na torre esperando o príncipe encantado e eu chego metendo o pé e destruindo a porra toda. Não parece uma linda história de amor pra você?"

"Você é mesmo surpreendente e encantador com suas histórias." Digo em sarcasmo e mudo de assunto, sentindo o meu estômago roncar. "Eu estou com fome."

"Está, meu amor?" Ele pergunta ironicamente e eu assinto. "Levanta a sua bunda do sofá e vai fazer então. Você acha o que? Que eu sou a porra da sua babá?"

Lanço a ele um dedo do meio e vou caminhando até a cozinha.

"Enfia esse dedo no cu." Ele vocifera e eu não me contenho em soltar uma risada baixa.

Louis é definitivamente uma graça.

Quando abro a geladeira ouço a voz de Zayn sussurrada e distante.

"Quanto tempo pretende mantê-lo aqui?"

"Só até a poeira abaixar."

Acho então que sou refém novamente. Ótimo!

Vasculho a geladeira velha e ela fede. Mexo em algumas latas e percebo que não há muita coisa.

"Só tem refrigerante quente e algumas latas de salsicha aqui." Digo e olho por cima do ombro para Louis.

"Abra os armários." Ele aponta para os armários próximo a minha cabeça e os abro, vendo alguns mantimentos. "Pode escolher o que quer preparar e prepare."

Volto a olhar para ele e ele me encara.

"Eu não sei cozinhar." Sussurro de forma tímida.

Louis revira os olhos tão fortemente e vem caminhando em minha direção. Quando ele para ao meu lado, eu me afasto, voltando para a sala.

"Ei, ei, ei." Ele me chama. "Eu não vou cozinhar pra você não. Vou te ensinar a fazer alguma coisa que preste nessa sua vida de merda... então faça o favor de voltar aqui."

Volto pisando alto e Louis começa a me ensinar a preparar algumas coisas. Sempre com um elogio motivador como: "Você é um imprestável, baby. Me dê essa merda aqui. Você não serve pra nada. Puta a merda, como você é inútil, baby" e coisas desse tipo.

Ele sempre usa o "baby" para tentar amenizar os danos, como se desse um soco e logo em seguida um beijinho para sarar.

Quando finalmente o meu martírio acaba, minha fome está dobrada e eu como sem reclamar: um prato de arroz, macarrão e salsichas. Por sorte, o gerador fez com que a geladeira gelasse ao menos um pouco e o refrigerante não está mais em temperatura vulcânica.

Eu provavelmente terei uma infecção alimentar.

Termino de comer, assim como eles e me ajeito no sofá vendo a imagem ruim da televisão. Eles parecem resolver algumas coisas em frente ao computador e o odor de maconha inunda o ambiente, que parece pequeno demais para dissipar o cheiro.

Eu passo o restante da tarde calado, já que todas as vezes que abro a boca, Louis me insulta de milhares de coisas diferentes. Eu prefiro facilitar a minha vida e a dele.

Quando anoitece, fico pensando em como irei usar o banheiro, já que Zayn tomou um banho sem parecer se importar de não ter porta.

"Louis, como irei tomar banho?" Pergunto baixo e ele ergue o olhar para mim por trás do monitor do computador.

"Você liga o chuveiro, entra debaixo dele e se ens-"

"Você entendeu." Reviro os olhos e gesticulo para o cômodo. "Não tem porta"

"Pegue um lençol no quarto e pendure. Ninguém quer ver seu corpo."

Ótimo, mais um insulto. O que eu esperava carinho?

Não é porque ele tem raros momentos de afeto que eu posso esperar dele qualquer coisa que não seja me machucar. Engulo em seco e nego com a cabeça.

"Tem escova de dentes?" Pergunto.

"Tem a minha."

"Eu escovo com o dedo. Pode deixar."

Vou até o quarto e acho um lençol velho e rasgado e levo-o até o banheiro, pendurando-o na porta. Acho também uma toalha que parece o mínimo possível higiênica e também a pego. Uso o banheiro e tomo um banho rápido, sentindo um pouco de nojo de usar o sabonete. Escovo os meus dentes com o dedo e lavo a minha cueca no chuveiro, a pendurando em um dos pregos. A água ao menos é quente, disso não posso reclamar. Quando termino, visto a minha calça de moletom e a minha camisa, e saio do banheiro vendo Louis, sentado onde eu estava há minutos atrás, cheirando cocaína.

Se ele tivesse uma overdose agora e dependesse de mim para salvá-lo, ele iria morrer à mingua.

Nego com a cabeça e vou até o quarto abrindo uma das gavetas tentando achar um desodorante, e agradeço por achar um.

Volto para a sala e vejo Zayn deitado no colchão de solteiro na sala, a arma como sempre, repousada na cintura.

"Onde eu vou dormir?"

"Na cama." Louis responde de olhos fechados parecendo usufruir dos efeitos que a droga faz em seu corpo, seja lá qual forem.

"E você?"

"Na cama."

"Mas só tem uma cama."

"Exatamente." Ele diz parecendo desinteressado.

Solto um suspiro alto e volto para o quarto, tirando o lençol e o batendo no ar para tentar tirar um pouco da poeira. Tiro a fronha de um dos travesseiros e o cubro com a toalha que usei no banho. Me deito e fico olhando para o teto.

Vou pensar nisso como umas férias forçadas. Afinal, eu que insisti que ele me trouxesse. Naquele momento me pareceu a melhor opção, o que eu estou começando a reconsiderar agora.

Observo Louis se levantar e ir até o banheiro. O chuveiro é ligado instantes depois. Pelo menos ele ira dormir limpo. Fecho os olhos e lembro do que ele disse: "até a poeira abaixar" e repito para mim mesmo: é só até a poeira abaixar.

Quero muito acreditar nisso.

Estou cochilando quando sinto a cama se afundar ao meu lado, abro os olhos e vejo que Louis se deitou, com os cabelos molhados e sem camisa, vestindo apenas uma calça de moletom. Prendo a respiração e tento não me mexer para que nossos corpos não se toquem.

O quarto está mais escuro e percebo que ele deve ter desligado o gerador, e trouxe apenas uma lamparina para iluminar levemente. Me viro de costas para ele e encolho o corpo. Puxando o cobertor para as minhas pernas. Não sei onde está a sua arma, e também não faço questão de saber.

"Não vire as costas pra mim." Ele resmunga ao meu lado.

"Eu durmo assim." Resmungo de volta.

"Não dorme não." Ele diz e eu congelo ao sentir seus dedos procurarem por minha cintura ao que ele se aproxima. "Você está azedo hoje, baby. O que aconteceu?"

"Eu estou fazendo apenas o que você manda." Digo baixo, sentindo meu coração acelerar quando seus lábios tocam a minha nuca. "O que você está fazendo?"

"Ficando perto de você." Ele sussurra e eu me afasto do seu corpo, mas ele se aproxima novamente.

Meu corpo inteiro lateja quando ele me abraça pela cintura, me puxando para o seu peito.

"Tem como você se afastar?" Peço baixinho, não sabendo ao certo se é isso mesmo que eu quero.

"Você não gosta de abraço?" Ele pergunta e eu fico com raiva.

Ele me humilha o dia inteiro, ameaça me abandonar no meio de uma estrada deserta, me relembra o quanto a minha vida é uma merda, me manda calar a boca de cinco em cinco minutos, é agressivo comigo, e agora quer me abraçar?

Me viro e encaro os seus olhos azuis refletindo a luz amarela da lamparina, seu semblante é neutro, mas o meu não. Meu rosto queima de raiva.

"Dos seus não." Respondo rígido. "Qual que vai ser seu próximo passo? Tentar me estuprar também?"

Suas sobrancelhas se franzem de imediato e ele me encara sem piscar por alguns segundos parecendo não acreditar nas palavras que saíram da minha boca. O pior é que nem eu mesmo acredito e me arrependo na hora por ter falado isso.

Ele contrai os lábios e suas narinas se abrem levemente enquanto ele expira profundamente. Percebo que de todas as vezes que o vi bravo, nenhuma delas foi tão intensa como agora. Ele nega levemente com a cabeça e desvia os olhos dos meus.

"Boa noite, Harry." Ele diz entre os dentes, e se vira dando as costas para mim.

Eu me deito de volta no travesseiro soltando um suspiro alto e olhando para o teto. Eu não deveria me sentir mal por isso, afinal, ele é um filho da puta completo, mas de certo modo, por mais que eu não queira, eu me sinto. Fecho os olhos e tento dormir, apesar do meu peito queimar em arrependimento.

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