Maré Vermelha

Autorstwa carlosmrocha

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Kyle e seus companheiros atravessam mares no navio, Estrela do Crepúsculo, com a ajuda do capitão Dacsiniano... Więcej

Lembrete
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
CAPÍTULO 41
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43
CAPÍTULO 44
CAPÍTULO 45
CAPÍTULO 46
CAPÍTULO 47
CAPÍTULO 48
CAPÍTULO 49
CAPÍTULO 50
CAPÍTULO 51
CAPÍTULO 52
CAPÍTULO 53
CAPÍTULO 54
CAPÍTULO 55
CAPÍTULO 56
CAPÍTULO 57
CAPÍTULO 58
CAPÍTULO 59
CAPÍTULO 60
CAPÍTULO 61
CAPÍTULO 62
CAPÍTULO 63
CAPÍTULO 64
CAPÍTULO 65
CAPÍTULO 66
CAPÍTULO 67
CAPÍTULO 68
CAPÍTULO 69
CAPÍTULO 70
CAPÍTULO 71
CAPÍTULO 72
CAPÍTULO 73
CAPÍTULO 74
CAPÍTULO 75
CAPÍTULO 76
CAPÍTULO 77
CAPÍTULO 78
CAPÍTULO 79
Epílogo

CAPÍTULO 7

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Autorstwa carlosmrocha

Apesar da grande preocupação causada pelos tempos difíceis, Modevarsh demonstrava bastante satisfação. Cuidava dos últimos detalhes da decoração do novo cômodo que acabava de moldar no interior da montanha. Deu-se ao trabalho de criar padrões geométricos simples no piso polido e perfeitamente plano. Havia sido a parte mais difícil do trabalho. Móveis com base de pedra e acabamento em madeira, todos produzidos com velocidade impensável. Sendo apenas possível concluí-los em tão pouco tempo através de meios mágicos. Com uma ou duas semanas poderia construir um jardim interno e fazer umas aberturas que trouxessem luz solar ao local. Por hora, o ambiente seria iluminado por pequenos cristais dotados de brilho azulado. A luz era constante e de pequena intensidade, gerando iluminação suave. Estes cristais foram fixados em protuberâncias cilíndricas cuidadosamente modeladas que podiam ser tampadas com encaixes de pedra opaca.

– Pronto! – disse o silfo ancião dando voz a seu pensamento.

– Agora um pouco de paciência! O bom Radishi contatou-me há pouco me advertindo sobre sua chegada. Devem estar quase chegando. – Modevarsh pensava alto e sentou-se em uma poltrona de pedra recoberta com uma fina camada de madeira e tecido. – Humpf! Depois de tantos anos finalmente cheguei a isto! Conversar sozinho! Seria ansiedade? Minha juventude já se foi! Não é mais hora de sentir ansiedade e impaciência! O que há comigo? Meu fim a se aproximar? Não! Simplesmente não posso ir! Há muito a ser feito. Oito estações! Isso oito estações é tudo de que preciso... Ao menos cinco.

Ajeitava-se na poltrona franzindo o cenho – E quanto a Vekkardi? Essa viagem repentina!! Jovem impertinente! Começou a ficar como o irmão! Não dá mais atenção ao que digo. Preciso meditar a este respeito!

Então o silfo calou-se, fechou os olhos e ficou imóvel até o crepúsculo. O único movimento que fez durante sua meditação era de expansão e contração do tórax. Respirava suavemente e com freqüência muito pequena. Apenas um observador atento poderia notar a respiração suave e lenta. Deixou o estado de contemplação involuntariamente devido a um novo contato por parte de Radishi que anunciou em contato direto com sua mente. “Chegamos senhor Modevarsh! Sinto que seus companheiros estão tão ansiosos como o senhor para encontrá-lo.”

Modevarsh deixou seu estado de meditação um pouco incomodado com a natureza das revelações que lhe foram apresentadas, ainda demasiadamente incompletas.

Mas logo abandonou esta sensação. Foi substituída, de imediato, pela grande satisfação de reencontrar os companheiros do clã que abandonara há tanto tempo.

– Olá senhor Modevarsh! Como tem passado? – Veio a voz de Radishi que entrava na câmara naquele momento.

– Bem. Obrigado por cumprir esta tarefa, bom Radishi. – Modevarsh observou o rapaz e notou que sua pele havia assumido uma bela tonalidade bronzeada. Seus olhos azuis transparentes inspiravam confiança e foi assim desde o princípio, Modevarsh confiou em Radishi irrestritamente. Outro fato interessante era que o jovem tisamirense perdera o hábito de usar roupas em excesso. Vestia uma camisa de mangas curtas e não usava panos enrolados sobre toda a cabeça deixando à vista apenas os olhos. Assim ficava bem à vista a tatuagem circular e vermelha no centro de sua testa assim como sua barba bem cuidada formando apenas um cavanhaque. Modevarsh observava os cabelos negros e encaracolados de Radishi caindo-lhe sobre a face e percebia que Radishi era um jovem bem-afeiçoado.

– É um prazer ser útil Sr. Modvarsh. Seus convidados aguardam sua permissão para aqui entrarem.

Modevarsh franziu a testa e disse – Isso não seria necessário, bom Radishi. – Encarou o rapaz por um momento – Algo o incomoda?

Radishi possuía uma expressão preocupada e desabafou – Sim. Sinto vibrações ruins que aumentam todos os dias, vindas de toda a parte. Incomoda-me não poder contrapor esta onda avassaladora de energia negativa.

– Minhas preocupações somam-se as suas, bom Radishi. Mas antes de lidarmos com isto, quero pedir-lhe outro favor.

– Diga Sr. Modevarsh.

– Gostaria que seguisse a trilha de Vekkardi e o acompanhasse em sua jornada recém-iniciada.

– Certamente! Já partiu?

– Ontem. Não deve estar longe. Ruma para Lacoresh e isso me preocupa muito.

– Certo, partirei o quanto antes.

– Muito bem, bom Radishi. Agradeço sua presteza.

– Pedirei a seus convidados que entrem. Já esperaram demais.

– Muito bem, novamente, obrigado, bom Radishi.

Com isso Radishi se virou e empurrou as camadas de pano cortinado que bloqueavam a entrada da gruta. Em seguida adentrariam três silfos. O primeiro, alto, jovem e robusto segurou o cortinado para os outros dois passarem. Possuía cabelos negros, curtos e anelados. Usava cavanhaque curto e suas orelhas pontudas eram um pouco mais evidentes que o normal.

Curvando-se levemente entraram os outros dois. Primeiro uma silfa de idade avançada, usando ao redor da cabeça uma coroa de pequenas flores silvestres. Possuía cabelos brancos lisos e curtos e sua pele era levemente enrugada. Apesar disso tinha um largo sorriso no rosto e movia-se livremente o que lhe conferia um aspecto jovial. Carregava nos braços um coelho o qual acariciava.

Em seguida, entrou o outro. Bastante velho com dificuldades de locomoção, apoiando-se em uma bengala. Possuía longos cabelos brancos finamente trançados. Era magro e baixo e tinha uma grande barba branca, também trançada, raridade entre os silfos.

Modevarsh era o mais velho de todos, assim, segundo seus costumes o silfo mais jovem o cumprimentou primeiro. Dali para diante conversariam todos em sílfico.

O jovem aproximou-se, curvou-se e disse: – É um prazer conhecê-lo ancestral! Sou Roubert, seu descendente de quinta geração.

– Quinta? Não sabia que tinha um braço da família tão fértil! Seja bem-vindo jovem Roubert!

Roubert sorriu e deu um passo para trás.

A silfa soltou o coelho no chão, mas este não saiu de seu lado enquanto caminhava. Aproximou-se de Modevarsh e beijou-lhe o rosto. “Estou feliz por vê-lo novamente, Modi. Trouxe presentes.”

Modevarsh sorriu e sentiu uma leveza que não sentia há tempos. – É ótimo vê-la, cara Lalith! Está radiante como sempre!

Lalith fez um gesto delicado com ambas as mãos e imediatamente o ambiente foi preenchido por um perfume suave de flores. Em um instante desabrocharam centenas de flores de cores e variadas nos vasos e canteiros da parte lateral da câmara. Em seguida cedeu espaço para o segundo mais velho se aproximar.

– Modevarsh! Você envelheceu! Ho Ho Ho!

Modevarsh sorriu e disse. – Todos nós, não é mesmo velho amigo!?

– Nada disso! Eu não. Eu não!

– O que pretende dizer, Lourish?

– Que não estou velho, ora bolas!! Estou mais jovem e vigoroso do que nunca. Essa aparência é apenas um disfarce mágico, para não deixá-lo sem jeito!

Modevarsh riu alto. – Isso é muito engraçado, Lourish! Desde quando você desenvolveu o senso de humor?

– Não sei... Talvez tenha sido depois de me encontram com um jovem e misterioso silfo. Chama-se Alunil, e vive na cordilheira de Thai, já ouviu falar dele?

– Alunil, não é? – O sorriso de Modevarsh alargou-se. – Nunca ouvi falar!

– Ho ho ho! Seu velho trapaceiro! – Esticou os braços e abraçou o amigo que não encontrava há mais de quatrocentas estações.

Roubert estranhou a conversa e pouco pode entender. Mas concluiu que haveriam coisas sendo ditas nas entrelinhas. Sendo ele jovem e impaciente acabou sendo indelicado. – Senhores, por favor! Será que podemos ficar aqui rindo, enchendo o local de flores e decoração enquanto todo o mundo está desmoronando lá fora?

– Roubert, Roubert! – Lalith chamou-o delicadamente. – Tenha paciência. Na vida precisamos aproveitar os bons momentos quando eles se apresentam, mesmo que existam outras coisas ruins a nosso redor. Sabe por quê?

Roubert ficou calado e percebeu que havia sido indelicado.

A silfa bondosa prosseguiu – Porque sempre existem coisas ruins ao nosso redor. É apenas uma questão de ponto de vista.

– Não fique abatido meu jovem. – anunciou Modevarsh. – Compreendo bem sua aflição. E é bem verdade que não nos reunimos com o objetivo de festejar. Vamos discutir coisas importantes, sim! Mas precisamos relaxar, descansar e conversar a respeito de outras coisas também, compreende?

– Sim, ancestral. Perdoe-me. Fiquei confuso com a conversa de vocês e deixei escapar um pouco da dor e sofrimento do que presenciei e que agora estão dentro de mim.

– Entenda outra coisa jovem Roubert, e preste bastante atenção. Há urgência em agir. Mas nossas ações nada poderão contra o turbilhão que se apresenta diante de nós.

– O que então poderá se contrapor a esta onda maligna que surge?

Modevarsh olhou para seus companheiros e disse. – Estamos velhos, não podemos contrapor tal coisa diretamente. O essencial em nossas vidas já fizemos.

– Não compreendo, se vocês, os mais sábios e poderosos nada podem, quem poderá então?

– Não disse que nada podemos. Podemos sim. Podemos ajudar. Ajudar aqueles que precisam e querem ser ajudados. Aqueles que não querem ser ajudados, não serão. Serão apenas quando quiserem.

– Perdoe-me ancestral, mas sua fala me confunde. O que sei é que muitos dos nossos foram mortos, muitos mais morrerão. A corrupção chegou ao centro de nosso clã, seu atual lider, Rodevarsh, seu irmão, ordenou que Lourish e Lalith fossem executados. Enquanto isso, o reino dos humanos foi dominado por senhores malignos, e isso tudo parece ser apenas o começo! Como o senhor pode ficar assim tão calmo!? Será que o senhor não se importa?!

Lourish virou-se para Roubert ergueu sua bengala e acertou-lhe na cabeça. – Já basta Roubert! Observe seus modos!

– Seja paciente com ele, Lourish – pediu Modevarsh. – Roubert, meu jovem, é visível que está muito ansioso por encontrar respostas para suas perguntas e para combater o mal. Isso não é necessariamente ruim. De fato, pode transformar-se em uma coisa boa. Sei que já esteve em contato com os humanos e aprendeu sobre suas maneiras.

– Como sabe? O senhor nem me conhecia? – perguntou desconfiado.

– Escute meu jovem, não me questione. E não pense que porque Rodevarsh é meu irmão que sou como ele!

Roubert engoliu secou. – O senhor lê mentes?

– Não, mas tenho muita experiência. Pois me escute! Quero que se vá. O que faremos aqui é discutir e planejar mais que agir.

– Mas senhor...

Foi interrompido por Modevarsh que seguiu. – Quero que acompanhe o bom Radishi e meu discípulo, Vekkardi em uma jornada ao reino de Lacoresh. Lá você terá sua chance de combater o mal e talvez possa entender o que isso realmente significa!

Roubert ficou em silêncio por uns momentos e aceitou o fato. – Sim senhor, eu irei!

– Ótimo, pois é melhor se apressar para ir com o bom Radishi.

Roubert curvou-se para despedir-se dos silfos anciões e tomou a direção da saída. Porém, antes de sair, foi advertido por Lalith. – Roubert querido, procure acalmar-se. Pense em coisas boas e deseje o bem. Procure não usar a força, use-a somente em última instância.

– Obrigado pela preocupação senhora, adeus a todos! – disse o jovem silfo e saiu da gruta carregando grandes amarguras em seu âmago.

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