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Restou apenas as folhas de outono. A primavera havia ido embora, levando sua cor e vida. Restou só folhas, secas e sem vida. E depois quando o outono arrastou suas folhas e levando-as e para longe do inverno, foi no verão que a vida voltou. Assim como o coração daquele homem vil.
O fedor de sangue incomodou seus sentidos e ele acordou. O sol queimava, ardente e iluminava até o lugares mais sombrios. Essa mesma estrela, deixou todo o corpo daquela pobre alma tão quente quanto um pedaço de pau pegando fogo. Ele rolou no chão e saiu para longe daquele feixe de luz.
— Porra, voltei para essa câmara maldita?
Foi então, somente após praguejar, que a pobre alma abriu os olhos e entendeu o que estava acontecendo.
"Eu renasci?"
Ele abaixou seu olhar e viu todos seus membros no lugar, mas essa era uma roupa estranha, um corpo estranho e uma voz estranha.
"Quem me trouxe a este corpo deve estar louco!"
"Nem eu me reviveria..."
Mas... havia um pequeno problema.
Maldição! Ele estava sangrando!
A pobre alma renascida bateu em seus pontos e acupuntura para parar o sangramento e correu. Correu como se dependesse disso para sobreviver... e bem, ele dependia.
Não muito longe dali, um vendedor tentou parar alguém que tentaria um suicídio indireto.
— Vai caçar na montanha? Tem certeza disso? — O velho perguntou a um transeunte, que estava com um uniforme de seita e ia em direção à floresta, ao norte do vilarejo. — Não sabe que é perigoso, imortal?
— Cale-se, velho! — Um homem de temperamento rude aproximou-se do comerciante idoso que vendia ervas medicinais de grau extremamente baixos.
Esse homem rude era um pequeno vendedor de rábanos e sua barraca fazia fronteira com a do velho.
— Não seja tão parvo e se intrometa na vida de outros!
O caçador parou sua caminhada e em frente da barraca daquele velho, educadamente questionou:
— O que é tão perigoso na floresta, senhor? Pode não parecer, mas sou uma pessoa com grande poder, talvez eu possa ajudar.
O velho deu um sorriso aliviado pela pergunta, geralmente ninguém parava para escutá-lo, mas aquele jovem caçador resolveu fazer isso. Estava saltitante por dentro.
— Oh, senhor caçador, algumas semanas atrás um grupo de caçadores entrou na floresta, todos eram jovens como o senhor, mas pareciam experientes. Suas roupas eram boas e tinham muitos tesouros e estavam empolgados para ir a floresta subjugar o mal, quase pensei que aqueles jovens eram cultivadores... — suspiro... — Bem, bem, alguns dias depois eles retornaram da floresta. Os garotos estavam amedrontados, todos sujos de sangue e escorando uns nos outros. Alguns deles foram bastante machucados. Seus ferimentos eram exagerados e... ah! O grupo estava menor. Vieram... — Ele começou a usar os dedos para contar. — Seis, sete... nove deles foram e apenas quatro voltaram.
