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O contraste rosado dos pessegueiros com o azul intenso do céu era uma atração turística na Cidade de Cheu.
Na primavera, as flores de pessegueiro estendiam-se do sopé ao cume das montanhas que estavam levemente esbranquiçadas, coberta pelos espólios do inverno.
Mas quando o próximo outono chegaria, dessa vez, provavelmente seria a melhor colheita de pêssegos em décadas.
Nos anos dourados, diziam que os pessegueiros cobriam todo o vale, mas que a guerra destruiu .
Sangue e carne impregnaram na terra, parecia que não haveria recuperação, porém, um vento contrário salvou a planície: uma pequena árvore manteve-se firme diante do sofrimento e de suas perdas.
Agora ela estava sozinha e precisava a qualquer custo dar descendentes e honrar seus irmãos perdidos. E, com a ajuda de seus amigos pássaros, anos mais tarde, as sementes foram espalhadas.
O que era único fio de esperança no topo da montanha, se tornou a grande montanha dos pêssegos.
Sua persistência lhe levou a colher os frutos num momento melhor e ela pôde enfim descansar em paz quando seu ultimo pêssego fora comido antes de morrer.
Foi ainda alguns anos antes, trazendo uma incrível contribuição para o mundo. Essa pequena árvore pôde salvar centenas de vidas e recuperar um pouco da beleza do mundo após a ascenção das seitas demoníacas.
Logo após sua morte, uma seita de segunda categoria se estabeleceu na montanha dos pêssegos, iniciando uma cidade ao seu redor. A Cidade de Cheu se tornou um dos símbolos após o grande massacre dos clãs.
"Que Cheu-Sing* o amaldiçoe!"
Quando Cai Xing, entrou nessa cidade antes do massacre, foi ainda criança. Quando adentrou a cidade, foram as primeiras palavras que escutou e as últimas daquele aldeão que as proferiu.
Os guardas da cidade cortaram sua língua ainda na frente das crianças que escutavam suas ideias. As crianças foram presas e levadas a prisão subterrânea.
Cai Xing por outro lado, seguiu seu caminho fingindo ser surdo para que também não lhe levassem junto às crianças.
Um vento retirou o véu em seu revelando uma expressão complicada. Ele olhou para cima, onde aquele pessegueiro um dia esteve. Ele não se lembrava dos porquês de sua demonização. Faltava-lhe muitas memórias.
— Escutou os rumores? Um grão mestre passou pela cidade ontem à noite! Mas, todos têm se perguntado o porquê de um grão-mestre esteja vagando pelo mundo.
Um homem de meia idade comentou com seus companheiros enquanto seguia para das mesas do refeitório da pousada.
— Será algum movimento feito pelos demônios? Ouvi que o reino demoníaco esteve muito quieto. Isso não é bom... — O outro comentou e já chamando pelo serviçal.
