[Capítulo 21]. O Pecado Infernal da Luxúria (III)

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         No dia seguinte, ao nascer do sol, cerca de quarenta pessoas reuniram-se no pátio central de Xue Hua

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         No dia seguinte, ao nascer do sol, cerca de quarenta pessoas reuniram-se no pátio central de Xue Hua.

Qiao Qiu dava um discurso há mais de duas horas e Cai Xing quase pegou no sono. Havia um ancião do outro lado da plataforma fazendo alguns barulhos estranhos enquanto dormia e uma boa parte dos discípulos a serem recrutados estava entediado. Até mesmo Shen Zongshi parecia distraído com a palestra.

Cai Xing cutucou a cintura de Xie Yan:

— Quando vai terminar?

— Oh, desta vez, parece que não passaremos de mais meia hora. — Respondeu aliviado.

— Dessa vez? — Estava realmente curioso, Shibo Qiao gostava muito de falar.

— Sim, houve uma vez que Tio Qiao fez um discurso de meio dia. — A expressão no rosto do sobrenome Xie era incerta.

Cai Xing decidiu manter o comentário seguinte apenas em pensamento: "Ele não seria melhor como um estudioso da corte imperial do que um Chefe de Seita?"

— Alguém devia pará-lo, certo? — Cai Xing perguntou impaciente.

— Sim, mas porque alguém o faria? É melhor isso do que mais um teste. — Xie Yan encarou um 'Luo Hang' consternado e confuso. — Oh, talvez você não se lembre, mas no seu aniversário há três anos tio Qiao fez uma poesia para você. Ele ficou por três shichens discursando. A princípio a poesia era realmente bonita, até mesmo o Imperador Luo apreciou. Felizmente, o Imperador passou a ficar inquieto e pediu ao shibo que parasse.

— Realmente não me lembro. Certas situações são melhores, se esquecidas. — Respondeu amargo.

Não era apenas Cai Xing, mas todos estavam irritados com aquele discurso sem fim. Infelizmente, para ele havia algo a mais.

Uma sensação sinistra se apossou dele. Sentia vontade de matar. Segurar alguém pelo pescoço e fazê-la se render enquanto lentamente o ar escapa pelos pulmões. Cai Xing franziu a testa num olhar profundo e, sem querer, deixou sua intenção assassina ser liberada.

— Luo-xiong? — Assustado, Xie Yan o chamou. — O que houve?

Cai Xing com olhos frios, respondeu:

— Eu?... — Soltou uma risada zombeteira. — Por que exatamente eu diria a você o que estou pensando? Não lhe devo obrigações.

O garoto cruzou as pernas e encostou-se na cadeira, relaxado, observando as pessoas no pátio como se fossem uma formiga em seus olhos. Uma sensação sinistra apossou Xie Yan e ele não pôde deixar de recuar.

Não muito longe dali Shen Zhengyi franziu as sobrancelhas e virou-se para trás. Ele viu seu discípulo mudar sua expressão inexplicável para desconforto.

Falhas Eternas -  Vol. 01Onde as histórias ganham vida. Descobre agora