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O céu em Xue Hua, por algum motivo pareceu avermelhado aquela noite.
Shen Zhengyi havia saído para praticar ao luar, quando avistou seu discípulo no pátio. Estava nu acima da cintura e isso revelava as cicatrizes em suas costas.
A maior parte delas, tinha vindo do tribunal celestial durante o julgamento de seus crimes. Luo Hang havia recebido cento e cinquenta chicotadas, quando iniciaram a quebra de seu dântian e veias espirituais.
Era difícil entender a vontade de viver de Luo Hang. Ele aguentou tudo em silêncio, sem espremer um grito em sua garganta. Seu olhar em nenhum momento vacilou e sempre olhando para cima, todas as vezes que desmaiava parecia tornar sua determinação mais forte.
Luo Hang parecia se segurar por um fino fio de ódio.
As pétalas de flores subiram após a brisa surgir e pousaram nos cabelos de Shen Zhengyi. Ele não se importou com isso e sentou-se ali, guardando aquele local.
†
— Foda-se! — Cai Xing gritou com raiva.
O Jovem Mestre do Mal desistiu de todo o seu plano de se manter em controle. Os cipós do salgueiro vieram em sua direção como grandes chicotes.
Cada golpe selvagem pressionava Cai Xing em um canto e o afastava de Yu Mei. A inteligência do salgueiro era muito maior que qualquer expectativa existente. Além do quê, essa planta espiritual demoníaca não estava nos mapas fornecidos por nenhuma seita.
Com calma, ele pulava entre os obstáculos para diminuir a vantagem que o salgueiro tinha. Infelizmente, parecia que as árvores eram como nuvens para a planta espiritual. O choque fazia a madeira comum explodir e quebrar-se. No ritmo que estavam indo, em pouco tempo, restaria apenas a vegetação rasteira.
O pior, no entanto, era que eles pareciam uma formiga perto desse salgueiro. Bloqueou um golpe fatal que vinha em seu coração. Precisou de todas as forças para isso e cambaleou para trás, batendo as costas no tronco de uma árvore.
No instante seguinte, outro cipó dourado corria para si. Ele abaixou rapidamente e tentou desferir um golpe, mas a espada não conseguiu arranhar os braços do salgueiro. Agachado, ele saltou para o lado e logo, notou algo incomum. Todos os braços do salgueiro estavam indo em uma única direção.
— Porra!
Assim que a maldição saiu de sua boca, os pés já se moviam. Cai Xing aumentou a velocidade e golpeou os cipós dourados com ainda mais força. Já havia se passado três palitos de incenso e não avistava Yu Mei. Ele esperava que estivesse bem.
O peito se apertou numa angústia tão grande ao percebeu aquela insanidade e sede de sangue florescer dentro dele.Cai Xing se distraiu por um segundo e levou um tapa. Seu corpo foi jogado para longe com força e desabou no chão com as mãos para apoiar o corpo. Um gemido doloroso escapou de seus lábios, seguido por um sorriso de escárnio. Ele zombava de si mesmo por ser patético.
