[Capítulo 52]. Não diga que me ama mais

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            Shen Zhengyi não conseguiu descansar

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            Shen Zhengyi não conseguiu descansar. A ansiedade e o medo agarraram seu corpo quando fechava os olhos para meditar e a tentativa de se acalmar tornou-se um sonho distante.

Então, decidiu costurar. Os traços, no pano, a princípio não tinham forma definida. As linhas eram desconexas e sem sentido, como se estivesse em sincronia com aquele que desenhava. Sua desatenção não deixou vê-lo, o retrato final, mas notou o que fazia quando seu dedo foi picado e uma rala gota de sangue surgiu sobre seu dedo.

A cabeça de uma raposa, para a borla da espada. Ele suspirou exausto.

"Esqueça isso.", Ele pensou.

Lá fora, o mundo caía em tempestade. Então, ao longo daquelas lágrimas de nuvem, decidiu tentar mudar sua perspectiva procurando qualquer pista que lhe trouxesse uma nova luz.

Posteriormente, Cai Xing planejou ir até o palácio imperial, mas não podia acompanhá-lo casualmente. Precisaria de motivos para ir e maiores ainda para permanecer, não eram nada mais que mestre e discípulo. E o Imperador o detestava.

Apesar de dizerem que mestres são como pais, havia a verdade hipócrita quando ele assumiria esse papel. Mestres não eram pais e que precisariam se afastar no momento em que mais precisavam por que não eram da família.

Mestre Shen se pegou rindo de raiva. Detestava ser mesquinho e egoísta, mas desejava estar com Cai Xing. Não apenas como seu mestre.

De repente, uma pontada de dor o despertou. Havia picado mais uma vez o dedo.

O barulho do vento batendo contra as folhas estava o chamando para fora. Olhou para o pingente devidamente costurado. Queria ir, mas precisava ficar. Havia inúmeras coisas a se fazer.

Horas tinham se passado num instante e aquele momento de indecisão e tortura, perdurou até que um pássaro flamejante desapareceu em sua testa.

Uma mensagem espiritual de Huo Liangyi.

Mestre Shen largou o pingente recém acabado, endireitou os ombros e se pôs a meditar. A postura de lótus era perfeita. Sentado, com as pernas cruzadas e os pés em oposição as coxas. Os quadris alinhados com as mãos, que repousavam sobre os joelhos, relaxadas. Era incrível o quão estável e calmo se tornou em poucos segundos.

Talvez, ele fosse ótimo em fingir.

Sua pele estava vibrando com os pelos do corpo arrepiados. A cada palavra que absorvia da mensagem espiritual, Shen Zhengyi tornava-se mais desgostoso e seu corpo estranhamente desconfortável.

Uma gota de suor frio desceu em sua coluna, traçando um caminho até pingar sobre o tecido de sua roupa e desaparecer.

"Não há o que temer.", respondeu telepaticamente. "Ele está bem, não se preocupe."

Falhas Eternas -  Vol. 01Onde as histórias ganham vida. Descobre agora