49. A GLÓRIA E O SEU PREÇO.

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John estava finalmente na segurança do camarim da Garlical 4 depois de uma longa noite de premiação em Los Angeles naquela sexta-feira. Duas estatuetas com o nome da banda estavam alinhadas em uma das mesas de maquiagens, Frank às polia com uma flanela após os quatro integrantes da banda terem batido muitas fotos agarrando seus prêmios de todos os ângulos.

Cassandra estava com seu ponto e microfone, sentada em uma poltrona próxima à porta, resolvendo algo sobre a saída dos rapazes para a after party que Ariana Grande sediaria.

– Vocês têm certeza que preferem a da Ariana? Disseram que na do DJ Khaled vai ter o melhor buffet de sushi da cidade e performances de gueixas – quis saber a assistente.

– Mas a Ari é da turma e, além disso, já confirmei com ela que iríamos – disse Frank, finalmente descansando a flanela em seu ombro.

Então Cassandra saiu para contatar o motorista, deixando-os sozinhos.

Gary esvaziou a sua taça de champanhe e largou ao lado das estatuetas.

– Cuidado! – alertou Frank. – Acabei de polir.

Gary riu, marcando com um dedo a superfície prateada do prêmio, implicante. Frank soltou um muxoxo e se apressou para polir aquela digital marcada pelo amigo, o que também arrancou risos de John, que estava sentado no braço do sofá.

– Mas que bela noite, afinal! Mais um dia de glória para nós – comemorou Gary.

– Eu não diria que totalmente... – reclamou Finn, encostado à parede em um canto, fumando bem abaixo de uma plaquinha de "proibido fumar". – Nós perdemos a categoria mais importante.

– "Artista do Ano"? – questionou Frank. – Ah, qual é? Nós perdemos para a Taylor Swift! Não tem como bater de frente com ela... Com certeza éramos os segundos colocados nas pontuações. "Música do Ano" e "Banda do Ano" são, ainda assim, categorias principais – comemorou, otimista.

Garry encheu mais uma garrafa de champanhe, sorridente.

– Frank tem razão! – disse ele, animado. – E o Grammy ainda nem chegou. "Álbum do Ano", aí vamos nós!

John deu uma risadinha.

– "Álbum do Ano"? Você esqueceu da Taylor Swift? – lembrou.

Garry desmanchou o sorriso por um instante, mas Frank inclinou a cabeça, considerando, então falou:

– Pelo menos "Álbum de Rock", aí vamos nós! – brincou.

Todos riram, até mesmo Finn. John estava feliz por ver que, pelo menos por aquela noite, a banda parecia harmoniosa. Quando via os rapazes assim, brincando e rindo juntos, lembrava-se dos tempos em que todos eram adolescentes: tocando na garagem da mãe de Gary, compondo até de madrugada, bebendo cerveja e comendo pizza... ou muito macarrão de alho e óleo.

Alguém bateu à porta e todos disseram em uníssono para que entrasse, entre risos e brindes, imaginando ser Cassandra para guiá-los ao motorista.

Mas era Gillian Gavin, o empresário da banda.

– GG! – saudou Finn.

– Meus parabéns, garotos! – disse aquele homem baixinho e cheio de gel nos cabelos, em um smoking cor de caramelo.

– Vamos festejar muito hoje, Gavin. Vem com a gente! – chamou Frank.

– E vocês têm ainda mais motivos para festejar do que imaginam: agendamos 80 datas para a turnê do novo álbum a partir de abril do ano que vem! – vibrou o empresário, mas dessa vez os rapazes não vibraram junto, especialmente John.

Além das AveleirasWhere stories live. Discover now