A Fonte

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 – Quanto tempo acha que irá aguentar, familiar? O tempo de vocês é curto. – Salvatore abriu um sorriso cheio de dentes alinhados, os caninos eram ligeiramente pontudos.

O pretor estava sentado em uma cadeira, usava pulseiras anti-magia e estava amarrado, não que isso fosse detê-lo de alguma maneira, mas a humilhação já era suficiente.

Vincent sabia que Salvatore tinha razão. A magia de Sebastian era forte, penetrava no sangue da pessoa e afetava todo o corpo, a pessoa atingida não tinha como se defender, era controlada passivamente a seguir quaisquer desejos do familiar. Mas isso era temporário, até o organismo mágico lugar contra a magia, assim como acontecia com uma doença, mas nesse caso, o tempo dependia da força mágica da pessoa.

O feiticeiro deixou o quarto e todos vieram com ele, exceto Minerva, que permaneceu para vigiar Salvatore.

– É, talvez tenhamos mais duas horas até ele cair matando – avisou Bash – Vamos matar ele?

– Meu Deus, Bash, claro que não! – Vincent respondeu prontamente – Quanto tempo acha que vai demorar pro Conselho da Magia mobilizar tudo quanto é feiticeiro contra mim?

– Então, qual o plano agora? – Dante quis saber.

– Vamos interrogar ele, descobrir que merda está acontecendo nessa história com Leona e Maximus. Depois, vamos fugir daqui o mais rápido possível, antes que ele se recupere. – o feiticeiro explicou.

– Não acho que o castelo, do jeito que está, vai aguentar um transporte – Sam falou.

Vincent suspirou.

– Vamos sem o castelo.

– O quê!? – June, Sam e Bash disseram juntos. Todos perplexos.

– Olha, eu sei que ele tem um significado especial pra todo mundo aqui, mas não posso movê-lo agora e nós temos que ir embora. Sei que podemos arranjar um outro lugar.

– Outro lugar! – Dimitri grasnou e bateu as asas, empoleirado no ombro de Vincent.

– Calado corvo!

Houve um denso silêncio após isso que pairou sobre todos eles.

– Fiz a poção da verdade que você me pediu – June entregou o frasco com líquido o cor de mel dentro para o feiticeiro.

– Pra quê isso? – Bash quis saber – Eu posso fazê-lo falar.

– Quero ter certeza que ele falará a verdade – Vincent rebateu.

O feiticeiro voltou para o quarto e conjurou uma cadeira, sentando-se de frente para Salvatore. Esticou o braço, segurando o frasco com a poção próximo do rosto dele.

– Beba tudo – Bash ordenou.

Muito a contragosto, o pretor ergueu o braço e apanhou o pequeno recipiente de vidro, retirou a rolha e entornou o conteúdo de cor mel garganta abaixo.

– Você está trabalhando com Maximus? – Vincent perguntou em tom grave.

O rosto de Salvatore se franziu, os lábios se comprimiram e sua pele começou a ficar ligeiramente mais vermelha. Ainda assim, ele foi obrigado a responder:

– Na verdade, ele está trabalhando para mim.

O choque percorreu Vincent, mas ele tentou bravamente manter a seriedade e a indiferença. Não conseguia imaginar Maximus seguindo ordens de ninguém, muito menos de Salvatore.

– E por qual razão Maximus obedeceria você? – o feiticeiro inquiriu.

Os olhos nublados de Salvatore se cravaram profundamente em Vincent naquele momento, um pequeno sorriso esticou o canto de sua boca.

O FeiticeiroNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ