t w e n t y e i g h t

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Notas iniciais:

Yay! Mais um capítulo. Perdoem-me se conter algum erro, não tive de tempo de revisá-lo completamente. Pra quem quiser acompanhar minha produção de capítulos, só me seguir no insta: https://instagram.com/miaautora?igshid=g030suorj6z1

Bjs e boa leitura!



LARA

— Tá pronta?

Quando Logan me pergunta isso, estacionados em frente ao hospital, eu tenho vontade de simplesmente sair correndo. Mas sei que não posso fugir disso.

Infelizmente. Pois ela pode ser péssima comigo, mas ainda assim é a minha mãe.

E com certeza precisa de mim.

— Vamos logo — eu digo baixinho, ajeitando a postura, enquanto levo a mão até a porta. Respiro fundo, umas três ou quatro vezes, até que tenho coragem de sair do carro.

Logan me acompanha pela calçada, tornando inevitável a lembrança de hoje de manhã. Nós nos beijamos. E ainda que não tenha sido a primeira vez, eu sinto como se fosse; pois foi diferente. Mais urgente, talvez. Menos carinhoso e mais ávido. Voraz. Como se houvesse uma necessidade dentro de mim de beijá-lo. Uma necessidade que aumentava cada vez mais quando começou, e era tão bom que desejei ficar ali pelo resto do dia.

Mas aí lembrei de minha mãe, do fato dela estar num hospital enquanto estávamos nos beijando em sua cama, e tive que interromper o momento para virmos até aqui.

O problema, no caso, é que tudo em que consigo pensar agora é que quero beijá-lo de novo. Muito. Absurdamente.

O que há de errado comigo?

Engulo em seco quando Logan abre as portas-duplas do hospital, e minha primeira visão é do brilhante piso de porcelanato que cobre todo o pátio da recepção. O lugar é enorme, e permanece exatamente do mesmo jeito desde a última vez em que eu vim até aqui.

— Já veio aqui antes? — indaga Logan de repente, como se adivinhasse meus pensamentos. — Lembro de você comentar que não queria mais voltar pra cá.

Cruzo os braços, meio desconfortável, e encaro o chão conforme andamos. 

— Sim. Como o caso do meu pai era grave, ele foi transferido pra este hospital. Tinha mais chances de tratamento do que na minha cidade.

— Ah. Entendi — murmura Logan, e não falamos mais nada até estarmos debruçados sobre o balcão da recepção. Sou forçada a levantar o olhar, e tenho a mesma opinião que me acompanhava há dois anos atrás: de que o lugar mais parece um shopping do que um hospital.

— Posso ajudar? — diz a secretária, ocupada demais em digitar algo no computador para nos encarar.

— Estamos aqui pra ver Hellen Becker. — Fico contente por Logan falar por mim, pois eu demoraria uma hora apenas para formular a frase. Antes, era sempre eu que falava quando vínhamos ver o meu pai. — Ela chegou ontem à noite.

A mulher levanta o olhar, uma expressão meio surpresa no rosto ao ouvir a fala de Logan, e eu fico tão assustada que me aproximo mais dele, agarrando seu braço. Por que ela ficou surpresa de ouvir o nome da minha mãe? O que isso significa?

— Ah.... ok. Um momento. — A secretária volta o olhar para a tela, e observo seus passos conforme ela digita alguma coisa no teclado. — Ela está no sexto andar, porta 113 do corredor. Horário de visita vai até às nove horas.

Amor VirtualWhere stories live. Discover now