Amando o Visconde (TRONNOS-2)

❇️ Capítulo 30 - Capítulo Esmeralda ❇️

Por Tara ✨

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- Eu estou aqui e não te deixarei por nada. Você conseguiu me prender a você desde aquele baile, desde aquela dança e acontece que nunca mais eu quero me soltar.- e é essa frase, aliada ao turbilhão de emoções que estou sentindo, que faz meu corpo reagir. Dane-se tudo. Eu amo o Maurício. Não é mais dúvida nenhuma. Eu estou, sim, completamente, definitivamente, amando o Visconde. Eu o amo com todas minhas forças e isso é irreversível. Incrível o que esse sentimento faz conosco. Sinto que posso morrer por ele, muito embora muitas pessoas seriam temerosas em viver por esse sentimento. Penso diferente. Na verdade, seria, sobretudo, muito melhor viver com ele. Porque, apesar de todos os pesares, eu não tenho medo de amar. Não mais, pelo menos. Praticamente voo na direção dele, pegando-o de surpresa e tasco um beijo em sua boca e o que começa devagar e tímido, se torna, em pouco tempo, chamas, fogo puro, uma fogueira em brasa e eu estou tão louca para me queimar. Muitos, até o próprio Maurício poderiam dizer que não estou em mim, não estou pensando direito, mas acreditem, nunca estive tão lúcida e certa de minhas decisões. Uma venda foi retirada de meus olhos, quero aproveitar o momento, o agora, não importa o que aconteça no futuro, afinal, é uma incógnita, sei o que se passa agora e isso basta, é o suficiente para eu transformar esta realidade em algo melhor. Seguro com uma de minhas mãos sua cabeça e sinto seu cabelo entre meus dedos. É tão macio com suas ondulações no fim.  Ele tem uma de suas mãos, de forma delicada, em meu pescoço, enquanto a outra faz carinho em minhas costas que, mesmo sob o tecido, deixa rastros incendiários em minha pele. Ele abandona minha boca e faço um barulhinho involuntário de frustração que logo vira um barulhinho de prazer quando ele vai para meu pescoço e se dedica nele, começo a dizer seu nome e ele, entre os beijos em meu colo, também diz o meu repetidamente. Ele começa a desabotoar os botões nas costas de meu vestido, mas, como se tivesse lembrado de algo, para abruptamente e me olha, sem nada dizer, porém sei que está pedindo permissão para continuar e reconheço isso apenas observando seus olhos. Essa constatação me assusta, é como se eu o entendesse, sem que ele precise abrir a boca. Também não digo nada e tento fazer o mesmo, comunicar sem utilizar as palavras, e uma feliz resposta se apresenta, um brilho de entendimento aparece em seus olhos e eu sorrio, já ele, retoma minha boca, puxando-me para si e segurando-me pelo pescoço. Eu amo o jeito que ele me toca, me beija, me faz enlouquecer e acima de tudo, eu o amo completamente. Com uma habilidade incrível torna a retirar os botões de suas respectivas casinhas usando apenas a mão desocupada, em um tempo recorde, devo acrescentar. Eu não estava usando o espartilho, portanto, assim que a parte de cima de meu vestido cai, ficando ao avesso sobre a saia, é a chemise que está lá para recebê-lo. Ele afasta de novo a cabeça e encara meu tronco, está bem, na verdade, ele encara meus seios sob o tecido muito fino. Está escuro, mas não breu, as tochas permanecem acesas e eu estou bem visível, mas ao invés de vergonha e do instinto de me esconder passando os braços ao redor do corpo, fico extasiada e um sentimento de luxúria me percorre, me sinto devassa, me sinto... em casa.

- Céus, Tara. Mal comecei a te despir e já estou completamente louco.- e seu olhar está vidrado como o de um viciado. Sua língua molha o lábio inferior e eu, mordo o meu. 

- É mesmo? E o que você vai fazer agora que sua sanidade desapareceu?- levanto uma sobrancelha e meus dentes ainda mordiscam o mesmo lugar do lábio, só que com mais força. Ele abre um sorriso lento e preguiçoso diante da perspectiva desafiadora.

- Isso por acaso é um desafio, dona Tara?- seus olhos mostram um brilho capaz de colocar em chamas qualquer coisa e qualquer um.

- E por que não seria? É mais divertido assim, não acha?- ele não responde e se aproxima, lentamente e perigosamente. Um predador e sua presa.