🎩 Capítulo 48 🎩

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— Precisamos de uma carruagem de aluguel para ontem! — Troveja Maurício com o estalajadeiro que oferece pela quinta vez um quarto e abdica de nosso pedido principal. 

— Eu já lhe disse senhor, choveu um pouco esta madrugada, parou, mas é provável que caia um temporal. É melhor o senhor e as senhoritas — ele repara nas vestes distintas de Íris, porém não fala nada. — se acomodarem em um de meus quartos disponíveis. — Sexta vez, mas quem está contando, não é?

— Escute, senhor, — A paciência do visconde parece esmorecer e seu tom de voz baixa, perigosamente, várias oitavas. — não sei se compreendeu, porém, é notório que estamos com bastante pressa e precisamos sair imediatamente para chegar na hora. Entendeu? 

O homem -finalmente- parece dar conta do risco que o segue, caso, ele não arranje com a rapidez que a situação exige, a concretização do pedido de meu noivo. Sei, não, tenho certeza, que Maurício não quer ser rude com um simples trabalhador, mas é preciso tomar algumas decisões angustiantes quando não se é ouvido e tem-se a precisão do salvamento de vidas. Então, o moço que nos perdoe, mas cada segundo é contado e estamos perdendo esses preciosos minutos aqui: em uma discussão totalmente tola e inútil. Podemos ter o risco de que uma tempestade nos atinja no meio do caminho? Podemos. Porém, podem nos achar antes e a vida de todos correr igual risco? Também. Bem, é um mal pelo outro, não é mesmo? E do que é feita a vida se não de apostas? 

— Está bem. — Ele responde exasperado, ajeita seus óculos redondos, reprojetando o aro de ferro para a ponte do nariz, já que ele teimava em escorregar cada vez que o homem nos encarava e abaixava sua cabeça como para nos reprovar pelo nosso comportamento. E, isso, aconteceu diversas vezes durante sua oratória para convencer. — Depois, não vão reclamar nos leitos dos enfermos. — Engulo seco.

— Me diga o preço do aluguel, peça para os cavalariços organizarem tudo o mais rápido possível e, por favor, me forneça papel, caneta-tinteiro e alguém que possa entregar a carta que escreverei com mais urgência ainda. — Maurício foi dando as ordens e ignorando deliberadamente as queixas quase ameaçadoras do dono do estabelecimento. 

— Claro, milorde. Tudo será providenciado com a velocidade de um raio. — Estremeci um pouco com a referência nada bem-vinda, isto é,  depois de um prenúncio -com muito alarde, diga-se de passagem- de que o próximo dilúvio estaria por vir. 

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"Eu voltei, agora pra ficar. Porque aqui, aqui é o meu lugar", já dizia o rei Roberto Carlos.  É isso, meu povo, entre idas e vindas (e mais idas, convenhamos) voltei! Capítulo embrionário, mas tá valendo! Vou retomar para o próximo capítulo agora mesmo... Não respondi quase nenhuma mensagem nova e sinto tanto por isso! :( 

Olharei tudo com calma e concluirei este livro para começar o do duque! 

Boa leitura e até muitíssimo breve!

XoXo! 💋

Amando o Visconde             (TRONNOS-2)Where stories live. Discover now