CAPÍTULO 33

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"As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar. "
Leonardo da Vinci

A mesa grande de madera com oito lugares está repleta de panelas fulmegantes e com aromas incrivelmente agradáveis

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A mesa grande de madera com oito lugares está repleta de panelas fulmegantes e com aromas incrivelmente agradáveis. Encontra-se bem disposta no cômodo que suponho, seja a sala de jantar. Uma toalha branca de renda, vazos artesanais de barro em diversos formatos e um arranjo bonito de Margaridas a enfeitam, trazendo um clima bem aconchegante e acolhedor. Dá para notar que aqui reside uma família feliz. O restante do espaço é adornado por paredes brancas e quadros com flores e jardins. Estou sentado entre a mãe de Amanda e sua tia Cleide. Seu Antônio ocupa a ponta direita da mesa, enquanto seu Robson, esposo de Cleide, ocupa a outra. Os outros assentos estão ocupados por Matheus, o filho de uma das primas de Amanda, João, Laura, Maria, Vinicius e Lucas.

Todos já estamos sentados na ampla mesa a espera dela, da flor mais bonita que qualquer uma retratada nesses quadros. A cadeira vazia à minha frente já deixa bem claro onde ela se sentará. A conversa rola solta e animada entre os presentes e tento prestar mais atenção ao que dizem, no entanto não consigo. Ainda é meio surreal estar aqui, sentado em meio aos familiares de Amanda em um domingo para almoçar, como se eu também fizesse parte disso tudo. Lembro-me que na época que conversávamos, ela me mandou a foto dos pais e do irmão mais novo, porém estar aqui de frente para eles, é uma sensação completemente diferente. O pai dela é um homem de coração enorme. Pelo pouco que pude conhecê-lo, tem um amor incondicional pelos filhos. Lucas, o irmão de Amanda, também é muito divertido e um cara que gostaria de ter como amigo. A simpatia também se estendeu pelo restante dos familiares. Todos são amigáveis e muito acolhedores.

De repente, sinto-me como uma planta que necessita do sol para florescer. Conduzo o meu olhar para a porta e em menos de um segundo,  ela surge linda, iluminada e corada, segurando alguns pratos nas mãos. A presença de Amanda ilumina todos os cantos do cômodo. Sua entrada é tão quente e calorosa como o sol potiguar que invade o meu quarto todas as manhãs. Talvez, a única diferença é que no caso dela, não preciso abrir as janelas. Seu calor e sua luz atravessam as paredes do meu coração sem dificuldade alguma.

Ela me olha rapidamente e termina de distribuir alguns pratos que estavam faltando. Seu Antônio a olha cheio de orgulho paterno e diz, com um sorriso brincalhão nos lábios:

-Finalmente, já estava morrendo de fome.

Amanda se senta em seu lugar, exatamente de frente para mim. Não escondendo o sorriso de alegria ao olhar para o pai.

-Lê, aqui tem galinha à cabidela.  Minha mãe também fez arroz, feijão e costela assada com batatas. -Ela me explica, apontando panela por panela. -E tem essa salada que minha tia Cleide fez. -Finaliza, mostrando uma enorme tigela de vidro recheada com legumes e verduras. -Além do suco de abacaxi. -Aponta para as enormes jarras dispostas sobre a mesa.

Meneio a cabeça em agradecimento. Começo a me servir de tudo um pouco, seguindo o exemplo de todos. A comida está com um aroma muito agradável e aspecto delicioso.

Amores IntensosWhere stories live. Discover now