CAPÍTULO 24

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"Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir. "
Winston Churchill

Depois de passar alguns dias naquele paraíso chamado Pipa, decidi voltar para Natal hoje de manhã

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Depois de passar alguns dias naquele paraíso chamado Pipa, decidi voltar para Natal hoje de manhã. Preciso ajustar a minha vida e principalmente, resolver logo a minha situação com Luiza. Após entrar em contato diretamente com o meu coração e admitir para mim mesmo o meu amor por Amanda, necessito organizar a minha vida novamente para poder lutar por ela.

Giro a chave na ignição e dou partida no meu carro, seguindo rumo ao condomínio de Luiza. Enquanto o carro caminha pela avenida escura e parcialmente deserta pelo horário, coloco o celular no suporte para veículos, ativo o viva voz e ligo pra ela. Ao segundo toque ela atente.

-Oi benzinho, lembrou que eu existo? - Sua voz soa ácida e irritada.

- Oi Luiza, você está na sua casa?

- Não. Eu estou na loja dando um jeito na incompetência dos meus funcionários.

- Amanhã precisamos ter uma conversa séria. Vou até o seu apartamento no início da noite. - Digo, sem rodeios.

-Nossa Moreno, adoro quando você usa esse tom autoritário comigo. - Ela ri e continua. -Sabe, eu até estava chateada com você, mas se prometer que vai me comer bem gostoso amanhã eu te perdoo.

Bufo, irritado.

- Luiza, eu disse que vamos conversar. Em nenhum momento falei sobre sexo.

- Tudo bem. Vamos ver se você vai resistir quando ver ela toda lisinha. - Ela ri com deboche.

-Até amanhã. -Cuspo impaciente e desligo o celular.

Ativo o GPS do carro e digito rapidamente o endereço da nova boate. Ligo a seta e viro a direita, tomando o rumo do meu novo destino. Lembro-me de ouvir Geovana comentando com o Bruno no corredor do escritório que Amanda tinha aceitado o convite dela para conhecer a nova casa noturna. Quero vê-la, preciso olhar para ela. Meu coração anseia desperadamente estar perto dela de novo.

Para tentar me acalmar um pouco e chegar até lá tranquilo, conecto um pen drive de músicas antigas no aparelho de som e busco por uma que me acalma e ao mesmo tempo me faz lembrar de Amanda. Lembro-me o dia exato que mandei essa música para ela.

Enquanto sigo pelas ruas escuras e iluminadas apenas por alguns postes, Falling Slowly, tema do filme Apenas uma vez, preenche o ambiente interno do carro, fazendo o meu coração acelerar. Uma euforia fora do comum toma conta de mim, como se eu fosse novamente o adolescente de treze anos atrás que ficava nervoso e ansioso todas as vezes que ligava o computador para falar com Amanda.

Olho para o GPS e constato que faltam aproximadamente treze quilômetros para chegar à boate. A sensação que me invade é tão intensa que agarro firme no volante. Olho para frente, e é como se as estradas da minha capital Potiguar abrissem uma fenda no tempo. Como se cada quilômetro percorrido representasse um ano que se passou. A Amanda que eu verei essa noite não é mais a mesma de treze anos atrás, contudo, assim como no passado, é a única capaz de me mostrar que o predicativo da palavra amor é amor de novo.

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