CAPÍTULO 31

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"Quando a boca não consegue dizer o que o coração sente, o melhor é deixar a boca sentir o que o coração diz. "
William Shakespeare

Ajeito pela quinta vez o meu cabelo e estreito um pouco os olhos devido a claridade excessiva

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Ajeito pela quinta vez o meu cabelo e estreito um pouco os olhos devido a claridade excessiva. Esqueci de pegar meu óculos de sol. Acabei saindo de casa afobada e extremamente ansiosa. Hoje é domingo e vou tomar café com Leandro. Ele me ligou e disse que já estava vindo me buscar. Sem conseguir aguentar a ansiedade, desci para a portaria e já estou esperando ele aqui do lado de fora.

Deixei meus cabelos soltos, caindo pelos ombros e fiz alguns cachos nas pontas. Coloquei um vestido amarelo de alças finas e soltinho. Vesti sandálias rasteiras e coloquei a tornozeleira que ganhei de presente dele no nosso primeiro encontro.

A saudade me acompanhou diariamente durante essa semana. Nunca sentira tanto a falta de alguém como senti de Leandro durante esses dias. Sinto-me até uma adolescente que sente calafrio e comichão interno, toda vez que vai ver o garoto que gosta.

Imagens do domingo anterior invadem a minha mente e arfo baixinho. Enquanto arrumo minha bolsa de crochê no ombro direito, lembro do banho quente e inesquecível que tivemos. Aquela boca ousada e bem feita percorrendo o meu corpo e me levando a loucura. Ele é maravilhoso, e digo isso em todos os sentidos. Quando se ajoelhou diante de mim e disse todas aquelas palavras doces e obscenas ao mesmo tempo, perdi completamente a noção da realidade.

Uma moradora do prédio passa do meu lado e me cumprimenta, arrancando-me dos meus desvaneios eróticos. Já estava ficando excitada de novo. É impressionante como meu corpo desperta só de pensar nele. Não é o momento certo para ficar assim, vou passar o dia na casa dos meus pais. Irei rever alguns familiares da minha mãe e não quero em hipótese alguma, passar o dia com pensamentos impróprios.

Estou tão absorta em pensamentos,  que nem vejo ele parando e estacionando o carro. Quando olho para frente, já o vejo vindo de encontro à mim. Lindo, másculo e sexy. Usa uma calça jens escura, camiseta polo branca e tênis. O rosto bonito, adornado por aquela barba rala e masculina está relaxado, leve.  Um pequeno sorriso curva seus lábios levemente para cima. Conforme caminha elegantemente para mim, seus olhos me consomem, passeando através do meu corpo sem pressa, sondando e analisando cada pedaço de mim. Um brilho novo toma conta de suas íris negras quando nota que estou usando a tornozeleira.

Nossos corpos se aproximam e suas mãos envolvem a minha cintura, trazendo o meu corpo para junto do seu em um abraço acalentador. Passo os braços em volta do seu pescoço e me aninho no seu corpo quente. Inspiro fundo e sinto minhas narinas sendo invadidas pelo seu cheiro bom, amadeirado, misturado com a sua própria essência. Meu coração retumba loucamente em meu peito, conforme sinto suas mãos segurando  o meu rosto e alinhando-o com o seu.

-Bom dia. - Diz, sorrindo.

-Bom dia.

- Você está linda. -Sussurra, levando uma das mãos ao meu pescoço, rente a nuca, enquanto firma a outra na minha cintura.

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