CAPÍTULO 25

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"Sei que ai dentro ainda mora um pedacinho de mim
Um grande amor não se acaba assim
Feito espumas ao vento. "
Espumas ao vento - Accioly Neto

 "Espumas ao vento - Accioly Neto

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- Ele está ligando de novo. -Marcus diz, apontando para o meu celular que vibra incansavelmente em cima da mesa do restaurante que estamos almoçando.

Estico o braço e pego o aparelho. O nome de Leandro pisca sem parar na tela, pela sexta vez, desde ontem à noite. Clico em rejeitar a chamada e guardo o celular dentro da minha bolsa.

-Em algum momento você vai ter que falar com ele. -Marcus leva sua taça de água aos lábios e me olha enquanto sorve o restante do conteúdo. - Leandro não vai desistir de você. Não depois de reencontrá-lá após treze anos.

Não respondo. Apenas concordo com a cabeça e volto a comer o restante do meu almoço. O simples ato de mastigar meu risoto de camarão, ativa fagulhas de uma dor latente por toda a minha cabeça. Acho que nunca fiquei com uma ressaca tão pesada como essa. Tive que tomar alguns analgésicos hoje de manhã para conseguir vir trabalhar.

Depois que deixei Leandro sozinho do lado de fora da boate, algo que foi completamente difícil de fazer, voltei para dentro e me entupi de tequila até não conseguir andar direito. Sorte que Geovana me trouxe para casa em segurança.

Por um momento ontem à noite, achei que conseguiria me envolver com Marcus, mesmo que fosse para viver apenas uma aventura. No entanto, bastou os olhos escuros e familiares de Leandro pousarem sobre mim para que eu percebesse que isso nunca daria certo.

Quando vi ele ali, parado, olhando para mim depois que beijei Marcus, uma sensação de traição esmagou o meu coração. Traição não com ele e sim comigo mesma. Portanto, tomei uma decisão e abri o jogo com Marcus. Disse que não poderia insistir em algo que não conseguiria seguir, que mesmo sendo somente uma aventura passageira, não daria para continuar. Ele aceitou numa boa e até bebeu algumas doses de tequila comigo depois que voltei para dentro da boate.

Hoje após entregarmos o projeto do shampoo para o cliente, chamei Marcus para almoçar comigo e contei toda a minha história com Leandro. Do momento em que nos conhecemos, até agora. Ele se mostrou um bom amigo, ouviu tudo o que eu tinha para dizer, sem julgamentos e me deu bons conselhos.

Cerca de uma hora depois que deixei Leandro sozinho do lado de fora da casa noturna, ele começou a me ligar e a encher o meu celular de mensagens. Só vim ler tudo hoje pela manhã. Na maioria delas ele dizia que tudo foi um mal entendido. Que jamais pediria para eu me afastar da vida dele. Em todas as mensagens ele me pedia desculpas por tudo. Por todo o mal entendido e por tudo o que eu tive que suportar e também pediu para me ver. Não respondi nenhuma de suas mensagens.

Uma parte grande dentro de mim quer acreditar no que ele diz. Quer acreditar que realmente a maldade do destino nos afastou. Pude ver a confusão em seus olhos quando eu joguei na cara dele toda a história mal resolvida de treze anos atrás. Ele parecia tão surpreso, como se não acreditasse e não entendesse nada daquilo que eu falava. Todavia, uma pequena parte de mim, magoada e cheia de rancor, diz para não acreditar nele. Não confiar naquilo que ele fala.

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