Strong of Character - Quente como o inferno

Um Strong Owl sabe que nunca é um adeus.

— E então, adolescentes da Strong Of Character. — William conseguira falar pela primeira vez, se remoendo pela culpa tanto quanto eu. — Perdemos um aluno exemplar e muito querido na história do nosso internato. Ele conquistou bastantes metas desde sua chegada, tornando-se importante para todos nós. — O cara gritava em meio à multidão de alunos enrijecidos, na tentativa de não emocionar-se com o respectivo discurso. — Ele era maior de idade, todos sabem. Mas não anula o fato de que as missões geradas neste internato não tenham sido boas. É por esse motivo que cancelaremos o tipo de atividade permanentemente. — Mordeu um dos lábios, olhando para a grama sob seus pés. A postura enrijecida havia se espreguiçado, decaindo em lastimas constante.

— Eu quero pedir perdão para todos os envolvidos, porque poderiam estar no lugar desse jovem que com certeza tinha um futuro repleto de objetivos pela frente. — Maia proferiu, sua voz fina lamuriosa e totalmente embargada de tristeza. — Havia muitas ambições em Park Jimin e infelizmente fiz parte dessa causa. — A ruiva fechara os olhos como se não suportasse a ideia de realmente ter permitido a situação. É dessa forma que me sinto.

— Todos nós sentimos culpa. — Penny com outra barca de batatas fritas recheadas com ketchup e maionese pronunciara, tentando reconforta-la.

Além de ter dado a chance de John executar Jimin, havia dado a oportunidade de que, com sua vida, matasse todos que sinceramente o consideravam internamente. Não havia nada que eu pudesse fazer para arrancar essa dor de arrependimento dentro de mim, ainda mais reconhecendo que tudo o que podia ter feito não fora suficiente para salvá-lo, porque, desde o princípio, poderia não ter o deixado.

— Peço um minuto de silêncio, por favor. — Julian analisou todos os olhos que o apreciavam antes que se aproximasse do caixão. Deslizou a mão direita para o peito e abaixou a cabeça. Todos na Strong tinham crenças diferentes, portanto não iriam chamar um padre ou pastor para desejar-lhe uma boa vida espiritual. Tinha gente no meio de tantas que não acreditava em vidas celestiais, mesmo que eu seja um demônio e possa comprovar que há sim. Que seja! São crenças distintas e não há problemas nisso.

As lágrimas em mim simplesmente escorriam, contornando e adornando minha pele. Estava cansado de tentar contê-la, mesmo que eu esteja perante todos e que muitos possam me julgar mentalmente. Nada disso realmente importava. Meu Jimin estava indo embora para sempre.

— Alguém quer se pronunciar? — Julian levantou o olhar, direcionando-os para mim.

— Eu quero. — Hoseok saíra do embalo confortável que deveria ser os braços de Taehyung para ele naquele momento e caminhou ao lado do caixão.

Deslizou o dedo pelas rosas e então, deprimente, pegou uma margarida. Havia deixado um selar singelo na flor antes de coloca-la ao lado do rosto de Park Jimin, que embora muito ferido não deixasse de transparecer e transportar sua beleza angelical, dócil e totalmente estonteante a ponto de cativar qualquer pessoa. Ele havia pegado meu coração e o levou consigo.

— Nem todos que estão aqui se importam realmente com o Jimin. — Enxugou a lágrima que estava prestes a escorrer de seus olhos vermelhos e inchados. — Mas vim falar pra quem sente a dor da perda.

Os fios ruivos caíam sobre seus olhos, que passaram a fitar excessivamente a grama.

— Ele era um amigo incrível. Lembro que uma vez perguntei o que estava guardado dentro dele, o que ele mais almejava. — A voz embargada de Jung me fez notar que não queria ouvir a resposta, porque me feriria ainda mais. Sou a merda de um egoísta. Tudo isso é culpa minha, mereço sentir essas lesões incuráveis. — Me desculpa diretor, mas naquela noite tínhamos saído de nossos quartos para ver o céu. Ele amava a beleza deles. — O peito do metamorfo se contraiu e vi Taehyung suspirar, tentando conter a mágoa de estar com alguém para esquecer outra pessoa.