Um Strong Owl NUNCA deve cair em mãos erradas.

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Quando Jeon pusera o pé direito à frente do esquerdo, todas as possíveis portas existentes abriram-se, estridente e calorosamente em um único momento. Os arrepios me fizera congelar, tornando-me inútil para cogitar e ser inteligente suficiente para ter a capacidade de correr, embora não soubesse exatamente para onde. Apenas correr. Independentemente de onde se encontrava Crowler, certamente estava vindo em nossa direção.

Jungkook puxara meu braço brutalmente, carregando-me com toda a força que podia. Ele murmurava palavras e xingamentos que eu não pude compreender à medida que me levava para algum lugar desesperadamente. Não que fosse o caso de Jeon estar e ser aflito, até porque ele é totalmente confiante de si mesmo. Só que desde que estivemos juntos a personificação alterou, se tornando, de alguma maneira, em remorso. Como se, sei lá, ele estivesse arrependido de uma decisão indesejada e que fosse tarde demais para anulá-la. Espero que não tenha nada a ver com a missão.

Passamos pelos extremos quartos, cozinha, sala de estar, sala de vídeo, biblioteca, sala de jantar, sala principal, quarto de feitiços e poções e entre outros diversos que viera em meus olhos como um borrão.

Havíamos pulado o peitoril de vidro e minha respiração estava loucamente gasta. Passávamos pelos cômodos abruptamente, mas aparentemente não saíamos do lugar. É angustiante, porque sinto que o feiticeiro está próximo do nosso encalço e que estamos indo diretamente para ele.

Diretamente para ele...

— Para. — Sussurrei, apesar de desejar gritar. — Para! — Forcei os pés no carvalho e Jeon me olhou, aliviado e confuso ao mesmo tempo.

O que está acontecendo com ele, merda?

— Você não percebe? — Olhei em volta, tentando reconhecer onde estávamos. Era um cubículo quente, composto por ferro e prata. Completamente e somente desses materiais. — Estamos indo de encontro com ele.

— Nós precisamos nos esconder, não temos tempo pra isso.

— Sabe que aqui não é a... — senti meus pensamentos desordenarem-se, ato que ocorria quando um ambiente estava tão quente ao ponto de fazer um fada explodir.

Como os meus pais.

— A historia se repete. — Cambaleei para fora do cubículo e olhei para trás, encarando portas e ainda mais portas. Todas escancaradas. Estávamos correndo livremente pela casa, gastando energia à toa. Algo está errado.

— "Με αυτό το τελετουργικό εισβάλλουν στο μυαλό, με αυτά τα λόγια διαπερνούν την ψυχή,με την προσευχή αυτή να βγουν έξω από αυτό, την εξουσία μου για να δει τι κρύβει τοπαρελθόν, είναι πλέον προ των πυλών.

A voz retornara ainda mais real do que quando estávamos no cubículo. Era mais pesada, direta e firme. Encontrava-se mais presente.

''Invado a mente, com essas palavras penetro a alma. Com essa prece saio do presente, com meu poder vejo o que esconde. O passado agora é eminente.

Retornando a observar Jungkook dentro do quartinho — que estava mais para um forno gigante — encontrei com o meu passado. Especulei com os olhos todas as feições, dores, gritos e figuras sendo torturadas. Ao longe, um garotinho embaixo da mesa chorava incessantemente e se sentia um lixo pela insuficiência fazer algo, de deter o cara mal que apreciava tudo com a risada ridícula e maléfica. Ele era muito novo, portanto seus poderes eram fracos e genuínos. A única coisa que fez foi ver com seus olhos inchados e vermelhos a situação mais deprimente de toda a sua vida, que causou lacunas e um vazio impreenchível por muito tempo. Até hoje.

Por tanto tempo o garotinho indefeso sentia que podia ter feito algo, por mais que Julian o tivesse dito incessantes vezes que não era sua culpa. Ele fora parar em um internato cheio de crianças — agora adolescentes — que caçoavam de si, desacreditando de que um dia pudesse chegar onde está hoje.

Senti lágrimas deslizarem por minha bochecha e a náusea em meu estomago. Não. Nunca estive preparado. É fácil sentir raiva, ódio e determinação quando não está no lugar que não frequentava há tanto tempo. Até que um dia chega e você se depara com a merda do passado mais anarquizado de toda sua vida e se vê obrigado a enfrenta-lo. Meu coração apertou. Muito. E, consequentemente meus pulmões fizeram o mesmo, retesando e impedindo minha respiração.

Assim que acordei para a realidade absurda que estava enfrentando psicologicamente, me vi dentro do enorme fogo novamente, nas piores mãos que podia existir: As de John Crowler.

Strong of Character - Quente como o infernoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora