Capítulo CLXVII - HELÔ

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Quando o Zeca atravessou a parede trazendo a Malu e o Bruno consigo, eu enfim consegui relaxar, mesmo que o fogo já tivesse tomado proporções assustadoras e o corredor estivesse quase tomado por completo pelas chamas.

Com apenas um olhar, decidimos que era hora de correr. Por mais que o poder do Zeca nos poupasse das queimaduras, a intoxicação pela fumaça seria um problema, então decidimos que o melhor a se fazer era fugir dali o mais rápido possível e cada um por si.

O Bruno corria com a Malu no colo, mas ele parecia esquisito. Talvez fosse apenas preocupação com a irmã que estava desacordada nos seus braços, mas eu podia apostar que tinha mais coisa aí. Mesmo que a curiosidade fosse grande, achei melhor deixar para conversar com ele depois.

Percorríamos o caminho a toda velocidade, tentando não deixar ninguém para trás, especialmente as crianças, por isso o Tonho e a Sara vinham por último. Eu tinha a impressão que aquelas paredes eram feitas de material muito inflamável, porque as labaredas cresciam a cada instante e eu não parava de me indagar se o médico sabia disso quando resolveu atear fogo naquela porta.

Ficamos encurralados em um corredor de vidro que estava tomado pelas chamas e, antes que tivéssemos chance de recuar, uma explosão disparou cacos de vidro para todos os lados. Já era tarde quando o Bruno tentou dissipar os fragmentos.

– Alguém está ferido? – perguntou o Zeca.

Eu tinha um corte no braço, mas nada grave. Os outros também não se manifestaram, por isso giramos nos calcanhares e saímos dali.

As Últimas Cobaias - Livro 3Where stories live. Discover now