Capítulo LXVI - BRUNO

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A vida depois da troca da gerência não teve grandes mudanças, por enquanto.

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 Quando levantei de manhã, não encontrei meu café na portinhola como acontecia todas as manhãs. Esse não era um procedimento padrão, mas não liguei para esse detalhe, talvez eles só tivessem esquecido mesmo.

Quando ouvi o ronco da minha barriga, entrei em estado de atenção. Percebi que já deviam ter se passado horas do horário habitual da minha refeição. Alguma coisa estava acontecendo e eu precisava saber o que era.

Bati na porta – que permanecia trancada – enquanto gritava por alguém, mesmo sabendo que isso não resolveria nada. Desde que eu fora trancado nesse quarto, era a primeira vez que eu passava tanto tempo sem receber comida ou alguma visita, mesmo que indesejada. Eu sempre pensei que o médico fosse meu pior pesadelo, mas estava começando a me convencer do contrário, afinal nada é tão ruim que não possa piorar.

Com raiva da situação, corri até a cama e arremessei meu travesseiro contra a parede, então fiz o mesmo com os lençóis e com o colchão. Foi quando vi um pequeno pedaço de papel que estivera sobre o estrado da cama. Um pouco desconfiado peguei-o nas mãos.

Sua irmãzinha já está bem longe daqui. Fique a vontade para seguir com seu planinho ridículo.

P.S.: Você me deve essa.

Quase caí para trás quando finalmente associei as palavras escritas naquele papel. Aquele desgraçado soltara a Malu. Isso explicava a falta de comida: eles pensavam que eu fora o culpado. Mesmo com a barriga roncando, ri. Na verdade, eu gargalhei. Eu finalmente estava livre para poder destruir esse lugar.

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Antes tarde do que nunca! Mais um capítulo postado.

Não esqueçam do voto e do comentário.

Beijos e até amanhã <3

As Últimas Cobaias - Livro 3Where stories live. Discover now