Capitulo 63

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POV EMILLY

- Eu sei que você acha que não, mas é realmente um prazer te conhecer-ele disse me encarando com um sorriso, não sabia ao certo se ele estava sendo irônico, mas resolvi usar o mesmo tom que ele.

- Igualmente- respondi sem desviar o olhar, estiquei minha mão pra ele apertando-a- O Marcos fala muito de você.

- Espero que bem- ele disse rindo, ainda sacudindo a minha mão.

- Ele sim - respondi debochada e senti o Marcos me olhar, me repreendendo.

- Bom, essa é a Carol- Marcos disse cortando a "tensão" que já ia se formar- Carol, essa é a Emilly e a gêmea Dela, Mayla- ele guiou a Carol até nós.

- Que bom que vieram - ela me abraçou forte, me dando um susto, não esperava aquilo, mas retribui- Sejam bem vindas- ela fez o mesmo com a mana.

- Obrigada- eu e a mana dissemos juntas sorrindo.

- A comida tá pronta, tu me ajuda ali bagual? - Marcos me lançou um olhar de "tudo bem se eu for ?" Sorri pra que ele entendesse que sim.

Carol levou eu e a mana para conhecermos o lugar, ela estava sendo bem simpática, nos mostrou o Rio, a casa, as plantações, era realmente muito relaxante, agora eu entendo porque o Marcos vem sempre aqui. Voltamos para a mesa jogando conversa fora, os meninos já tinham arrumado tudo. Sentei ao lado do Marcos e ele beijou a ponta do meu nariz.

- Pesquei hoje- Juliano surgiu com um peixe grande em uma travessa- espero que gostem- ele colocou o peixe na mesa para nos servirmos.

- Tá muito bom, parabéns- elogiei o peixe do Juliano e vi seu rosto corar.

- Obrigada Emilly- ele me agradeceu e todos concordaram com a minha opinião logo em seguida, realmente estava muito bom.

O Jantar corria muito bem, as conversas eram paralelas. Carol era a que mais falava ali, me perguntava muitas coisas sobre minha vida no Rio e eu respondia sem problemas, tentava esquecer o passado e agir como se fosse a primeira vez que ouvi falar dela, foi fácil, ela colaborou pra que eu me sentisse confortável. Cerutti já bebia novamente e trocava risadas com a mana. Marcos e Juliano conversavam também, volta e meia ele me roubava um selinho e voltava sua atenção para o Juliano. Nós dois trocamos poucas palavras desde que cheguei, ainda era complicado pra nós, mas estávamos nos esforçando para que não houvesse algum clima desagradável.

Terminamos de jantar e Marcos ajudava o Juliano com a louça, mana e Cerutti estavam grudados e a Carol sentou do meu lado, me fazendo companhia.

- Ele não odeia você- ela disse chamando minha atenção pra ela- e eu espero que você também não odeie ele - ela disse esperançosa.

- Eu não odeio, eu só não esqueci tudo o que aconteceu, não é fácil, entende ? - ela me deu a oportunidade de abrir meu coração e eu aproveitei um momento.

- É claro que entendo, sabe Emilly, o Juliano ficou muito mal quando o Marcos escondeu coisas dele, por exemplo, que tinha voltado com você. Eles são muito amigos, o Marcos é como um filho pra nós. Quando ele viu o Marcos se afastar dele, porque tinha receio do jeito que ele agiria com você, ele ficou bem mal, achou que estava perdendo o Marcos e reconheceu que estava errado, vendo o quanto você o faz feliz- ela sorriu pra mim e eu senti sinceridade em sua fala- Vocês deviam conversar, tirar essa impressão ruim que ficou, começar do zero, todos nós, pelo Marcos ou por nós mesmos, eu nunca o vi tão feliz antes- nós olhávamos ele e o Juliano conversando enquanto lavavam a louça, eles gargalhavam alto e suas covinhas apareciam, sorri e me virei pra ela.

- Tu tem razão, acho melhor acabarmos com isso de uma vez por todas, pelo Marcos - suspirei e ela esfregou meus ombros como conforto.

POV MARCOS

- Sim cara, eu desci as escadas com uma tesoura, pronto pra defender a Emilly e era só o Cerutti e a Mayla se pegando no sofá- Juliano gargalhava alto com o que eu contei sobre hoje de madrugada. Ele suspirou e me olhou sorrindo.

- Cê tá bem feliz meu velho, nunca te vi assim- ele sorriu orgulhoso- acho que me enganei em relação a ela, ela te faz muito bem, tu é meu filho adotivo e quero te ver feliz sempre- ele disse com o olhar baixo- eu sinto muito por tudo o que aconteceu.

- Tu se enganou com ela mesmo, ela é maravilhosa cara, eu nunca me senti tão amado por alguém - eu sentia meus olhos lacrimejarem só de falar dela, mesmo que ela tivesse ali do lado- mas não é a mim quem você deve desculpas, é a ela. Vocês dois devem conversar e acabar com a birra, ia ser bom poder trazê-la sempre aqui quando ela vir pra Sorriso e saber que será bem vinda pela minha segunda família- eu encarava seu rosto, buscando uma resposta.

- Cê tem razão mano-ele soltou o pano de prato ao lado da pia e andou em direção a ela, eu o segui para ver o que ele faria.

- Será que podemos conversar Emilly ? - ele disse, ela olhou pra ele, pra mim, pra Carol e depois voltou o olhar pra ele novamente, balancei a cabeça incentivando-a. Ela entendeu que eles precisavam daquilo e ela não queria fugir.

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