Capítulo 55 - Brightness of a mind without memories

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- O que a senhorita Cullen tem é chamado de amnesia retrógrada. – O médico colocou uma luz de uma lanterna na minha cabeça.

- O que é isso? – O homem de preto com chapéu perguntou ao médico.

- Neste tipo de amnesia, o indivíduo não é capaz de se lembrar de nada anterior ao trauma, no entanto possui plenas capacidades para adquirir e reter novos conhecimentos. Isso porque a memória de longa duração está espalhada por todo o cérebro, senhor Haner. – O homem de preto chamado Haner se aproximou de mim, eu me escondi atrás do médico. – O que você fez a ela?

- Fui um idiota, normal. Tem como reverter isso? – Ele se sentou na cadeira do médico.

- Pode ficar tranquilo, esse não é o pior tipo, é apenas temporário, com o passar do tempo à memória vai voltando aos níveis normais e os eventos ficam armazenados. – O medico esclareceu.

- Quanto tempo, doutor? – O homem de preto estava desesperado.

- Não sei ao certo, pode durar dias, semanas, meses ou no pior dos casos anos. – O homem se assustou. – Emma, ele não vai te machucar, já volto.

Meu nome era Emma Cullen, pelo menos era assim que me chamavam, me deixaram sozinha com o homem de preto que usava um chapéu. Ele passou as mãos nos cabelos negros na altura do pescoço, ele tinha olhos cor de avelã. Não queria me aproximar dele, meu coração acelerava de uma forma estranha, o medo me dominava.

- Emma, eu sei que você apenas se lembra do acidente, mas eu não sou mau. – Comecei a chorar. – Meu amor não chora.

- Você me colocou no volante. – Ele fechou a porta.

- Você não se lembra, mas me chamo Brian Haner e sou seu namorado, na verdade, moramos juntos. – Ele se chamava Brian. – Não fale com os policiais que era eu que estava dirigindo.

- Por que eu moraria com você? – Eu me levantei, ele era lindinho.

- A gente se amava. – Fiquei confusa.

- Eu era estranha, você não parece o meu tipo. – Eu saí do consultório, Brian foi atrás de mim. – Não me siga, você parece um perseguidor, me deixa em paz, porra.

- Falar palavrão, você não esqueceu. – Levantei o dedo do meio para ele. – E isso também.

Andei até meu novo quarto, tinha um jarro de rosas azuis, eu gostei muito e sorri. As cortinas estavam abertas, um homem gordo sentado na quina da janela, fiquei com medo dele despencar para morte certa.

Meu coração acelerou de repente, tinha uma boa impressão dele, seus olhos azuis eram lindos e um sorriso encantador, ele desceu da janela e colocou uma rosa azul na minha mão, queria beijar os lábios carnudos e rosados daquele estranho gordo e tatuado.

- Quem é você? – Eu segurei as suas mãos.

- É melhor você não saber, bom dia Emma. – Então me lembrei de uma coisa estranha.

– Você é o cara que me beijou quando estava em coma. – Gritei. – Meu príncipe encantado?

- O que? – Ele passou as mãos sobre seus cabelos negros. – Você me pegou, é verdade.

- Qual é o seu nome? – Ele chegou perto do meu ouvido, minha pele se arrepiou.

- Zacky. E não vamos mais nos ver, tchau Emma. – Zacky foi embora do meu quarto.

Eu tinha gostado dele, deitei na cama, mas o rosto de Zacky permanecia, queria entender a nossa ligação, então uma garota loira entrou no quarto e sentou-se ao meu lado, não sabia o que sentir por ela, talvez algum sentimento estranho, eu a olhei pelo vestido justo, desejei o corpo dela, estiquei os meus braços.

Love and VengeanceWhere stories live. Discover now