Capítulo 16 - Another date in Rome

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Roma, Itália: Dois dias depois

Andei por toda Roma, procurando emprego, algo que fosse mais do meu agrado como curadora de uma galeria de artes, museóloga, guia turística, mas nada. Não queria trabalhar de vendedora, muito menos, posar como modelo, ou modelo fotográfica.

Voltei para o meu apartamento com os pés doendo de ficar andando de salto alto, me joguei no sofá, Emily estava raspando a panela de polenta que eu havia feito no dia anterior, tirei os sapatos.

- Teve sorte? – Emily me perguntou com a colher de pau na boca, balancei a cabeça negativamente. – Você anda sem sorte, tanto no dinheiro quanto no amor.

- Eu não acredito em destino, ou sorte, não deixo nas mãos de terceiras pessoas a minha vida. – Respondi. – Sobre minha vida amorosa, está bem do jeito que está, fofa.

- Tem tanto medo do Gates te machucar? – Olhei para ela, como ela era ingênua.

- Não tenho medo, ele nunca vai machucar, pois espero qualquer coisa ruim vinda dele. A decepção vem sempre, sempre daqueles de quem não se espera. – Aconselhei. – Olha, não fica empolgada com o Johnny, você dormiu com ele, então a diversão acabou, ou você realmente acha que ele vai curtir um namoro a distância com alguém que foi para cama com ele tão fácil. – Adverti Emily que ficou triste.

- Serio? – Ela era muito ingênua. – Ele disse que gosta de mim.

- Homens falam qualquer coisa para fazer uma mulher trepar com ele, meu ex-namorado disse que estava apaixonado por mim, para fazer eu dormir com ele. Escuta alguém que é velha do que você, você é jovem, Emily. – Eu me levantei, coloquei as mãos nos ombros de Emily. – Caras como o Johnny, musico, tatuado, bonito, a gente encontra no primeiro pub da esquina. Se você quer um relacionamento serio com alguém, não transe no primeiro encontro, nunca. Faça o cara esperar, no mínimo, uns três meses, se você tem o fogo muito alto, seduzi-o, faça o cara se interessar por você, e não no seu corpo.

- Mas e o Gates? – Emily me perguntou.

- Esse aí não tem jeito, fofa. Gosto de sair com ele, pelo menos, não é mão de vaca. Vou tomar um banho, depois colocar meu pijama do Mickey.

Fui ao meu quarto, tirei a minha roupa, me enrolei na minha toalha rapidamente, tomei um banho rápido. Depois coloquei o pijama, me sentei na cama, pensei um pouco. Peguei uma tela, dentro do meu armário, o cavalete que ficava perto da janela. Abri as cortinas, para ter bastante luz, peguei as minhas aquarelas e o meu carvão. Olhei para o jarro de rosas, peguei uma rosa azul, coloquei em cima do cavalete.

Fiz os traços da rosa com o carvão, depois peguei vários tons de azuis, coloquei um pouco de tinta, num pedaço de papelão. Coloquei todos os tons de azuis no papelão, peguei meu pincel, comecei a pintar sobre a tela, primeiro passei o azul celeste, no centro, depois peguei um pote que tinha com agua no criado mudo. Passei o pincel para limpa-lo, em seguida, passei outro azul mais claro, nas bordas. Passei o azul marinho nas partes restantes, azul escuro, completei com o branco para suavizar o toque. Por fora pintei de preto para dar o contraste.

Quandoterminei de pintar, coloquei na mesa da varanda para secar a tinta, Emilyestava chorando, ela viu o quadro e ficou impressionada. Fui a pia da cozinha lavar as mãos que estavam sujas de tinta.

- Emma, você é muito talentosa. Por que você não vende quadros? – Emily pegou o quadro com as mãos.

- Ele está molhado ainda, já tentei, mas como não sou conhecida, não ganho muito com meus quadros. – Respondi e andava sem inspiração. – Amanhã, vou numa galeria que tem do outro lado da rua, vou tentar vender pelo preço do aluguel que vence sexta-feira.

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