Capítulo 24 - Where is Zacky? Part 3

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Acordei mais uma vez, só que dessa vez estava amarrada numa pilastra com uma corda grossa, meu ombro ardia, não era como nos filmes, doía muito. Olhei para trás, estava amarrada a Zacky que permanecia desmaiado e a cabeça dele estava ferida.

Cardenasestava com pano na boca, olho inchado, fiquei pensando como ela haviaconseguido aquilo, esperava que Zacky tenha dado um soco nela, mas estávamosnaquela situação, bom, ele deveria ter levado uma coronhada.    

- A princesa roqueira acordou. – Cardenas disse em tom de sarcasmo.

- Por que você não me matou ainda? Não tem coragem, eu imaginei. – Eu a provoquei, ela ficou furiosa.

- Você machucou os meus namorados. – Não entendi, fiquei com nojo. – Não faço diferente do que você faz com os dois patetas.

- Você não sabe de nada, inocente. – Dei uma risada.

- Respondendo a sua pergunta: Não te matei ainda, ênfase no ainda, porque minha coisa fofa, vou matar o Baker na sua frente, diante de seus olhos.

- Por que? É de mim que você quer se vingar, deixa o Zacky fora disso. – Tentei argumentar.

- Quero que você sofra muito antes de morrer, depois vou te matar na frente do Gates, aí ele sofrerá, depois eu o mato... como um efeito dominó. – Fechei a expressão.

- Parece uma vilã contando todo seu plano. – Revirei os olhos. – Está carente? Vingança bem sem graça, vai matar a nós três, uau.

- Pare de me provocar, se achando esperta e inteligente, mas o Zacky ficou comigo, lembra. – Fiquei com ânsia de vomito.

- Nem me lembrei, foi o pior erro da minha vida. – Zacky acordou. – A gente nem transou, ainda bem, seria mais uma coisa para eu beber para esquecer. – Eu tive que rir. – Não tem graça, Emma.

- Estou rindo de nervoso. Você está bem, meu bem? – Cardenas revirou os olhos.

- Sim, Emma. – Coloquei a minha mão por cima da mão de Zacky e ele a fechou.

Deitei a minha cabeça nas costas de Zacky, comecei a chorar, geralmente não tinha medo, nem de morrer, se morresse estaria no lucro, estaria perto de Vee e da mamãe, apesar que não existia céu para pessoas como eu. Era apenas uma mentira piedosa para me confortar. Não queria perder Zacky, imagina que ele morreria por uma brincadeira que eu fiz, não era justo, somente me importava com ele, ninguém mais.

Queria dizer a verdade, eu o amava acima de todas as coisas, amava mais do que a mim mesma, tanto que tatuei isso em italiano na minha perna "Ti amo più della mia stessa vita".

- Ti amo più della mia stessa vita! Ti amo più della mia stessa vita! – Zacky e Cardenas não estavam entendendo nada. Virei a minha perna ao contrário, mostrei a minha panturrilha para Zacky. – Eu te amo mais do que a minha própria vida, Zachary James Baker.

- Quando você fez isso? – Zacky me perguntei, estava passando mal, fraca, estava perdendo muito sangue. – Emma, não desmaie, por favor.

- Estava na faculdade, tinha esperança de te rever, te amava tanto. – Sentia a cabeça pesar, um sono forte. – Um dia, uns colegas me levaram para o festival de verão de 2008. Lembra-se? – Zacky não disse nada. – Nice, França era um festival de Heavy metal. Sempre fui muito persuasiva, consegui convencer um segurança a entrar nos bastidores. – Comecei a chorar. – Entrei e para minha decepção, você estava beijando uma vadia loira, olhando para ela como você me olhava e tinha apagado a nossa tatuagem.

- Achei que tinha ficado louco, corri por todo aquele festival te procurando, Emma. Tínhamos tantas coisas para conversar, porque você arrumou um barraco como sempre faz. – Zacky tentou se explicar. – Se não estivéssemos nessa situação, te contaria tudo o que aconteceu comigo, nesses 10 longos anos. Teria evitado tanta decepção, tanta dor se eu tivesse te encontrado.

- Nada mais importa, essa retardada vai nos matar mesmo. – Senti a mão de Zacky tocar o meu braço.

- Você está com febre, está delirando, não vamos morrer, vamos poder esclarecer tudo o que não foi dito.

Eu apaguei, jogaram agua no meu rosto me acordando, acabei vomitando nas pernas de Cardenas, Zacky acabou rindo da situação, ganhei um tapa no rosto, sacodi a cabeça, senti Cardenas nos desamarrar, apontou a Glock para Zacky para ele não tentar bancar o herói. Ele sussurrou no meu ouvido que me amava, uma lagrima escorreu do canto de meus olhos, o medo dominou o meu coração, mas não tirou a minha coragem.

Sentia muito frio, meu ombro doía quando Cardenas, desamarrou Zacky, deixou a minha corda frouxa, tentei tirar as minhas mãos. Ela mandou Zacky se ajoelhar, ficar de frente para mim, meus olhos se encheram de lagrimas, fechei com força, consegui soltar e saí correndo na direção dela.

Segurei a mão de Cardenas com a arma, lutei com o frio e a dor aguda no ombro, Zacky me ajudou e tirou a arma das mãos dela, apontou para ela, senti um pouco de vertigens. Eu o abracei pela cintura por trás, sorrindo um para o outro precisávamos sair de lá, me lembrei de que o celular de Zacky estava com Cardenas.

Zacky continuou a apontar a arma para ela, enquanto eu a revistava, encontrei o celular dentro do bolso da calça, tirei o celular de Zacky e tentei ligar, mas a bateria estava descarregada e Cardenas começou a rir da nossa falta de sorte.

- Vamos embora andando, alguém vai nos ajudar, mas antes vamos amarrar essa coisa aí. – Zacky disse.

- Claro.

Coloquei Cardenas no chão enquanto eu a amarrava, ela me atirou contra uma vidraça, senti muita dor na cabeça, Zacky foi para perto de mim, entretanto para minha sorte, só tinha me arranhado com os cacos de vidros. Ele me ajudou a levantar, eu o abracei com força, ela recuperou a arma.

Eu o soltei, Cardenas apontou a arma para nós, me aproximei dos cacos de vidros, peguei um, bem grande e o segurei entre as minhas mãos, estava sangrando, poderia morrer, mas ela teria que lutar comigo, Cardenas pegou um caco de vidro, ficou me provocando.

Mandei Zacky, a teimosia do eu não vou sem você, revirei os olhos, dei um selinho nos lábios dele, Cardenas encostou o caco de vidro no meu pescoço, pedi para Zacky não se aproximar, dei uma cotovelada na barriga dela, corri para fora, fui seguida por Cardenas, fiquei perto da agua, Cardenas chegou em seguida.

- Não aguento mais você, infelizmente não vou seguir meus planos porque sua existência nesse planeta já está me irritando. – Cardenas resmungou, eu vi Zacky falando num celular e fez um ok com as mãos.

- Eu sinto o mesmo por você, Cardenas.

Então enfiamos o caco de vidro uma na outra, Cardenas olhou dentro dos meus olhos, caiu ajoelhada aos meus pés, com um caco de vidro no peito, as minhas mãos estavam sujas de sangue, assim como a minha alma...

Love and VengeanceWhere stories live. Discover now